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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Mentalidade zurrapa


O jornal Zero Hora editorializa na capa a mentalidade de protozoário que orienta a sua diária faina midiática, bem como do próprio governo estadual, do qual é aliado e porta-voz informal.

Para essa gente, educação é gasto. Para a RBS, educação é gasto. Para o governo Yeda, educação é gasto.

O jornal e a secretária estadual de Educação, a tucana Mariza Abreu, fazem tão-somente cálculos econômico-financeiros acerca da nova lei federal do magistério que institui o piso de R$ 950 em todo o território brasileiro. Portadores da famosa cabeça-de-planilha, como diz o jornalista Luís Nassif, se recusam a operar um cálculo qualitativo e menos reducionista.

São incapazes de analisarem a educação para além do mero cálculo econômico e apontarem os vastos benefícios sociais, educacionais e culturais que essa valorização do magistério traz para todos os brasileiros, especialmente às crianças em idade escolar.

A secretária Abreu chega a decretar, enérgica, talvez, furiosa:

- Isso é inviável.

Para ela, educação é “isso”.

Mas, não se está testemunhando nenhuma novidade, da forma como se encontra a educação no Estado do Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo, só para citar dois governos tucanos, a ojeriza à valorização do ensino/aprendizado é uma regra seguida com a determinação e a firmeza dos irresponsáveis.

Nem o jornal da Azenha, nem a patusca secretária, mencionam que o governo federal se compromete a complementar com recursos da União as “dificuldades” (para não dizer má vontade) pelos quais passam Estados e municípios.


26 comentários:

Anônimo disse...

Outro aspecto que ZH se recusa a reconhecer é que esse 1,5 bilhão fica no estado, girando a economia e parte retornando como ICMS.
Não só a valorização da educação é fundamental, mas o aumento dos salários (que são muito baixos) é benéfico para a economia como um todo.
ZH fala como se os 1,5 bilhão estivessem indo para uma conta na Suiça!

Anônimo disse...

Que aliás, os que r$ que vão prá Suíça ela não fala nada.
Maria Regina

Anônimo disse...

Vejam só o que esse cara escreveu:

"Maldita hora em que elegeram o abominável PT para governar o RS. Além de tanta besteira feita, como o impedimento de instalações de inúmeras empresas no RS, o partido ainda teve a estúpida idéia, quando também administrava (?) a cidade de Porto Alegre, de fazer o licenciamento das carroças. É atraso para mais de século, gente. Loucura total."

Anônimo disse...

que cara?

Anônimo disse...

Deve ser o pseudônimo aquele que se omite de comentar sobre o financiamento da filha do Serra.

Anônimo disse...

O cara que escreveu é o Gilberto Simões Pires.

Antônio

Anônimo disse...

O cara que escreveu é o Gilberto Simões Pires.

Antônio

Anônimo disse...

O cara que escreveu é o Gilberto Simões Pires.

Antônio

Anônimo disse...

Me admiro que vcs ainda lêem e considerem esses lixos.

Anônimo disse...

É essa demagogia barata do discurso da esquerda quando está fora do poder que faz com que, quando assume o poder, a esquerda faça exatamente o que os outros fizeram. E ainda passam ridículo. Se fosse o Olívio tendo que aumentar o gasto de R$ 200 milhões para R$ 1,5 bilhões, a choradeira ia ser a mesma. Mas, claro, o Diario Gauche não ia criticar.

Anônimo disse...

Aí lá pelas tantas eles vêm com o discurso que o problema do Brasil é educação, mas defendem que todo o dinheiro tem que ser gasto em blindados de guerra, fuzis, treinamentos para matar uns pé-de-chinelos.

Anônimo disse...

pela grosseria o anônimo das 14:25 deve ser o Carbone.

Olívio Dutra foi um excelente governador e prefeito. Era comprometido com a qualidade do serviço público ao contrário de Yeda e Rigotto que tem compromissos com os interesses (escusos) da iniciativa privada. Um deles é o sucateamento da educação pública, visando sua posterior privatização. Quem quer serviço público eficiente votará sempre em Olívo Dutra.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Eis ai uma bela lei que tem quer ser integralmente cumprida. Educação não é gasto, mas investimento. Que o Estado do RS e os outros estados brasileiros dê um jeito de pagar bem seus professores. E não apenas isso, tem que qualificar os professores, fazer cursos de atualização e também fazer exames para avaliação das escolas. Em relação ao Olívio eu quero e luto por um serviço público eficiente e não voto no Olívio, nem sobre a mira de um revólver.

Anônimo disse...

Não sabe ler, anônimo das 14:25?

Vc não entendeu que o governo federal vai complementar os recursos que os Estados e Muncípios não puderem ou não quiserem investir em Educação?

Vai aprender interpretação de texto analfabeto.

Anônimo disse...

Olívio, grande bigode, é o cara! Simples, turrão, sério e acima de tudo honesto. Votaria nele quantas vezes fosse necessário! Não pode haver outro pensamento: Educação é investimento - SEMPRE! É a melhor herança! Infelizmente o "novo jeito de fazer tudo" coloca como gasto!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Eu não tenho dúvida nenhuma que Olivio é honesto, mas ele tem um problema muito grave: ele acha que toda a atividade empresarial é gananciosa. E isso é muito grave.

Anônimo disse...

E não é doutor? Todo empresário tem como objetivo o monopólio. Eu sozinho no meu nicho de mercado. Poucos conseguem e quando conseguem ficamos frente a um monstro tipo Microsoft praticamente dominando o mercado de sistemas operacionais no planeta terra, isto sim é muito grave. Bill Gates é um bom exemplo!

Anônimo disse...

Se o Olivio acha, eu tenho certeza.

Enpresário que não é ganancioso não é empresário. A ganancia (vontade do lucro) é que movimenta o negócio.

Sem fins lucrativos só Santa Casa...

Claudio Dode

Anônimo disse...

A Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre está gradativamente fechando o acesso a pacientes do SUS. Atualmente atende majoritariamente (e põem majoritariamente nisso) pacientes que possuem Unimed, Saúde Bradesco, Golden Cross e outros planos de saúde privados. Eles ficam felizes mesmo quando o paciente diz: não tenho plano de saúde, vou pagar pelo atendimento. Além disso a roupa lavada pela Santa Casa não tem tratamento de efluentes, ou seja, a água vai direto para o Guaíba infectando novamente as pessoas.

Anônimo disse...

Eu sou servidor público estadual há 28 anos e há anos venho afirmando: respeitarei o governo que nunca disser "GASTOS COM FUNCIONALISMO" e sim "INVESTIMENTO", não só em educação, como também em saúde, segurança, saneamento, etc. Outra coisa, não dá para aguentar como alguns petistas radicais e cegos esqueceram que o governo do Sr. Olívio Dutra foi um dos piores algozes dos servidores públicos, não implantando uma política salarial e não concedendo reajustes, isso fora o desastre que foi quanto a atração de investimentos, não cumprindo com a promessa de que iria "espraiar o desenvolvimento pelo Rio Grande...", criticando grandes investimentos de multinacionais. Não fez nem uma coisa nem outra. Péssimo foi o governo do sr. Olívio, assim como tem sido péssimos TODOS os governos que passaram, omissos, sem norte, sem planejamento e sem respeito quanto às reais necessidades da população.

Anônimo disse...

Sr. Antonio Cavalcanti, o senhor deve ser funcion�rio estadual de outro estado e n�o do rgs ou tem alzheimer.Olivio foi o governo nos ultimos 12 anos que deu o maior aumento para o magist�rio e tambem para os sal�rios mais baixos deste estado, 43%, e tamb�m teve o maior �ndice de crescimento. obrigado.

Anônimo disse...

Não posso com gente que pensa a política a partir do próprio umbigo, como esse Cavalcante.

Anônimo disse...

Caro Cristóvão,
Por curiosidade fui apanhei uma ZH enquanto esperava numa fila de supermercado. Fui direto a página que é mencionada na matéria de capa.
Me chamou a atenção um parágrafo que diz: 'que o estado e a secretária de educação não sabem quantos professores ganham abaixo do piso agora determinado pelo governo federal, mas que na opinião da secretária devem ser poucos'. Como assim não sabem? Cadê a eficiência dos gestores tucanos? Qualquer pessoa com mínimo grau de conhecimento em informática saberia montar uma planilha com os salários dos professores e se usar um filtro teria a informação instantaneamente.
A que ponto chegamos! A quem entregaram os destinos deste estado. Agora, talvez possamos entender como as coisas ficaram assim.
Abraços,
José Luís

Anônimo disse...

Ao I Gonzales, coment. 18/07/08 - 14:41 hs:

Não fui eu, Carbone, que fiz aquele comentário.
Naquele momento estava eu voando do "Ezeiza" (ali na bela Buenos Aires) para Guarulhos.
Que "encuentros" produtivos tive com empresários argentinos. Todos firmaram negócios com nossa empresa de agronegócios e exportações.
Porém, estavam preocupados com "el assalto governamental" sobre as exportações de produtos como soja, trigo, etc.
A presidenta parece que aceitou a decisão do senado.

Aqui no Brasil devem ter noticiado a demora e a bagunça no senado argentino quanto a votação que teve voto de Minerva.

Vou jantar.

Carbone

Anônimo disse...

Deviam avisar aqui no Brasil que a inflação passa pelo ganancia do agronegócio, que não gosta de pagar imposto. Quando a situação está ruim para todos eles devem ser recompensados por exportarem, e quando está melhorando, eles tem que ganhar mais que os outros. E hoje comida é "commoditty", assim ninguem tem responsabilidade com o País. Pouca farinha meu pirão primeiro; muita farinha meu pirão e meu lucro primeiro.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Dr.Carbone
- La politica es maravillosamente impredecible. Contra la lógica de los aparatchniks que tienen todo planificado, se yergue la lógica del corazón, de las convicciones, ámbitos poco propicios para la negociación por intereses. O sea, lugares impredecibles.

- La politica volvió: despues de la disolución del 2001, y los cinco años de kirchnerismo duro, cuasimilitar, agresivo, seco, cortante, inapelable...se yergue el retorno de la politica: diálogo, consensos, paciencia, concesión, argumentación, racionalidad.

- Ganamos todos, no solo el campo. Lo que se debatía en el fondo trascendía el tema de las retenciones: federalismo, intervencionismo del Estado, centralismo, clientelismo, cajas politicas, disciplinamiento, legalidad, onstitucionalidad...todo eso y mucho más estuvo en juego en este conflicto.

- Como en un extraordinario libro de Ciencia Política abierta, todos los argentinos aprendimos a ver como se mueven las fuerzas del conflicto, como se anudan y desatan las alianzas, como el poder va cambiando de dueño, cómo fracaso y exito son compañeros inseparables. Vimos qué significa la palabrea "representatividad", aprendimos a diferenciar entre pueblo y provincias, entre leyes y Constitucion, entre ejecutivo y legislativo, entre liderazgo y jefatura militarizada. Una lección para todos.

- Lo bueno del futuro es que nadie lo puede inventar o imponer. Nace un poco de casualidad, otros poco por consensos y otro por imposicion politca. De ese fárrago nació la Argentina de 1910 (esa que atraia a las multitudes europeas, esa que Cristina descalifica) y quizás nazca ahora, renovada, la del 2010.

- Me la imagino como un país exitoso en materia agroalimentaria, con cosechas que sobrepasen los 100 millones de toneladas, con uso de tecnologías de punta, con crecimiento demográfico centrado en el Interior, con abundancia, aunque, lógicamemte, con problemas de salud, educación, urbanismo, medio ambiente: pero con problemas resolubles con las reglas de la civilidad, sin la retórica del enfrentamiento, la polarización, el odio. Hacia allá vamos.

Esteban

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