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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


Esse modelo de TV também está no fim

Editor-chefe da revista Wired e um dos intelectuais mais badalados da web, Chris Anderson afirma em reportagem do portal da revista Exame, que o modelo tradicional de TV vai sofrer “pouso conturbado”.

Numa época em que jornais do mundo inteiro registram queda contínua de vendas e mesmo os periódicos de influência global, como o The New York Times, refletem em seus balanços a concorrência com a internet, a indústria da televisão será a próxima a ser atingida pelo impacto das novas tecnologias sobre a maneira como se consome e comercializa conteúdo.

A previsão vem de um dos gurus da rede mundial, o editor-chefe da revista americana Wired, Chris Anderson. Em visita a São Paulo para uma palestra a centenas de executivos, no evento de gestão ExpoManagement, ele afirmou que os jornais já têm percebido a dificuldade de competir com a rede mundial na cobertura de notícias diárias, por acrescentarem pouco ao leitor com acesso a informações em tempo real.

A televisão, por sua vez, ainda predomina como meio de comunicação de alcance massivo, mas atravessará um "pouso conturbado" quando os desenvolvedores de conteúdo descobrirem um modelo de exploração comercial de vídeos na rede tão eficiente quanto o Google é no que diz respeito a textos.


Anderson referia-se à maneira como o site de buscas atrai anunciantes com base na segmentação de público e na possibilidade de oferecer produtos exatamente de acordo com os interesses do usuário. Ao realizar uma busca no Google sobre a palavra basquete, por exemplo, o usuário encontrará na lateral da página o link para o site de uma pequena empresa fabricante de tabelas, assim como quem pesquisar por golfe verá o atalho para uma página sobre aluguel de campos para prática desse esporte.

A associação precisa entre a demanda do consumidor e a oferta das empresa tem na televisão uma situação inversa. Como o público é extremamente diverso, 90% do que é anunciado interessa pouco ou nada ao espectador e apenas 10% tem algum apelo direto àquela faixa de observadores, na visão de Chris Anderson. A segmentação tampouco se aplica a sites de vídeos ou de televisão online, que oferecem anúncios com base no modelo tradicional – o mesmo banner é exibido a qualquer visitante. Quem descobrir, porém, uma forma de adaptar o modelo segmentado à TV na internet provocará uma crise profunda no setor televisivo como o conhecemos hoje, diz ele.

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Ou seja, os caras estão tentando descobrir como fazer valer a lei do valor dentro da Web. Tarefa difícil, sô!

Um comentário:

Anônimo disse...

De qualquer maneira, esquecem que para gerar lucro, resultados cada vez maiores, o sistema capitalista recicla lixo, no caso a televisão. Diziam o mesmo do rádio. Reciclou-se e, hoje, ocupa novamente espaço importante.

A questão é que precisamos ter a televisão a serviço do povo. Talvez, a pública ocupe esse espaço. Claro, não com Tereza "Globo" Cruvinell.

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