O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, concedeu ontem ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI) o direito de ter acesso aos inquéritos judicial e policial da Operação Satiagraha.
Heráclito não é o único parlamentar mencionado no inquérito. Há pelo menos mais três: o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) e os senadores Antonio Carlos Magalhães Jr. (DEM-BA) e Kátia Abreu (DEM-TO).
A manobra bem sucedida do senador Heráclito (foto) e o deferimento do presidente Gilmar Mendes visam objetivamente fazer com que a Polícia Federal comunique de imediato ao procurador-geral da República que parlamentares estão passíveis de julgamento. A PF e o MPF estão protelando a comunicação para que o processo permaneça na primeira instância do Judiciário. Depois de haver a comunicação ao procurador-geral de que parlamentares estarão sendo julgados, o processo migrará obrigatoriamente para o STF.
E o STF – todos sabemos – é o paraíso dos acusados de crime do colarinho branco no Brasil. Se esse processo for julgado pelo STF estaremos diante de um novo caso Banespa, tudo se arrastará a passos de cágado e a impunidade reinará novamente entre os brasileiros.
3 comentários:
Heráclito tem as bolas dentro da boca.
Teria as bolas na boca se traisse a regra da "omertá"! Ao contrário, deve engolindo vários volumes compromentedores...As bolas serão de outro espécie.
Neste caso, a safadeza está na cara.
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