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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Leitor, não, consumidor!



Vassalo-mor entrega o jogo

Até que enfim, alguém da RBS admitiu que considera apenas dois clientes – consumidores e anunciantes – e ponto final. Essa conversa fiada de “leitor”, “ouvinte”, “telespectador” é um jargão antigo que não consegue significar com nitidez a relação público/mídia praticada pela RBS. Portanto: Fora, Leitor!

“Consumidor” (aquele que adquire mercadorias, que é solvente para o consumo) é o termo adequado para a forma com que a empresa midiática trata a sua clientela. Aqui no blog já havíamos detectado essa noção estratégica e negocial, plenamente adequada às novas terminologias da sociedade do valor de troca. Cidadão, então, nem pensar, consumidor!

O colunista Paulo Sant’Ana, mesmo sem saber precisamente (nem vagamente) a diferença conceitual entre leitor/consumidor, desvendou o busílis do grupo midiático. Ele, certamente, repete o que escuta em reuniões e corredores da empresa.

Na matéria do jornal ZH onde se informam meras modificações nominais em posições gerenciais da RBS, a expressão “consumidor” como substituto de “leitor” não existe. Astuciosamente é omitida.

Assim, a ignorância do colunista Sant’Ana vale como inconfidência e – mais – como confissão.


23 comentários:

Fabrício Nunes disse...

Hehehe... Vassalo ele já é desde muito. Só agora se conscientizou disso?

Anônimo disse...

Mais um banner antológico. Sobre o Santana, deixa prá lá.

Anônimo disse...

Pois na matéria de ZH (de ontem) é sugerido um "comente essa matéria". Enviei um comentário sugerindo que a RBS criasse uma Diretoria de Responsabilidade Socioambiental e deixasse de fazer meras "jardinagens". "Surpresa": o comentário não foi publicado e,mais, foi suprimido o artifício "comente essa matéria" (como pode ser constatado). Fico a imaginar o motivo.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Vivemos ou não vivemos numa sociedade de consumo? É o consumo que gera o imposto para o Estado e que paga os salários dos trabalhadores. É ou não é? Outro dia o Ary da Silva Martini disse uma frase inteligente, o consumidor tem o poder de escolher o que consome. Assim faz o leitor/consumidor da ZH. Quem consome e lê ZH é porque tem identidade com o jornal. É ou não é? Quem não gosta de ZH, que leia e consuma outra mídia. Não vejo nenhum problema no comentário do Santana que está muiiiiito e muiiiito longe de ser um Nelson Rodrigues, aquele que, nas décadas de 60 e 70, era chamado de 'reacionário' pela estagiária de calcanhar sujo.

Anônimo disse...

Que jogo de palavras vagabundo esse teu, Feil. Qualquer empresa jornalística se baseia nesses dois pilares - anunciantes e consumidores - e isso há mais de 100 anos. Só mesmo a esquerda alucinada - apreciadora de uma boa lavagem cerebral - que ainda vê os jornais como "formadores de cérebros". Jornalismo é business e sempre foi. Ingênuo é quem pensa o contrário.

Anônimo disse...

"Jornalismo é business" então o que legitima a ZH é o lucro e não verdade dos fatos e foda-se a isenção.

Anônimo disse...

Quanta ignorância! o conhecimento mínimo de história da área aponta a extrema riqueza do processo informativo no âmbito burguês ao final do século XVII e no decorrer do século XVIII (leituras básicas sobre esta questão podem ser encontradas em Thompson, Habermas, um livro maravilhoso é o Teatro das Luzes da historiadora Burke da USP), hoje em certa medida a formação de uma nova esfera pública em parte tem sido operada pelos blogs,que tendem a substituir a grande imprensa como a conhecemos. Não é à toa que há uma imensa crise das empresas em escala internacional, em que pese o esforço em ocupar este espaço por parte do capital.O excesso de mercantilização tende a tornar o leitor um quase cínico, pois percebe muito bem a enrolação, daí o descrédito crescente como bem tem apontado pesquisas academicas sérias.A algaravia mercantil não é eterna e sem história!

Anônimo disse...

Maia tu ta muiiito, muiiito, longe de ser um cidadão, tu não és nem mesmo um consumidor, és pior do que um Santana da vida, tu és um lacaio dos poderosos, um lambe botas daqueles que te dão migalhas. Isso nós todos sabemos.

Mas pelo que eu saiba, jornal é para noticiar fatos, e não editorializa-los, a mando dos anunciantes.

A RBS nunca vai falar mal da Aracruz, por exemplo. Mesmo sabendo dos inúmeros impactos socioambientais causados por essa corporação por onde já passou. Claro, os Siritzky fazem parte dessa estrutura e, precisam dessa grana. Aí mentem.

É simples, tão simples que até o Santana se deu conta.

Mas agora, vagabunda é a falácia do anônimo. Este sim um alucinado. Se não estás contente com o que aqui é postado, faz como o Maia disse, vai ler outra coisa, essa é prá ti também Maia lacaio, vai procurar a tua turma.

Anônimo disse...

Maia lacaio disse: "Quem consome e lê ZH é porque tem identidade com o jornal. É ou não é? Quem não gosta de ZH, que leia e consuma outra mídia."

MAIA, SE TU NÃO CONCORDA COM O QUE É DITO AQUI, FAZ O QUE TU PREGA, VAI PRO DIEGO CASAGRANDE, PRO POLÍBIO BRAGA, REINALDO AZEVEDO, MAINARDI, ETC.

VAI PROCURAR TEUS SEMELHANTES...

Anônimo disse...

Anônimo das 14:45h, faz o seguinte: sugere à RBS que coloque então essa frase em todos os seus veículos.

JORNALISMO É BUSINESS

Sugere e fica esperando a resposta.
Mas espera sentadinho pra não ficar cansadinho, seu bocó, pobretão piolho de rico

Anônimo disse...

O prof. Neumann ativo e operante, será que tomou Viagra?

Anônimo disse...

Mein Gott! Provavelmente meus oitenta e cinco anos não permitem nem ao menos isto... Outro dia passava em frente à Livraria Roma (que recomendo) e vi um pequeno livro intitulado "A vida sexual após os oitena anos". Algo vexado-pois sou um ancião cuja formação básica deu-se dentro de princípios,na época ainda vigentes,do período guilhermino que persistiram até o final da Primeira Guerra - abri o livro com os devidos cuidados de não ser notado (mas confesso, o clima algo lúbrico brasileiro me temperou a alma, hoje mais leve)e todas as páginas estavam em branco... Tenho ainda alguma reação, por outros motivos, ao alvorecer. Perdoem-me estas são apenas algumas reflexões no declínio de uma vida ativa.Aber alle ist vorbei. Schade!

Anônimo disse...

Gostaria de saber se as expressões "consumidores e anunciantes" constam da documentação que embasa e a cada período renova a concessão pública dos veículos de comunicação. Se equivoca quem imagina que a relação entre público e mídia deva ser de mero consumo. Informação ética e qualificada está situada na categoria dos bens intangíveis de uma empresa jornalística. Esse é o maior patrimônio dela. Quero dizer com isso que, a despeito do preço pago pela informação (preço de capa do jornal, por exemplo), a informação deve "chegar de graça ao leitor".

Anônimo disse...

santana é um medíocre, legítimo representante da rede bunda suja, assim como a abelhinha e o dc (vulgo santaninha).
zerolixo: nem pra limpar a buzanfa serve.

Anônimo disse...

Gostaria de saber se as expressões "consumidores e anunciantes" constam da documentação que embasa e a cada período renova a concessão pública dos veículos de comunicação.

Perfeito!

Anônimo disse...

Conheço este senhor, infelizmente.
Pessoalmente, é um chato, um mala de marca maior, que fala sem parar e não diz coisa com coisa.
Ele e as múmias da RBS(Lasier, Ana Amélia e cia)são um engodo diário que o PIG nos presenteia.
Não é de se espantar que tenha dito isso em sua crônica, ele comemora aniversário de lançamento do Viagra y otras cositas más...
Pobre mídia gaúcha e brasileira.

Ricardo M.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Todos dizem que a grande mídia vai morrer um dia. Eu não acredito nessa história. Acho que a grande mídia não vai morrer nunca. E espero que isso nunca ocorra. A fonte da grande mídia muitas vezes é mais confiável do que de certas mídias alternativas. Não estou generalizando, mas geralmente é. Ninguém está a dizer que a relação mídia público deva ser apenas de mero consumo. Negativo, ela também é uma relação de cidadania. Se, por acaso, a ZH desse todo apoio ao Olívio por ter mandado a Ford embora, eu mandaria cancelar a assinatura. Eu e praticamente toda a clientela.

Anônimo disse...

Presta atenção, Maia. Vou te fazer um elogio. Você está sempre "acantonado, só com o cabo do facão na mão, despilchado, guaiaca furada, com o pala em tiras e todo mundo xairando para o teu lado" e mesmo assim você não se entrega. Diz o que pensa, defende o indefensável, "inventa" de vez em quando, "mente" um pouco e vai levando teus comentários "debaixo do nosso tiroteio", enquanto "Casanova", alheia a tudo, toca um xote crinudo! Confesso que eu não teria o teu ânimo. Impressionante!

Anônimo disse...

Pago, inté eu.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Pois é, Ary, antes de tudo, eu não tenho nenhum compromisso com a mentira e nem com a invenção. Eu só digo o que é real, mas tem gente que gosta de fantasiar. No fundo eu sou um revolucionário sonhador, acredito sim no mundo melhor e possível e sem ranços.

Anônimo disse...

Como assim, Iobuno?

Anônimo disse...

A sociedade é capitalista/consumista e jornalismo é negócio, e qualquer negócio precisa preservar os seus negociantes... é isso aí!
Se o jogo fosse sempre limpo assim...

Anônimo disse...

O Maia é um exelênte ator...

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