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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vereadores acham que são os "donos do Guaíba"


Agapan faz campanha pela preservação da orla do Guaíba

A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural reforça a campanha pela preservação da orla do lago Guaíba, em Porto Alegre. A entidade está divulgando uma lista de e-mails dos vereadores que subscrevem o projeto Pontal do Estaleiro (ver abaixo), em Porto Alegre para que as pessoas se manifestem e enviem seus repúdio à aprovação do projeto por correio eletrônico. A informação é da Agência Chasque.

O acesso público à orla do Guaíba estará comprometido com a aprovação do projeto, que está tramitando na Câmara de Vereadores, e conta com o apoio de todos os aliados do prefeito José Fogaça (PMDB) e outros, inclusive um vereador petista. A lista divulgada pela Agapan é esta:

1) Nereu D'Avila(PDT): nereuavila@camarapoa.rs.gov.br
2) José Ismael Heinen(DEM): ismael@camarapoa.rs.gov.br
3) Maristela Meneghetti(DEM): meneghetti@camarapoa.rs.gov.br
4) Alceu Brasinha(PTB): brasinha@camarapoa.rs.gov.br
5) Bernardino Vendrúsculo(PMDB): bernardino@camarapoa.rs.gov.br
6) Dr. Goulart (PTB): drgoulart@camarapoa.rs.gov.br
7) Elói Guimarães (PTB): eguimaraes@camarapoa.rs.gov.br
8) Haroldo de Souza (PMDB): haroldo@camarapoa.rs.gov.br
9) Maria Luiza (PTB): marialuiza@camarapoa.rs.gov.br
10) Maurício Dziedricki (PTB): vereadormauricio@camarapoa.rs.gov.br
11) Nilo Santos (PTB): nilosantos@camarapoa.rs.gov.br
12) Valdir Caetano (PR): valdir@camarapoa.rs.gov.rs
13) Almerindo Filho (PTB): almerindo@camarapoa.rs.gov.br
14) Elias Vidal (PPS): eliasvidal@camarapoa.rs.gov.br
15) Ervino Besson (PDT): ervino@camarapoa.rs.gov.br
16) João Carlos Nedel (PP): joaocnedel@camarapoa.rs.gov.br
17) Luiz Braz (PSDB): luizbraz@camarapoa.rs.gov.br
18) Adeli Sell (PT): adelisell@camarapoa.rs.gov.br

.....

Há de fato, uma grande excitação na cidade motivada por esse projeto de apropriação privada da orla do lago Guaíba. Não tem semana que o jornal ZH - porta-voz dos interesses dos especuladores do solo urbano - não estampe duas ou três matérias sobre a orla, seja sobre essa área do antigo estaleiro Só (denominado Ponta do Melo), seja sobre um certo projeto estadual na área do cais da Mauá (da Rodoviária à usina do Gasômetro).

A ordem surda e expressa é a apropriação privada de tudo isso e a posterior edificação de enormes torres que irão seqüestrar não só a Natureza do lago, quanto o regime de ventos, o ar, o espaço público e a própria estética urbana destes locais. A contrapartida ficaria por conta de alguns bares e genéricos espaços de cultura, sem nenhuma garantia da efetiva participação pública nestes empreendimentos.

Fica ainda uma interrogação: esses projetos todos não deveriam estar subordinados às regras e imposições acordados e ajustados em um consistente e participativo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano?

A resposta objetiva é sim. Mas o PIG local e seus vereadores de ocasião querem precisamente passar por cima do PDDU (que tramita há meses na Câmara e atualmente está engavetado) e fazer de cada caso um caso. Ou seja, Porto Alegre, com 1,4 milhão de habitantes, não tem um Plano Diretor que defina as grandes diretrizes presentes e futuras da cidade.

Seria o caso de verificar as possíveis infrações que a municipalidade está cometendo contra o Estatuto das Cidades, faltas essas passíveis de responsabilizações penais e mesmo perda de regalias e vantagens advindas da área federal.

Afinal, o PDDU é apenas objeto de decoração na mesa do alcaide da vez?


29 comentários:

Anônimo disse...

Vou enviar um texto caprichadinho para os edis (comcópi apara o blog). Obs. o 18º tinha que ser ele! "Das veiz" me dá uma saudade do tempo em que o PT expulsava parlamentar por qualquer "dá cá aquela palha".

Anônimo disse...

Ary, esse tipo de gente é quem manda no PT atualmente.
Eles fazem o que bem entendem e ainda fazem pouco caso da velha militância. Já vi vereador petista dizer que aquela velha militância era um saco como o casamento onde tem que ter fidelidade matrimonial e tal. Hoje, esse vereador diz que só pega "prostitutas", se referindo aos militantes, pois paga, usa e joga fora quando quiser. E não tem que dar satisfações a ninguém e a nada. Vai conforme o seu bolso mandar e o seu "coração" dirigir.
Esse é o PT hoje, Ary.

Anônimo disse...

Ok, Malacara, mas em minha opinião, a estratégia é combinar a luta social com a luta parlamentar (com seus avanços e recuos). Para tal tarefa, o PT ainda é o que melhor se apresenta. Já havia dito que é fácil manter branco um lenço (basta guardá-lo no bolso). Manter um lençol branco é mais complicado. Sempre aparece uma criança e pula na cama com os pés sujos.

Anônimo disse...

que metáfora meiga, Aryzinho!

nossa!
quanta força poética pra sustentar uma auto-ilusão!

Anônimo disse...

PERAÍ!

No projeto que aparece acima, a via pública ficaria na frente dos prédios.

Não se sustenta esse argumento de apropriação privada.

Além disso, QUAL É A ALTERNATIVA A ESSE PROJETO??? MANTER AQUELE LOCAL ABANDONADO???

Qual o malefício ambiental que tais construções causarão?

E mais...

Sobre apropriação privada da Orla, vide TODA A ZONA SUL. Ali sim, tem casas, e clubes como o Veleiros (na Assunção), entre outros até o antigo Bar Timbuka, que são DONOS. Nem estacionar, entrar para tirar uma foto eles deixam.

Vamos criticar com coerência e com bons argumentos, caso contrário parasse querer simplesmente engessar o crescimento da cidade.

Abraços,

Guilherme M.

Anônimo disse...

Maria Alice: me parece, salvo entendimento diverso, que a ilusão é coletiva. Obrigado pelo "Aryzinho" (meu pai se chama Ary). Gosto de ouvir o meu nome no diminutivo.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Quem diz que está havendo privatização do espaço público diz por má fé ou por desinformação. Não ocorre nenhuma privatização de espaço público, porque o local, o terreno onde vão ser construídos os edifícios é privado e a orla é pública. O projeto prevè o acesso da população a orla, por calçadão ou por avenida a ser construída. E a AGAPAN vem com essa pérola: convida a população a debater o projeto, mas repudia o projeto. Talvez sejam os mesmos que tiveram a má fé de impedir a construção da av.Beira Rio, no governo Collares. Eu não quero que esse projeto seja analisado por minorias participativas. Não acredito em minorias participativas. Acho que o projeto é bom, é justo, vai melhorar a qualidade de vida da cidade, vai incorporar aquele local onde hoje existe capim alto e erva daninha ao contexto do novo shopping e do museu Ibere. Não existe argumento razoável, a não ser a burrice e a cegueira ideológica para ir contra a esse projeto.

Marcelo Cougo disse...

o Maia já determinou que ou eu sou burro ou cego...é assim que está sendo tratado o tema, quem é a favor é vampiro da coisa pública e quem é contra é burro ou cego. Debate dos bons não tem, até mesmo por falta de interesse e costume. Essas coisas o marqueting resolve...

Anônimo disse...

Maia, não te faça de louco! Esse projeto urbanístico não dialoga com a orla do Guaíba. Por que não estender uma área verde de lazer com espaços esportivos e área gastronômica, dando prosseguimento ao Parque Marinha? Este projeto veio para combinar com os espigões e vias de alta velocidade. Tudo por uns dollars! É de péssimo gosto, seu almofada!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Gonzáles, sabe quanto vai entrar de dinheiro público nesse projeto? Zero, absolutamente nada. VAi ser todo custeado, inclusive o calçadão público e a avenida, pela iniciativa privada. Taí mais um argumento porque não voto no PT. Porque o PT burocratiza, fica discutindo baboseira ecológica, porque os edifícios vão tirar sombra, como se houvesse ali na proximidade uma área urbana ou vai impedir o vento... Por isso, o PT administrou 16 anos em POA e pouco construiu para a cidade, a não ser a baboseira do OP e do FSM, que espero nunca mais volte a POA. Interessante que a Rosário sequer fala sobre o OP e o FSM...

Anônimo disse...

primeiramente cumpra-se o plano diretor. caso realmente ele vise o bem estar da cidade e moradores, seus índices construtivos para a orla do guaiba devem ser baixos, além de diretrizes para sua ocupação. portanto dificilmente seria aprovado o projeto.
falo no condicional porque não conheço o plano diretor de porto alegre.
segundo, quero ouvir os órgãos ambientais sobre o caso. seguramente para tal empreendimento não é possível sua construção. existe legislação federal que regulamenta o afastamento de edificações nas proximidades de recursos hídricos.
então cumpra-se a lei.

Guilherme Mallet disse...

Pergunta do González:

Por que não estender uma área verde de lazer com espaços esportivos e área gastronômica, dando prosseguimento ao Parque Marinha?

Cara, olha o próprio Parque Marinha. Ele só é usado na frente do Shopping e proximidades.

Vai no Marinha ali pros lados do Beira-Rio. É meia dúzia de pessoas e mato.

Na frente do Iberê investiu-se nisso que tu defendes, quando removeram a vila que tinha por ali... virou mato. Hoje só tem lixo. Ninguém usava.

Não sejamos anti-progresso, não vamos fazer coro aos ambientalistas do "nada pode", daqueles que jamais deixariam Porto Alegre ter um porto como o Madeira de Buenos Aires, por causa de uma única árvore!!!

Esse projeto que está aparecendo agora, com via pública e calçadão NA FRENTE dos prédios, merece apoio. É bom para a nossa cidade!

Anônimo disse...

Qual é o problma de ter mato?

Isso se chama NATUREZA...

Por que "o bom" tem de ser as altas torres e shopings, a não ser para o puro consumismo e para fazer valer a acumulação do capital.

Existe uma LEI que limita as construções na orla, e é essa a discussão, que é causuística é claro, por parte de vereadores comprometidos com os seus financiadores.

Se querem qualificar a cidade, porque esses "investidores" não tratam de despoluir e renaturalizar o Arroio Dilúvio?

Isso teria um impacto social para TODOS...

Deve sim, haver uma ampla discussão e a minoria, como diz a besta estúpida e lacaio dos poderosos do Maia, tem de ser ouvida e respeitada, pois essa minoria também faz parte da cidade e paga impostos.

A cidade não pode ficar a mercê de alguns endinheirados. Em outras cidades, "desenvolvidas socialmente" (Maia, 2008), já existe uma profunda discussão sobre as implicações da fragmentação social do espaço urbano, de onde surgiram problemas sócioambientais.

O homem assim, principalmente das grandes cidades, está cada vez mais longe da natureza e, assim, pensa que dela não precisa.

Coitados de nós...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Porto Alegre é uma cidade urbana e necessita de bons espaços urbanos. Em um local que pouca gente circula surgiu um museu, um shopping, o hipódromo. Junto com esse conjunto está o rio - onde não existe acesso ali naqule ponte. Empreendedores -- sem um tostão público - querem fazer espaço público e privado no local que é propriedade particular. Não interessa quem vai frequentar tais lugares. Isso é ranço idiota. O importante é que esses lugares sejam frequentados. Que a cidade possa ter lazer, que a cidade preste bom serviço. Isso que interessa. O Estaleiro hoje nem é nem mato ou floresta, é depósito de lixo. E apareceram por ai aqueles que querem PRESERVAR DEPÓSITOS DE LIXO VELHO. Como é difícil essa Porto Alegre, por isso que patina. Minorias participativas junto com pensamento caduco é o pior coisa que pode acontecer para uma comunidade.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkk cidade urbana é bom
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

O Maia só pode ser CC e ganhar um por fora para defender esse projeto.

Lave a sua boca com sabão antes de falar da AGAPAN ou de qualquer minoria, pois pelo menos da área ambiental ENTENDEM e DEFENDEM, e você nem sabe de nada.

A ZH está defendendo o projeto e martelando as pessoas, pois precisam das cabeças alienadas nesse papo pseudo-progressista-é-melhor-prédio-do-que-mato. O negócio é especulação imobiliária para vender o pôr-do-Sol para os que "podem pagar" por ele, e deixar os demais a ver os navios, literalmente.

Vá na Europa, na Alemanha e veja os cuidados que eles tem ao projetar as cidades, lá um ambientalista é respeitado e ouvido, mesmo sendo minoria, enquanto aqui temos RANÇO IDEOLÓGICO PROGRESSISTA, que chama tudo de "mato" e "inço" de tão ignorante que é. Aqui NADA do que um biólogo fala é respeitado, uma vergonha!

Criticaste a existência de mato e lixo lá, pois bem, eu adoro aquela vegetação, pois ela é característica da região e do local, onde as aves nativas podem se alimentar e a população conhecer e valorizar o ambiente natural dentro da própria cidade. O lixo lá não é problema do lugar ou do mato, não aparece lá por brotamento e nem vai embora sozinho, o nome desse problema é FOGAÇA.

Além de precisar seguir o Plano Diretor, uma obra desse porte na beira de cursos de água, precisam fazer vários estudos de impacto ambiental, coisa que não sai nem a pau. Além disso está dentro de áreas de amortecimento de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), e precisam de autorização dessas também. Fora a possibilidade de levar a questão a nível federal, pois como é nas margens do rio, qualquer pessoa pode se interpor caso a obra cause qualquer obstrução da passagem de acesso ao mesmo.

E, pode ter certeza que se precisar será feito um cordão de isolamento na forma de protesto para essa obra não sair, da mesma forma que Carlos Alberto Dayrell fez para proteger a Tipuana na frente da UFRGS em 1975. É só a AGAPAN convocar e verás os voluntários se apresentando.

Anônimo disse...

Leilão, ninguem sabe que teve?
7 milhões, ninguem leu sobre esse valor?
Cada apartamento custando cerca de 2 milhões de reais nas quatro torres de 20 andares, ninguem viu?
Discussão de merda essa de quem defende esse projeto sinistro. São os mesmo que gostaram da privatização do marinha e da redenção pela Pepsi-cola.
.....
Ei Maia, te muda pra Barcelona. Lá não tem preto nem pobre nas ruas, foi tudo limpo, higienizado. Uma cidade-modelo, entre as mais caras do mundo, pra estudante tirar onda.
Vai a merda com essa tua falação. Seu franguinho!

Jason

Anônimo disse...

Prezado Cristóvão, aprecio muito o que escreves, mas a tua nota é cheia de informações equivocadas. Acharia bom te informares melhor. Estive na Câmara quando o projeto foi apresentado em Audiência Pública e várias coisas que estão sendo ditas não correspondem ao projeto. Já analisaste o projeto? Como assim "privatizar a orla" se o projeto prevê o seu uso público. O projeto foi analisado por técnicos da Prefeitura e não por políticos. Na inicial a altura dos prédios era muito maior...Acho que nem sempre a Agapan está certa. Temos ter muito cuidado com o maniqueismo, principalmente os jornalistas! Att. Luciana

Anônimo disse...

A "minoria participativa" não pode botar o bedelho em nada,pois são uns gajos muito chatos, já a minoria endinheirada pode tudo, e que o povo fique quieto para não atrapalhar seus "investimento$". Afinal, o que é meio-ambiente, impacto, concentração...Tenho dito.

Anônimo disse...

Se tudo dependesse desses esquerdinhas paraguaios, falsos revolucionários de trás dos seus computadores, Porto Alegre não teria ruas, só trilhas, e por elas passariam carroças puxadas por bois. Êta gentalha!

Anônimo disse...

Prezado Antônio Cavalcanti: você quase acertou. Eu, aqui de trás do meu computador lhe digo o seguinte: no lugar de bois puxando a carroça sugiro que a tarefa nobre fosse da alçada de certos direitistas.

Anônimo disse...

Palmas para Tati.Falô e disse.

Guilherme Mallet disse...

Engraçado que a maioria dos contrários ao projeto estão manifestando-se com ataques pessoais: é ruim porque dará dinheiro para "lobos" e "mulas sem cabeça". Fulano é a favor, porque é CC. Os vereadores que apoiam estão pagando seus financiamentos de campanha... é só ataque pessoal!

Negam-se a afirmar que querem preservar o mato do Estaleiro Só, o qual é uma construção HUMANA, não é da natureza.

Qual bicho vive ali, exceto RATOS?. Qual espécie da planta tem ali e não em outros lugares?

Valorizar a vista para o Guaíba ajudará aos Porto-alegrenses a preocuparem-se com o seu "Lago Rio-Guaíba"!!! PENSEM NISSO!

"Pessoas inteligentes discutem idéias;
Pessoas médias, discutem ações e
Pessoas burras, discutem pessoas".

E aí? Vamos discutir idéias ou ficar nos ataques pessoais?

Um abraço.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Tati, eu quero que todo o povo de POA tenha direito a uma melhor qualidade de vida. POA nasceu de costas para o rio ou lago. E agora está redescobrindo. POA é uma cidade grande e em qualquer lugar do mundo socialmente desenvolvido no contorno dos rios e lagos existem passeios, calçadões para as pessoas ali caminharem, se divertire, correrem, andarem de bicicleta. E quando a iniciativa privada se dispõe a fazer um projeto decente para POA, as mesmas pessoas que eram contra a abertura da Av. Beira Rio vem protestar e falam besteira, como essa história de que estão privatizando a orla. A orla, ali no Estaleiro, é pública, mas não existe acesso a ela. O projeto prevê exatamente esse acesso e pode ser o início de um enorme calçadão que pode ligar a Usina do Gasômetro até a Vila Assunção. Isso é qualidade de vida, é isso que temos que o pessoal de POA tem que lutar. Basta apenas uma mudança no Plano Diretor ali naquela área, para que naquela área exclusivamente possa ser construído prédios comerciais e residenciais. É justo, inteiramente justo que o empreendedor que vai fazer todas essas obras públicas, sem despesa para o município, tenha direito ao santo lucro. Ou isso é proibido?

Carlos Eduardo da Maia disse...

Muito bom, Guilherme Mallet, vou anotar, inclusive no depósito:
"Pessoas inteligentes discutem idéias;
Pessoas médias, discutem ações e
Pessoas burras, discutem pessoas".

Anônimo disse...

Criando-se dogmas e sofismas, vai-se aprisionamdo o pensamento e as idéias das pessoas. As mentiras, tratadas como verdades também o fazem.

A cidade não "nasceu de costas para o Lago", é MENTIRA. Quem diz isso é MENTIROSO E A MANDO DE ALGUÉM. Nasci em Porto Alegre em 1956, e os passeios de fim-de-semana com meus pais eram, quase sempre, a BRIRA DO RIO, tomei banho na Praia de Belas Onde hoje construiram essa merda de shopping, ia passear no cais, ver os navios, fui assistir competição de barcos lá na raia do Guaíba (alguém sabe onde fica?). E não era somente nós que íamos, sempre muita gente, famílias.

Quem afastou a população do Lago FORAM OS "GOVERNANTES". Sempre pensando no futuro (O DELE$$$).0

A orla deve ser cuidada é claro, limpa, com equipamentos públicos mas, sobre tudo, deve-se deixar a NATUREZA SEGUIR SEU CURSO. Existe legislação que regula, municipal, estadual e federal (querm mudr a lei para fazer valer a sua "mentira").

ALGUÉM SABE O QUE CLÍMAX DA VEGETAÇÃO?

Todos sabem que a nossa orla foi aterrada. E hoje, a vegetação da margem, nesses locais, está quase recuperada e recomposta, os sarandis, as corticeiras, os salsos chorões, já estão lá.

Se existe uma vegetação "feia" (o que não é verdade, pois toda a vegetação tem uma função), cheia de capim, é só dar a chance que ela chega ao seu clímax, com árvores e outros tipos de vegetação.

Mas os burguesinhos, que pensam que o "belo" são prédios luxuosos, carroões, marinas para seus iates, calçadões para o "jogging" vestindo roupinhas caras. Esses é que defendem esse tipo de investimento, que afasta, "naturalmente" o povo dessas áreas, privatizando-a, formando um feudo, fragmentando o espaço urbano.

Isso é discutir idéias...

Deve-se ver o que é melhor para TODOS, e não para uma meia-dúzia de endinheirados.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não estamos discutindo aqui toda a orla do Guaíba, mas uma pequena e minúscula parte onde existe hoje um depósito velho e decadente de lixo. Não existe ali mata, nem chorões, nem sarandis e nem corticeiras. Existe ferro velho, capim alto e erva daninha. O progresso com seus prediões e carrões não é necessariamente belo. Neste ponto estou de acordo com o geógrafo. O que é belo é o ponto de equilíbrio entre a vegetação, a orla, e a arquitetura. Mas Porto Alegre não é mais aquela cidade bucólica da década de 50. Gostaria que permanecesse como era, mas aquela cidade não existe mais. É outra e muito mais populosa e muito mais diversificada. Não se resolve essa questão com preconceito e ofensas pessoais, argumento do tipo, aquele local vai servir para pessoas vestidas de Nike fazerem seus esportes ou de que o local com suas marinas, cafés e restaurantes vai atrair apenas os endinheirados. Esse tipo de preconceito é que marca a burrice de certos gaúchos. Não sei quem vai frequentar aquele local, o importante é que seja frequentado e que as pessoas tenham acesso ao que não têm: a orla.

Anônimo disse...

Mallet, não vejo maiores problemas da área em questão contar com um calçadão e uma avenida. Mas muito me preocupa essa quantidade enorme de espigões. Acho que as edificações deveriam ser poucas, baixas e para fins culturais em harmonia com as belezas naturais do local. Se realmente estás preocupado com o relativo abandono do Marinha, deves pensar em atividades esportivas, culturais e recreativas que venham a atrair a população ao local. Onde está a SMAM, a Sec. de Cultura e a SME, enfim esse bando de preguiçosos? Para encerrar, não sou contra a urbanização do espaço em si, mas defendo o atual regime urbanístico dali.

Guilherme Mallet disse...

González, eu concordo que a Prefeitura PODERIA investir na área sul do Marinha com canchas de esportes e uma diversidade enorme de utilidades... Mas, cara, estamos falando da Prefeitura de Porto Alegre no ano da graça de 2008. Nossa cidade vive uma triste realidade, tem gente sem ÁGUA ENCANADA!!! Cara, ÁGUA! EU, como ser humano, não quero que a Prefeitura gaste com o MARINHA, ou melhor, até quero, mas primeiro, POR FAVOR, deixem a Prefeitura gastar seus parcos recursos com PESSOAS, combatendo a miséria, a fome, a desnutrição, a ignorância...

A Prefeitura até tem dinheiro, mas há miséria nessa mesma cidade do Estaleiro Só.

Agora. Se tem gente interessada em investir na órla em troca da contrapartida de a sociedade porto-alegrense tolerar seus "espigões"... Eu acho que vale o esforço.

Espigões e órla valorizada e urbanizada, ou lixo fechado para NINGUÉM?

---------
Mário Rangel,

Enquanto tu não parar com acusações pessoais, não há motivo para debater contigo. "Mentiroso", "a mando de alguém", "burguesinhos"... De qualquer forma, não esquece: CAMPO É CAMPO, CIDADE É CIDADE.

Respeitosamente,

Guilherme.

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