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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sexta-feira, 4 de julho de 2008


A ilusão de 1,1 bilhão de dólares
O que Yeda fará com os dólares do Banco Mundial? Ninguém sabe

Ao contrário do que o governo estadual e os meios de comunicação alardeiam como a salvação para a crise gaúcha, o empréstimo de US$ 1,1 bi do Bird tende a agravar ainda mais a situação. Esta é a avaliação do fiscal de tributos aposentado e do ex-presidente da Afisvec, João Pedro Casarotto. A informação é da Agência Chasque.

Um dos principais problemas do empréstimo, avalia o contador, é o fato de ser tomado em dólar. Casarotto alerta que a tendência é que o real volte a desvalorizar em relação ao dólar. O resultado é que o empréstimo, que hoje equivale a R$ 1,7 bi, aumente nos próximos anos. “O real está sobrevalorizado e isso não tende a ficar permanente, a tendência é voltar a patamares anteriores. Então quando formos pagar esse empréstimo iremos pagar em dólar bem mais caro e isso tudo vai onerar o custo desse processo. E não podemos esquecer que esse empréstimo é para 30 anos”, argumenta.

Casarotto relata que não entende porque o governo estadual está tomando um empréstimo em dólar quando a maioria dos outros governos e empresários estão aproveitando o momento de valorização do real justamente para pagar as dívidas. O próprio governo federal, lembra o contador, pagou a dívida que tinha com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2005.

Situação que se agrava com a falta de transparência do governo estadual. Até o momento, não foi dito o que será feito com o dinheiro. Na última terça-feira (01), com a aprovação do empréstimo pelo Senado, o secretário da Fazenda, Aod Cunha, disse que o empréstimo será utilizado para pagar os juros da dívida que o RS tem com a União. O que é um erro, diz Casarotto, já que se está pegando dinheiro em dólar para pagar dívidas em real.

“O que está sendo feito pelo RS é justamente o inverso do que o caminho que deveria ser feito: deveríamos aproveitar para quitar os débitos externos em dólares, aproveitando essa atípica situação do real”, afirma o ex-fiscal.

Outra questão alarmante é o contrato de ajuste fiscal que será feito com o Bird como contrapartida. Casarotto teme que o Estado fique refém das políticas neoliberais do órgão, que defende menos investimentos em políticas sociais, como saúde, educação e segurança a fim de reduzir gastos.

O contador ainda prevê uma expansão das multinacionais nos próximos anos no RS, já que o Bird deverá transferir uma equipe de sua confiança para acompanhar e interferir nas políticas do governo. “Quando falamos em empréstimo, estamos falando em ir lá no banco, pego o dinheiro e depois vou pagar o juro para o camarada e o principal, com o tempo. Mas tu não leva o gerente para dentro da tua casa para dizer o que tem que fazer, o que tem que comer, vestir, ou seja, para gerir a tua vida. Está chamando essa operação de empréstimo, mas é muito mais do que isso”, explica.

Para combater a crise financeira gaúcha, Casarotto defende a receita de combate à sonegação que, embora caseira, não é adotada com seriedade pelos governos. A prova disso está nos números do RS. Somente a dívida ativa do Estado está em R$ 19 bi. A primeira parcela do empréstimo do Bird, de US$ 500 mi, corresponde a apenas 4% do que os contribuintes devem ao Estado.

“E quando o corpo técnico, inclusive os acadêmicos, toda vez que se discute crise do Estado, se junta todo mundo e pergunta o que tem que fazer. Tem que combater a sonegação, tem que cobrar melhor a dívida, tem que agilizar mais isso e mais aquilo. E nenhum governo faz isso”, afirma.

12 comentários:

Anônimo disse...

a tia vai dar uma super festa na casa nova dela, e daí?

Anônimo disse...

que mafia estes aí da foto!

Anônimo disse...

E Esse corpo mole da Yeda com os sonegadores!? Que ralé! Que pobreza de espírito!
Hannah

Um Serrano a vela disse...

Vcs lembram q o brito tb perdoava divida de ICMS??? Ouveram casos de arrepiar o cabelo atè do eliseu padilha!!!

Mas nao de negocios pequenos e medios q fazem a riquesa do Rio GRande, mas de empresas enormes que levam o $$$ suado q produzimos para o exterior.

Um Serrano a vela disse...

O q me deixa curioso é q a bancada da oposiçao aprovou o emprestimo...gostaria q nossos representantes (unicos lucidos na assembleia) esclarecessem para nòs os motivos da aprovaçao.

Anônimo disse...

Blogueiro:

Por que diabos ninguém traz à tona as contrapartidas do devedor do empréstimo e o comprometimento orçamentário/administrativo para o futuro?

Um Serrano a vela disse...

Ok, o dolar é moeda fora de mercado, acabou, foram impressos dolares como agua, titulos q ja nao tem valor nenhum. O dolar se mantem desde 2003, na UTI, pq roubaram o Iraque e com isso ganharam 5 anos.

Precisamos analisar no contrato se a MOEDA EM Q SERAO FEITOS OS PAGTOS é DOLAR AMERICANO, provavelente nao é, pq a moeda do norteamericanos sera outra, ja se fala em AMERO, q seria uma moeda da regiao, Mexico, USA e Canada.

Essa moeda tera como base o ouro, segundo Keines, como foi apòs 1929, nao sei, mas o que sei é q essa moeda tera um valor centenas de vezes mais alto q o dolar.

Quero dizer, temos de verificar se a moeda exigida para a quitaçao do emprestimo sera uma moeda sob a qual nòs, Gauchos, temos influencia e poder, pq senao seremos obrigados a pagar 500 vezes o valor inicial.

Imaginem ganhar em quilos de frango e pagar em ouro??? Mas ouro valendo 40 vezes o valor q tem hj, ou seja pegamos 1,1 bilhao e teremos de pagar 45 bilhoes...

E sem reclamar pq a Uniao podera bloquear os repasses do IRPF, IRPJ etc etc, nao temos como nao pagar!!!

O Rio Grande todo deveria estar discutindo esse emprestimo, ele colocara a CANGA sobre os proximos 30 anos do nosso Estado.

Nao estou aqui escrevendo como curioso ou palpiteiro, estudo o tema a mais de 3 anos e ainda terei mais um ano em Londres para concluir os estudos...

Um grande "quebra costelas" aos amigos.

Anônimo disse...

Eita dor de cotovelo e inveja!

Anônimo disse...

O Edu gastou os dedos no teclado só pra dizer que vai pra Londres "concluir os estudos".
É a burguesia que se passa de esquerdista socialista, por culpa, mas que não abre mão das facilidade que o capital proporciona, como uma viagem de estudos a Londres.
E não venha me dizer que foi uma bolsa acadêmico-solidária do Lula.

ZeMario

Anônimo disse...

O Zé Mário,

Acha que "estudo" é "facilidade que o capital proporciona"...

Depois, aquela "certa direita", vem falar em reducionismo...

Se a bolsa é acadêmico-solidária, da Capes, do CNPQ, da Embrapa não interessa; o que interessa é a educação, e universalizada;

E vivas para as cotas...

Claudio Dode

Anônimo disse...

Vai torrar numa casa nova bem modernosa, só para esquecer o chiqueiro em que tem que morar atualmente. E longe dos gaúchos fedorentos.

Anônimo disse...

Cara, não se fazem mais anônimos como antigamente. Estão todos assinando. Isto é fraude.

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