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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007


Direto de Brasília

Recebo e-mail de um observador privilegiado, de Brasília. Copio um trecho para vocês:

"Não foi nada inteligente o discurso do senador Simon, depois da derrota da governadora na Assembléia. O senador está dando um tiro no próprio pé, depois disso não pode voltar a responsabilizar terceiros, como fez na tribuna sexta-feira passada. Simon é conhecido como radical da cautela, mas desta vez não fez jus à fama que carrega. E de nada adiantou colocar no miolo do discurso um afago na ministra-chefe da Casa Civil, esse morde-e-assopra só piorou o resultado do seu discurso. Se o senador quis abrir alguma porta, só conseguiu reforçá-las com trancas de aço".

Este blogueiro, agora, pergunta: será que o governo federal vai mesmo ajudar o Piratini, com recursos imediatos para pagar o décimo-terceiro salário do funcionalismo?

Minha opinião: mais uma contribuição ao "mundo das coisas duvidosas" de dona Yedinha.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

No fim do mandanto de Olívio Dutra, depois que ele endividou o Estado, ele pediu socorro ao governo FHC para receber verbas decorrentes de repasses de estradas. Era necessário que essas verbas chegassem logo exatamente para pagar os salários dos servidores. Vejam bem senhores, a crise do Estado já era bem acentuada naquele momento. O que fez o governo FHC na época? Uma atitude republicana que todo o governo deve ter: concedeu os recursos pretendidos em tempo exato para o governo do PT -- sufocado -- pagar os salários dos servidores. Mas agora a situação é invertida e o problema financeiro do RS persiste e se agrava. E qual a proposta do PT para a solução da grave crise que se agrava a cada dia???? Nenhuma, absolutamente nenhuma. As propostas que constam no seu site e que foram divulgadas pelo Rossetto -- aquele que adora frequentar os bons restaurantes de POrto Alegre na presença de fortes empresários -- dizem respeito apenas a valores a serem arrecadados e que envolvem cobrança judicial ou discussão judicial envolvendo renegociações de contratos. O PT não tem nenhuma proposta de solução imediata e o Olívio não fez nada, absolutamente nada, para conter a imensa dívida do RS. Simon não deixa de ter razão em sua crítica. O PT adora gritar e fazer alarde quando a bronca é com os outros. Mas quando um ex petista é preso pela PF, como aconteceu hoje em Porto Alegre, o PT se cala e acha que o assunto não é com ele. Os picaretas sempre são os outros.

Anônimo disse...

Cecin é um verme. Esteve tanto no PT quanto Pilatos no Credo.
O problema, Maia, é que um ex-PSDBE ou ex-PMDB ou qualquer ex dos partidos da direita, continuam sendo de direita. Os ex-petistas ou que por algum tempo estiveram petistas, esses são de direita. Estiveram petistas para se locupletarem, como o Marcelo Cecin na CGTEE - que o denunciou à PF.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Sim, sim, os petistas picaretas não são petistas. Vivendo e aprendendo, apenas o pessoal da direita é que faz picaretagem. Ah ta....No site da estatal Eletrosul se encontra a seguinte nota:

"Com Alan Barbosa - também exservidor da CEEE e filiado ao PT - , Cecin ajudou a erguer a Cooperativa Riograndense de Eletricidade (Coorece). Trata-se de uma cooperativa de trabalho, em que todos os participantes são autônomos. Foi um período em que Cecin ganhou pontos junto à cúpula do PT. O resultado veio dois anos mais tarde. Com a vitória de Olívio Dutra para o Piratini, foi ungido como diretor da CEEE. Alan era visto como uma espécie de "assessor informal". Dezenove meses depois, quando deixou o Brasil para uma viagem inusitada: foi para a Índia em busca dos conhecimentos de Mohan Chandra Rajneesh, o líder espiritual Osho. - Ele sempre foi místico, mas nos surpreendeu quando resolveu viajar - diz um petista. De volta a Porto Alegre, no final do ano, Cecin se dividiu entre assessoria ao então presidente da CEEE, Vicente Rauber - seu amigo pessoal - , discussões sobre energia no PT e encontros com seguidores de Osho na Namastê (Centro de Meditações Ativas e Bioenergéticas), na Cidade Baixa. Com a vitória de Lula, Cecin assumiu a direção técnica e de meio ambiente da CGTEE. Nos bastidores, especulou-se que Cecin assumiria a presidência da estatal. Ele formava uma trinca com Alan - que seguia como "assessor informal" - e o advogado Joceles Moreira, assessor jurídico. - Quem iria discutir com aquele homem? - recorda um dos diretores. Cecin convenceu o presidente da CGTEE na época, Júlio Quadros, a viajar ao Paraná e conhecer usinas de energia abastecidas com resíduos de madeira. Ele e Joceles defenderam a aquisição de parte da Winimport, empresa proprietária das três usinas em construção, o que foi rejeitado pelo conselho da estatal. Começava ali a derrocada do todopoderoso. Discussão semelhante ocorreu em relação à empresa Hamburgo Energia Participações Ltda, presidida por Alan e na qual Joceles, já fora da CGTEE, assumiu como responsável jurídico. Para quem conhece Cecin, apenas duas hipóteses justificam os avais irregulares: o engenheiro foi traído pelo excesso de confiança ou teve seu nome envolvido em uma fraude. - Ele imaginava que a CGTEE se tornaria sócia minoritária da empresa do Paraná. Neste caso, poderia dar o aval.

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