Só falta se dizer vítima das "forças ocultas"
Todos sabem que o ex-presidente Janio Quadros era louco e ainda bebia um pouco, apesar de ter sido um intelectual de nível razoável. Segundo a Wikipédia, ele foi um “excelente professor de português”. Durou pouco mais de seis meses como presidente, e logo idealizou uma renúncia – em agosto de 1961 – com o intuito de forçar uma situação de volta ao poder com mais força e menos estorvos constitucionais.
Resumindo, quis voltar como ditadorzinho, mas se deu mal. Sua renúncia foi imediatamente aceita e o resto vocês sabem: veto ao vice João Goulart, saída parlamentarista, volta ao presidencialismo, a luta pelas reformas de base, e depois o golpe civil-militar de abril de 1964, com o apoio de 99% da imprensa brasuca.
Para o fiasco da renúncia, Janio alegava que estava sendo vítima de “forças terríveis”, ao que a imprensa da época passou a apelidar de “forças ocultas”, tendo prevalecido a expressão, mais como forma de deboche à malograda tentativa de golpe à moda Brancaleone do sedento e aloprado presidente Janio da Silva Quadros.
Pois ontem, em palestra na Federasul, a governadora Yeda Rorato Crusius fez um ensaio Brancaleone, a la Janio (ver fac-símile da coluna Página 10 de ZH, acima). Só não afirmou que está sendo vítima de “forças ocultas”, porque não é muito versada em história (aliás, no quê mesmo a governadora é versada?).
De qualquer forma, prossegue a governadora com a autoconstrução de uma imagem de vítima, com o objetivo de angariar apoio incondicional do empresariado guasca. A rigor, uma ratificação do apoio que teve com a sua eleição em 2006.
A governadora tucana sente que já consumiu todo o seu capital político conquistado no período eleitoral de 2006. Sem gordura política para gastar, falta-lhe legitimidade para completar os vinte e tantos meses que ainda restam para o termo do seu quadriênio. E a governabilidade é um líquido que vaza, pinga e escoa para os ralos e sarjetas do Rio Grande.
Yeda, hoje, pelos motivos sabidos e consabidos, é um zumbi político, um espectro que vagueia de chinelos em busca de uma chance de sobrevida administrativa. Não precisam forças ocultas (ou terríveis) para abatê-la. Ela está se degolando sozinha, qual perdiz no arame – como se diz na Campanha.
Quem viver, verá.
Todos sabem que o ex-presidente Janio Quadros era louco e ainda bebia um pouco, apesar de ter sido um intelectual de nível razoável. Segundo a Wikipédia, ele foi um “excelente professor de português”. Durou pouco mais de seis meses como presidente, e logo idealizou uma renúncia – em agosto de 1961 – com o intuito de forçar uma situação de volta ao poder com mais força e menos estorvos constitucionais.
Resumindo, quis voltar como ditadorzinho, mas se deu mal. Sua renúncia foi imediatamente aceita e o resto vocês sabem: veto ao vice João Goulart, saída parlamentarista, volta ao presidencialismo, a luta pelas reformas de base, e depois o golpe civil-militar de abril de 1964, com o apoio de 99% da imprensa brasuca.
Para o fiasco da renúncia, Janio alegava que estava sendo vítima de “forças terríveis”, ao que a imprensa da época passou a apelidar de “forças ocultas”, tendo prevalecido a expressão, mais como forma de deboche à malograda tentativa de golpe à moda Brancaleone do sedento e aloprado presidente Janio da Silva Quadros.
Pois ontem, em palestra na Federasul, a governadora Yeda Rorato Crusius fez um ensaio Brancaleone, a la Janio (ver fac-símile da coluna Página 10 de ZH, acima). Só não afirmou que está sendo vítima de “forças ocultas”, porque não é muito versada em história (aliás, no quê mesmo a governadora é versada?).
De qualquer forma, prossegue a governadora com a autoconstrução de uma imagem de vítima, com o objetivo de angariar apoio incondicional do empresariado guasca. A rigor, uma ratificação do apoio que teve com a sua eleição em 2006.
A governadora tucana sente que já consumiu todo o seu capital político conquistado no período eleitoral de 2006. Sem gordura política para gastar, falta-lhe legitimidade para completar os vinte e tantos meses que ainda restam para o termo do seu quadriênio. E a governabilidade é um líquido que vaza, pinga e escoa para os ralos e sarjetas do Rio Grande.
Yeda, hoje, pelos motivos sabidos e consabidos, é um zumbi político, um espectro que vagueia de chinelos em busca de uma chance de sobrevida administrativa. Não precisam forças ocultas (ou terríveis) para abatê-la. Ela está se degolando sozinha, qual perdiz no arame – como se diz na Campanha.
Quem viver, verá.
31 comentários:
É isso mesmo, Cristfof. E pensar que esse gover-ninho é fruto de um golpezinho barato: ela foi turbinada para excluir Olívio e permitir a eleição de Rigotto. Como diz o meu pai: "casaram mal a filha". Alguém precisa escrever a biografia política de "certa imprensa".
Por falar em zumbi alguém tem notícia do Fogaça?
a dita cuja é versada em sem-vergonhice, segundo alguns quadrilheiros detranzistas (seus amigos e apoiadores).
"Não me levanto da cadeira por menos de 100 mil".
Remember!!!!!!!!!!!!!!!
Tá demorando essa degola, mas um dia vai...Como idosa tô me cuidando,tomando umas vitaminas prá viver e ver!
Como tu escreve bem guri!
Abraço Cristof (abreviatura de Cristovão Feil,mas fica parecendo um lindo nome russo)
Belo artigo feil. Isso deveria ser planfeteado nas ruas do RGS, pra população acordar desse sono de Cinderela que estah.
É impressionante a descida da ladeira politicamente falando do outrora pujante estado sulino, graças à tucana atual. Muito parecido com o que aconteceu com S. Paulo. A diferença é que aqui os tucanos ainda precisam errar e barbarizar muito para avacalhar de vez.
A esperança é que em 2010 possamos sustar os mais de 12 anos de domínio nefasto dos tucanos.
armando
ah, e outra semelhança entre jânio e yeda: governaram estados sendo oriundos de outros estados, o primeiro era matogrossense e a segunda insinuam que é paulista.
armando
Podem tirar a Yeda. Mas tem que ser no voto.
PT no RS nunca mais!
"A guerra mata dos dois lados".
Ué, então ela já se considera mesmo mortinha da silva.
Faz mais de 15 dias que o PSOL apresentou denúncias sem provas e até hoje nenhuma prova ou indício de prova surgiu. E a oposição que perdeu de goleada a eleição tenta transformar Yeda num Zumbi. Isso faz parte do jogo democrático, of course, mas o RS tem suas peculiaridades. Aqui se pega pesado. Olívio fez um governo complicado, colecionou lista de brigas, cometeu burrices impressionantes e foi atacado - justa e injustamente - pela mídia.
O governo Olívio gerou ranços, ressentimentos e rancores. E a pior coisa do mundo é fazer politica ou viver a vida com amargura. O que a oposição e a mídia alternativa de esquerda fazem com a Yeda é completamente "hors concours". E diria mais, fora da casinha. Yeda reclama, com razão, do golpismo. Até mesmo porque ela não foi indiciada em nenhum processo administrativo ou judicial. Mas Yeda não pode reclamar de golpismo, porque ela não veste a grife Guevara. Como se sabe, a palavra golpe não pode ser utilizada por qualquer um. O pessoal da grife Guevara não acredita até hoje que o PT fez picaretagem com Marcos Valério, irrigando, com dinheiro dos fundos de pensão das estatais gerenciados por companheiros petistas os mensalões do poder. POr que o PT insiste em fazer aliança com a banda podre e o baixo clero do Congresso? Hoje quem manda no cofre do PAC é o Collor, que é aliado do PT. Por que o PT não tem nenhum interesse em tocar para a frente uma reforma política? Porque está bom assim. O jogo da picaretagem ocorre e corre bem nos bastidores do poder petista. Mas falar nisso é golpismo. E na mídia alternativa de esquerda, nos blogs amargurados da vida, quem abre a boca e faz críticas tem que ter participação censurada ou limitada. Certa esquerda defende o controle social da mídia. Certamente aplaudem quando Chávez proibe uma exposição, porque o déspota acha um absurdo corpos humanos mortos serem exibidos. E ninguém pode ver e nem ter a opção de ver. Esse raciocínio é tipicamente caduco, rançoso, atrasado, conservador. Mas as pessoas e os blogs fazem opções. Se uns querem virar jogral de macaquinho de auditório do pensée unique, problema deles. O importante é tentar viver a vida numa boa.
Ao anônimo das 11:50, e por qué tem que ser no voto? Aquí ao lado "los hermanos" correram 3 presidentes no mesmo dia com "panelaços". E por que não "impichar" a dita cuja? E se o TSE cassar? E se o STJ cassar? Há um cadáver na parada. Foram afanados 44 milhões. Mas eu acho que logo logo o Feijó, ou o Psol, ou Lair Ferst, ou o MPF, alguém, em fim, mostra um video, e vai ter que renunciar, para felicidade geral. Isso daí não é um governo! É uma falcatrua.
Não pensei que houvesse alguém - além de ZH e O SUL - com coragem para citar as "denúncias sem provas" do PSOL para defender a Yeda... quem mais quer distãncia do assunto é ela própria e a sua turma...
Fazem mais de quinze dias que o PSOL fez denuncias e a governadora, com medo de ter que pedir as provas, não toma nenhuma atitude para esclarecer, está quietinha "que nem criança cagada."
Sem marola, sem marola por favor! Que pode engasgar.
Claudio Dode
Hoje a ZH cedeu um espaço para o Osmar Terra esclarecer a "ambulancioterapia". Mas não deu certo, só tentou empulhar com o "gigantesco e correto esforço do setor público a favor da saúde do povo gaúcho."
Tem que atacar esta gente é com cupim, porque é muita cara de pau!
Melodramático vem com aquele ar de vitima que a RBS reproduz: "que uma fatalidade rodoviaria não sirva de pretexto...".
Primeiro, secretário, não foi uma tragédia: nos ultimos 30 dias só na RBS foram TRES tragédias registradas, com mais de 20 vitimas.
Segunda mentira: que por terem menos de 10000 habitantes não tem condições de ter serviços especilizados....Os tres acidentes eram originados de cidades com mais de 10000 habitantes, então???
Terceira Mentira: "dobrou o numero de unidades que prestam serviços de maior especialização"... Secretário: Pela primeira vez na história de Pelotas (uma das maiores cidades do interior)até poucos dias o cidadão que quebrasse uma perna ou um braço tinha que pegar uma AMBULÂNCIA e buscar a solução de sua fratura em outro freguesia...
Quer mais????
O resto foi só enrolação para esconder que depois de mais de vinte anos o Rio Grande do Sul voltou a era a "ambulancioterapia", tão danosa para o estado como a educação CONTEINERIZADA.
O Doutor Osmar Terra devia é tomar conta do estado demencial do governo da Yeda "The Crazy Queen".
Claudio Dode
"Pensée unique"? Mas quem é você para referir isso, rapazinho?
Esse conceito você está pirateando da esquerda. Pensamento único é o que está acabando com a crise terminal do neoliberalismo, seu ladrão de conceitos. Isso só mostra que vc é um inescrupuloso, papagaio repetidor de coisas sem o menor nexo. Sua reputação aqui está abaixo da crítica. Pede pra sair, seu impostor avacalhado.
Me referi ao Maia, acima.
Quem sabe a Yeda faz como Jânio e renuncia para voltar nos braços do povo? É apenas uma ideia mas de repente pode dar certo, afinal de contas o gaúcho é diferente!
Juarez Prieb todos "Pensée unique" a respeito do "Chatotorix"! A opinião é unanime: pé no saco! Fui ler os clichês dele depois de ler o teu, caso contrário passo por cima!
Juarez....depois de ler o teu "comentário"...
Versada em quê mesmo? Nada! Nem um artigo digno de nota ela publicou na área da Economia na UFRGS, nem nas Revistas da FEE, FDRH etc.
Mas, lembrem-se: ela é alta, chique e bonita...
Isso aí Oscar, lança o nome dela, Yeda, no Google e verifica quantos artigos relevantes publicou. Quantas vezes é citada em trabalhos acadêmicos, um aferidor importante para medir a relevância acadêmica de um professor ou pesquisador. Yeda Rorato Crusius simplesmente não existe como sujeito docente. Foi e é um ZERO à esquerda na Universidade. Portanto, está no Piratini sendo coerente com a profissão que abraçou, igualmente nula e inútil como governante do nosso Estado.
Nem docente, nem decente
a faculdade de economia deve ter feito uma bela duma festa no dia em que essa sujeita saiu de lá, que alívio deve ter sido pro povo.
Te engana, Barto, ninguém notou. Ela não existia. Só enchia o saco com as vagas no estacionamento da direção da faculdade.
- GENTE, VAMOS DEIXAR O ESWTRUPÍCIO DO MALA MAIA DE LADO!! JÁ DISSE, ELE NÃO VALE UM CORNETO COMO SUA (DES)GOVERNADORA
PT no Piratini nunca mais!
Britos&Cia no Piratini nunca mais!
Dá-lhe Yeda!
Reeleição à vista!
No quê a exgovernadora em atividade é versada?
Em corrupção.
A figura-descérebro-yeda é a síntese da cadeia-consórcio AntiPT. No quê essa cadeia-consórcio AntiPT é versada?
Em corrupção.
Nelly
Querem se livrar da Yeda?
Então impeçam a reeleição dela.
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