Recebo nota do jornalista Wanderley Soares, especialista em temas de segurança pública:
Um coronel de facão
Alguma coisa está fora de controle, pelo menos de forma episódica, na área da segurança pública e, de modo singular, na Brigada Militar.
A operação realizada em São Gabriel, que resultou na morte de um militante do SMT, atingido por um tiro de espingarda de calibre 12, pelas costas, ainda está sendo discutida, até mesmo porque o autor do disparo não foi identificado.
Não bastasse isso, hoje, a comunidade do município de Canoas, representada por todos os partidos (Dem, PT, PSDB, PTB, PMDB, PP, presidente da Câmara Municipal, todos os vereadores e mais o vice-prefeito), protocolaram uma denúncia contra o tenente-coronel Carlos Roberto Bondan da Silva, comandante do 15º BPM. Ele é acusado de, armado de facão, investir, no comando de sua tropa, contra camelôs que trabalhavam devidamente legalizados.
Bondan, quebrou mesas e ameaçou agredir os comerciantes, girando o facão, que talvez esteja incluído entre as chamadas armas não letais. Não foi pouca coisa o que fez Bondan, pois conseguiu reunir contra ele toda a comunidade de Canoas.
Ações realizadas pela polícia sob a filosofia de que “a cidade é pequena para nós dois”, só podem desequilibrar a gestão tanto do titular da pasta da Segurança, Edson Goularte, como abalar ainda mais a administração da governadora Yeda Crusius que, apontei ontem, está inclinada a determinar uma nova dança nas cadeiras numa área que é o nervo exposto e vivo de todos os governos. [...]
8 comentários:
É parece que a bandidagem tomou conta da Brigada Militar mesmo.
Mas quem tem o Mendes como juiz...
Claudio Dode
Se o que está afirmando Dionilso Marcon for verdadeiro, etaremos vivendo um horror inominável. Todos os ativistas sociais estarão com a cabeça a prêmio. Qualquer um pode ser vitimado. Se há um ou mais psicopatas com poder para fazer isso, é o fim da picada. Todo mundo sabe que o momento é grave. Que o jogo é encardido. Mas tão grave assim? Tão encardido assim? Muito preocupante.
Mui valorosa e leal . . .
Colocando-se, historicamente, na posição antagonica a justiça !
Dança de cadeiras ? esta parecendo a dança do "facão" !
Há uma discussão que a gente nunca faz, que é a desmilitarização da Brigada. Uma polícia só, com mecanismos de controle internos (Corregedorias) fortes, e controles extermos (Ministério Público) aperfeiçoados, para varrermos a corrupção e vassalagem para o lixo da história. Mas é uma baita duma luta.
Pobre BM, que tempos, pobre RS, em que buraco a direita nos meteu?
Porra, intervenção federal já. No Dialógico tem mais um relato de arbitrariedade da BM.
Confesso que estou assustado. Sou negro e ocasionalmente frequento redutos da classe média branca na Cidade Baixa. Se um brigadiano fdp me abordar, vou mandar tomar no cú - não sou mais moleque pra levar desaforo pra casa. No entanto, antes que eu consiga me identificar posso levar um tiro ou apanhar pra caramba. Neste último caso, depois que descobrirem que sou jornalista talvez decidam eliminar de vez o problema.
O que me assusta é que não sou o homem errado. Serei sempre o homem certo - o negro sem direito a dignidade, sem direito sequer a reclamar (afinal, negro é potencialmente bandido). Segundo alguns canalhas, depois de humilhado, a boa educação manda que eu agradeça ao opressor por ter me poupado a vida.
Bem feito, quem mandou nascer negro.
Por isto, não me espanta o desprezo que esta nova geração de negros marginais têm pela vida humana, metendo bala por qualquer nhémnhémnhém. Nas trevas, haja como os bárbaros. Entre ladrões e assassinos, haja como eles. É a lei da sobrevivência.
Pois é, e diziam que o Olívio estava "politizando" a polícia.
Os "coronéis" que estão no poder da Brigada, fazem desta, seu exército particular, com a conivência e até incentivo do secretário da segurança(?) e da desgovernadora.
Mas pelo que parece, isso não é problema, pois enquanto é com "os outros"...
Eu vi esta notícias hoje no SBT, no jornal do meio dia. Fiquei muito impressionada porque os denunciantes (camelôs) apareceram fazendo a denúncia. Normalmente não colocam a cara na TV.
lia
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