Deu no jornal Estadão, de domingo último.
Produtor do asfalto usa soja como moeda de troca
Caiado ganha dinheiro arrendando 3 mil hectares de terra
A cotação recorde da soja, alcançada nos últimos meses, garantiu bons negócios para o empresário Eduardo Caiado, de 25 anos. “Sou produtor do asfalto”, diz o dono de seis fazendas produtoras de soja espalhadas pelos Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso. “Não tenho nenhum trator”, conta. Ele ganha dinheiro com o arrendamento de 3 mil hectares de terras em troca de soja.
Foi assim que fez um negócio de ocasião,
Agora, a cotação da soja já caiu para R$
Além de comprar uma fazenda vinculada à soja, Caiado adquiriu um automóvel BMW 325 [foto] quando a commodity estava no pico de preço. Pagou o equivalente a 4,4 mil sacas de soja, cerca de R$ 200 mil. Atualmente, com a soja nos R$ 39 por saca, ele teria de desembolsar mais de 5 mil sacas. “Comprei o carro quando a soja está no valor mais alto”, gaba-se o empresário.
Caiado conta que recebe os aluguéis das terras e deixa a soja depositada nas cooperativa, aguardando o momento mais oportuno para vender o grão. Na prática, a soja funciona como uma reserva de valor para o empresário. Quanto ao atual ciclo de baixa das commodities, ele acredita que será passageiro. “A cotação da saca de soja deve voltar a R$
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Assim como esse fazendeiro paulista, Eduardo Caiado, existem no Brasil, segundo dados do cadastro do Incra e o censo do IBGE, ao redor de 35 mil fazendeiros proprietários de mais de dois mil hectares de terra. Cerca de 90% deles não moram na área rural, mas nas Capitais. A grande maioria mora
Estes especulares de produtos agrícolas, atravessadores e arrendatários rurais contribuem para a alta dos preços dos alimentos nas cidades brasileiras. São parasitas sociais que não teriam razão de existir como agentes econômicos, caso tivéssemos um governo popular autêntico no País.
7 comentários:
when will you go online?
A zona sul do Estado é povoada de pequenos Caiados que também vivem do trabalho de arrendatários. Esses Caiados, em oposição ao verdadeiro, pilchados (bota, espora e bunda de fora) dirigem suas F100, caindo aos pedaços, freqüentam o melhor clube da cidade e odeiam o MST. Uma parte deles, agora, optaram por encher seus "belos" campos de eucaliptos.
Governo popular autêntico??? O viés espartaquista - o museu das velhas novidades - não está apenas nas linhas do Prof. Neumann.
NO Alegrete, desde a decada de 20 de século passado, com maior intensidade a partir dos anos 70, os gigolôs de terra entraram no apice, pois o arrendamento foi a galinha dos ovos de ouro para os filhos dos latifundiários, que ganharam muita terra nos tempos das sesmarias e se intitulam produtores rurais sem plantarem um pé de couve. Se precisassem trabalhar morriam de fome.
Reforma agrária ONTEM.
No museu das velhas novidades do Maia não entra nenhum destes latifundiários que não conhecem as terras, nem as deles.
Quer coisa mais anacrônica que isto?
Claudio Dode
O grande sociólogo General Figueiredo, formado nas agruras da caserna, afirmou que os latifundiários (que se autodefinem como pecuaristas) eram todos gigolôs de vaca.
Com muita propriedade esta abordagem. E olha que isto vem de longe. POde ser pior???Pode.. Eles vão renegociar as dívidas por um tempão de tempo (justamente pra não pagar) e vão ficar mais ricos ainda.
Mas batem no peito: nós produzimos alimentos para o país. Puro calote.
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