Estátua do cantor Teixeirinha seria o símbolo do novo shopping de Porto Alegre?
Porto Alegre, por força do complexo de inferioridade da classe média guasca, sempre padeceu de um provincianismo jeca, expresso nas denominações de alguns bairros emergentes como Ipanema, Guarujá e outros que simplesmente copiam nomes de localizações do Rio e São Paulo.
Hoje, está sendo inaugurado mais um templo do consumo em Porto Alegre. Localiza-se no bairro Cristal, um belo nome, original, criativo, quase poético, mas recusado como nome a inspirar o empreendimento comercial.
Como é o nome do centro de compras que se inaugura hoje? Chama-se BarraShoppingSul, assim mesmo com todas as letras acolheradas, uma denominação transplantada, junto com a logomarca, do mesmo estabelecimento comercial do grupo de investidores que operam na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e em inúmeras outras cidades do País.
Aliás, lá no Rio, o Barra Shopping exibe na frente do prédio uma imagem gigante que imita a estátua da Liberdade de Nova York, só que a réplica carioca é baixa e atarracada, parecendo uma senhora obesa perdida no bairro dos novos-ricos do Rio de Janeiro.
Os investidores da unidade de Porto Alegre são liderados pelo grupo Multiplan, cujo controle da maior parcela é de um fundo de pensão canadense, originalmente de professores, o Ontario Teachers Pension Plan, que detém cerca de 47% do negócio de megacentros de varejo ao consumidor de classe média urbana.
Espera-se que os arquitetos do empreendimento não coloquem a estátua de um laçador obeso – agora inspirado no cantor Teixeirinha – na fachada do Barra Sul porto-alegrense.
Porto Alegre, por força do complexo de inferioridade da classe média guasca, sempre padeceu de um provincianismo jeca, expresso nas denominações de alguns bairros emergentes como Ipanema, Guarujá e outros que simplesmente copiam nomes de localizações do Rio e São Paulo.
Hoje, está sendo inaugurado mais um templo do consumo em Porto Alegre. Localiza-se no bairro Cristal, um belo nome, original, criativo, quase poético, mas recusado como nome a inspirar o empreendimento comercial.
Como é o nome do centro de compras que se inaugura hoje? Chama-se BarraShoppingSul, assim mesmo com todas as letras acolheradas, uma denominação transplantada, junto com a logomarca, do mesmo estabelecimento comercial do grupo de investidores que operam na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro e em inúmeras outras cidades do País.
Aliás, lá no Rio, o Barra Shopping exibe na frente do prédio uma imagem gigante que imita a estátua da Liberdade de Nova York, só que a réplica carioca é baixa e atarracada, parecendo uma senhora obesa perdida no bairro dos novos-ricos do Rio de Janeiro.
Os investidores da unidade de Porto Alegre são liderados pelo grupo Multiplan, cujo controle da maior parcela é de um fundo de pensão canadense, originalmente de professores, o Ontario Teachers Pension Plan, que detém cerca de 47% do negócio de megacentros de varejo ao consumidor de classe média urbana.
Espera-se que os arquitetos do empreendimento não coloquem a estátua de um laçador obeso – agora inspirado no cantor Teixeirinha – na fachada do Barra Sul porto-alegrense.
32 comentários:
O anúncio na capa da Zero é uma coisa: "como é que a gente vivia sem um shopping assim?".
Ou seja, nós éramos uns merdas até ontem, hoje, o mundo sorri, os pássaros cantam e o mundo é belo.
É por causa dessa mentalidade que o RGS está afundando, gente.
Pior é o CP, que tascou "BARRASHOPPINGSUL, Um presente para Porto Alegre" e "Prefeito Fogaça (E), governadora Yeda e presidente da Multiplan, José Isaac, inauguram BarraShoppingSul"
COMPRE, COMPRE, COMPRE! ...E DEPOIS DE TER COMPRADO: COMPRE MAIS!!!
NÃO ESQUEÇA DA GENUFLEXÃO NA ENTRADA!!!!
(Contraponto do esquadrão Gerdau/Sinduscon: Ora, quem vai ser capaz de achar ruim um "empreendimento" que "gera empregos" , através do qual os "empreendedores" "promovem o desenvolvimento" do entorno, e ? Só mesmo em uma discussão cheia de "ranço ideológico"!)
p.s. Uma senhora que conheço, moradora da Av. Icaraí, reclama que perdeu a vista do pôr do sol no guaíba, com aquele caixote horrendo.
A "estátua da liberdade" fake não está na frente do Barrashoping, mas em outro empreendimento na Av. das Américas, na Barra da Tijuca no Rio, chamado New York City Center.
Nos centros das grandes cidades européias não existem essa shoppings como aqui no Brasil ou nos EUA. O shopping é a própria cidade. A cidade e sua segurança é um atrativo para as pessoas circularem e fazerem suas essencias, necessárias e supérfluas comprinhas. Assim se passe em Paris, Roma, Florença, Londres, Amsterdam, Bruxelas, onde as grandes grifes, os charmosos cafés e restaurante se juntam ao armazém da esquina onde se pode comprar uma garrafa dágua barata ou uma barra de cereais. O centro de Porto Alegre é a grande vítima da onda dos shoppings, onde tudo é sempre igual. Até o final da década de 70, o centro de Porto Alegre foi inn. Hoje ele é completamente out. Coisas da vida.
Não,não são "coisas da vida", Maia.
São coisas do mercado selvagem.
Maia, até que consegues juntar alguma lógica, pena que depois não tiras conclusões lógicas. Como disse o Zozé, isso não são "coisas da vida", são resultados de opções políticas e... ideológicas, claro, que geram exclusão. E depois vem a opção ideológica confirmadora e auto-perpetuante, que diz, como no Correio do Povo de hoje, que esse desastre é "um presente para a cidade." Mas nos Estados Unidos, pelo menos os shoppings têm a cara do país, que gosta disso mesmo, de macdonalds, etc, mas aqui é pura macaquice, mesmo. Que me perdoem os macacos.
O pseudônimo gosta tanto do Fiel que adotou o "Coisas da vida". Criativo o vivente.
É uma variante do chupador-de-cabra.
"mercado selvagem"
aklhejkhewasuihguiaherihasss... jesus, me xicoteia.
Olha, o Maia sabe tudo de xópim!!!!
Fiquei besta quando olhei a capa de ZH hoje pelo computador.
É um fato jornalístico fortíssimo para ser matéria de capa.
Acabou-se o jornalismo de vez. Agora quem pagar mais sai de matéria de capa.
sil
Anônimo das 10:56, é sempre bom evitar ir aos shoppings, mas infelizmente as boas livrarias, os bons cinemas estão lá e o estacionamento é fácil, dá para se fazer um lanchinho etc. Infelizmente, a vida moderna da classe média brasileira vive ao redor dos shoppings. E todos são quase que exatamente iguais. As mesmas lojas, os mesmos conceitos, o mesmo tudo. Vocês dizem que isso é opção ideológica. Eu fico pensando e se o governante tivesse a coragem e determinação e impedisse a construção de um shopping no Cristal, o que aconteceria? São zilhões de empregos que se geram, são zilhões de impostos que se geram, são zilhóes de tudo que se geram. Na verdade, a decisão nem é idelógica, mas pragmática. E enquanto o novo templo do consumo se abre, o centro de Porto Alegre patina na decadência.
Maia tu esqueceu de colocar o "Coisas da Vida" no final da tua intervenção.
Esclarecimentos:
1-De fato, a estátua da liberdade carnavalesca fica na frente do New York City Center, que é ligado ao Barra Shopping por uma passarela. O New York é um apêndice do Barra Shopping.
2-Anônimo das 11:10, quem vai te CHicotear é o Aurélio Buarque de Holanda!
Barra Xópim Sul e o New York City Center são uma coisa só, montado pela Multiplan.
Tudo é FAKE naquela porra.
poderiam usar como modelo da estauta o nauseabundo edil de alcunha brasinha, o infecto...
Vai faltar classe mérdia para tanto shopping.
Quanto a renda gerada por tal empreendimento, se isto não retornar na forma de qualidade de vida para a cidade, de que vale?
Eu preferiria mil vezes um parque público onde as pessoas poderiam se encontrar num final de tarde e tomar chimarrão. A qualidade de vida do porto-alegrense agradeceria.
Mas isto é pouco mercadológico, reconheço. Alem de não gerar votos.
José Luís
"a vida moderna da classe média brasileira"... hahaha! Meus dus do céu, que bom resumo da mediocridade do mundo...
OK, Maia, isso é verdade, e daí? Se queres participar disso, o problema é teu. Mas se um governante quer fazer opções de longo prazo que pertetuam esse modelo de vida e de visão de mundo, o probema é nosso. Porque sim, o investimento "privado" não cresce sem uma opção por parte do poder público e sem a anuência da imprens aque aduba isso pra receber anúncios.
Por último: os bons cinemas de Porto Alegre não etão em shoppings. É questão de o que cada um acha bom.
"a vida moderna da classe média brasileira"... hahaha! Meus dus do céu, que bom resumo da mediocridade do mundo...
OK, Maia, isso é verdade, e daí? Se queres participar disso, o problema é teu. Mas se um governante quer fazer opções de longo prazo que pertetuam esse modelo de vida e de visão de mundo, o probema é nosso. Porque sim, o investimento "privado" não cresce sem uma opção por parte do poder público e sem a anuência da imprens aque aduba isso pra receber anúncios.
Por último: os bons cinemas de Porto Alegre não etão em shoppings. É questão de o que cada um acha bom.
Shopping? Mais um monumento à insustentabilidade. Dentor de um shopping só tem dopis locais sustentáveis: restaurante vegetariano (quando tem) e livraria (nesta há que se pesquisar muito). O resto é consumo de lixo. Concordo, pois, com a escolha de "laçadores".
Oras, nenhuma livraria ou cinema que se prestem precisam de shopping para existir.
Pô, serviçal não remunerado do Sinduscon, eu já tinha enunciado a ladainha dos empregos lá em cima, não precisava repetir!!! Não adianta, eles não vão te convidar para o baile de debutante no country em Guaíba. Nem para o jantar black tie e laquê no Leopoldina....dá licença, fiquei enjoado.
digo, "que prestem"
Ontem aprendi que enriquescer é burrice, hoje me ensinaram que fora os restaurantes vegetarianos e certas livrarias, o resto é consumo de lixo. Tá todo mundo hipnotizado, apenas os habitantes da aldeia gauchesa virtual -- que se entorpecem com o caldeirão do Panoramix -- é que sabem das boas coisas da vida.
"Restaurantes vegetarianos"
"mercado maldito"
alkhesaughjrkh rjksnsds...
chegaaaaaaaaaa, vou infartar!!!
Anônimo vagabundo, é só não vir aqui, delicada.
Infartuda...
Quer gerar emprego e renda? Incentiva o comercio de bairro. O shopping nem sempre cria algo novo, as vezes ele destroi o que já existe. Acho que nao é exagero dizer que pra cada loja que se abre no shopping, fecham-se duas nos bairros.
Os shoppings só surgiram pela insegurança da população e falta de infraestrutura e cuidados gerais especialmente com o centro da cidade. Foi triste assistir os cinemas, um a um, serem fechados na cidade. Houve um período em que praticamente não tínhamos quase nenhuma sala decente de cinema. Até criarem os shoppings, as salas de cinema de grandes grupos, grandes preços das entradas. Acho triste também eu não poder curtir a cidade como gostaria, ir ao centro mesmo à noite, com segurança, tomar um café, um chope, ou adquirir algo em lojas nas ruas. Isso é curtir uma cidade. Os shoppings são lugares do faz de conta que sou rico, faz de conta que estou seguro, que não tem ninguém pobre, não faz calor nem frio...O único lugar que pretendo visitar, segundo li no jornal, é onde estão ou estarão restaurantes e parece que tem uma varanda com vista para o pôr do sol no Guaíba. Aí vale a pena a visita, tomar um chopinho e ir embora.
Cavalcanti, é realmente uma pena o que aconteceu com o centro de Porto Alegre. A maneira mais fácil de melhorar as condições do centro é integrar o centro ao rio, mas com prédios de qualidade, com bons locais, restaurantes, bares e fazer com que a classe dominante portoalegrense, a classe média, circule naquele local de dia e de noite.
Se acharam os dois nazistas nojentos. Que se encharquem de malbec e chope até afogarem-se em seu próprio vômito - e sumam, deixando nada de sua vivência inútil e seus pensamentos fúteis.
Ah... O horário do xópin é até as 23hs. Isso quer dizer que chatos como esses aí, vão ficar lá, enchendo o saco dos comerciários até quase meia-noite, afinal lá é um lugar seguro. E os indiozinhos, (os zilhões de empregos gerados), não vão encontrar ônibus para voltar para casa. Triste realidade de quem trabalha no comércio de Porto Alegre.
Horário de trabalho péssimo, piso chinfrim, clientes chatos, e trabalhar aos domingos sem "plus".
Que exploda.
Baiacurs
os xópins nasceram nos EUA e bem longe do centro das cidades. Compra-se um descampado, faz-se um xópim e valoriza-se o entorno.Vide o Iguatemi. Simples, não?
Luciana
Coisas da vida?
Tudo isso é resultado da corrupção que traz a falta de educação, segurança, infraestrutura, cidadania e tudo que é fundamental para a vida na Polis.
O que era pra ser um jornal, não passa de um pafleto, porta-voz do tradicionalismo reacionário e do consumismo barato e vulgar. Essa capa é reveladora do nível de degradação de uma cidade e de um Estado.
Está na hora de acionar o Procon pela venda do que dizem ser um jornal, na realidade não passa de um panfleto partidário e comercial.
Clara
A estatua do laçador é inspirada no Paixão Cortês e não no cantor teixeirinha como diz no texto.
Paixão "Cortês".... hahahaha.
O anônimo não sabe ler.
Nem escrever.
Isso são "coisas da vida", também?
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