RBS tem concretos interesses no setor imobiliário
Dizem que de boas intenções o inferno está lotado. O jornal Zero Hora trata hoje da ociosidade e abandono de prédios públicos estaduais, sendo o mais relevante deles, as instalações de uma velha estatal de lacticínios – Corlac – situada em área muito valorizada de Porto Alegre.
Por melhores que sejam os propósitos da pauta de ZH, fica sempre uma suspeição, o grupo midiático RBS ao qual o jornal pertence também tem concretos interesses no setor imobiliário, mais precisamente através de uma incorporadora denominada Maiojama Participações.
Já tratamos deste tema aqui no blog DG, mas sempre é bom lembrar que Porto Alegre está sofrendo um ataque especulativo sobre o seu solo urbano, reforçado com a reeleição de José Fogaça (PMDB) para o Paço Municipal. Os motivos são justificados e definidos:
1) Preparação e organização da cidade para sediar parcialmente a copa mundial de futebol de 2014, com o planejamento da construção do metrô que promoverá um reposicionamento radical e extensivo na valorização dos imóveis urbanos e rurais da Capital;
2) Investimentos federais do PAC, com a previsão do próprio trem urbano e dezenas de milhares de moradias populares e classe média, mas que repercutirá também no segmento dos imóveis mais caros;
3) Investimentos privados, que já vinham ocorrendo, especialmente na Zona Sul e rural da cidade, agora serão vitaminados pelo novo boom imobiliário induzido pelo setor público federal.
4) Efeito-demonstração do caso Ponta do Melo, onde o Executivo e o Legislativo local sinalizaram que em Porto Alegre não existe obstáculo (leia-se Plano Diretor e cuidados ambientais) à vontade privilegiada de investidores e incorporadores, especialmente nos 72 quilômetros da orla do Guaíba, o novíssimo objeto do desejo de dez entre dez coronéis do concreto.
Assim, o jornal ZH – que internamente trata o leitor como cliente-consumidor, numa alusão fria à mentalidade puramente comercial que orienta o seu business midiático – comporta-se como editor de um catálogo atualizado sobre as atuais fronteiras imobiliárias e as novas oportunidades negociais no setor, chegando ao requinte de cotar valor para o prédio da Corlac (um quarteirão inteiro da av. Dom Pedro II e rua Carlos Von Koseritz), quando diz que o imóvel só vale pelo terreno.
E o bom jornalismo e a comunicação social, a missão precípua de um jornal? Ora, isso é coisa para pobre e perdedor (loser, como eles fazem questão de dizer).
Dizem que de boas intenções o inferno está lotado. O jornal Zero Hora trata hoje da ociosidade e abandono de prédios públicos estaduais, sendo o mais relevante deles, as instalações de uma velha estatal de lacticínios – Corlac – situada em área muito valorizada de Porto Alegre.
Por melhores que sejam os propósitos da pauta de ZH, fica sempre uma suspeição, o grupo midiático RBS ao qual o jornal pertence também tem concretos interesses no setor imobiliário, mais precisamente através de uma incorporadora denominada Maiojama Participações.
Já tratamos deste tema aqui no blog DG, mas sempre é bom lembrar que Porto Alegre está sofrendo um ataque especulativo sobre o seu solo urbano, reforçado com a reeleição de José Fogaça (PMDB) para o Paço Municipal. Os motivos são justificados e definidos:
1) Preparação e organização da cidade para sediar parcialmente a copa mundial de futebol de 2014, com o planejamento da construção do metrô que promoverá um reposicionamento radical e extensivo na valorização dos imóveis urbanos e rurais da Capital;
2) Investimentos federais do PAC, com a previsão do próprio trem urbano e dezenas de milhares de moradias populares e classe média, mas que repercutirá também no segmento dos imóveis mais caros;
3) Investimentos privados, que já vinham ocorrendo, especialmente na Zona Sul e rural da cidade, agora serão vitaminados pelo novo boom imobiliário induzido pelo setor público federal.
4) Efeito-demonstração do caso Ponta do Melo, onde o Executivo e o Legislativo local sinalizaram que em Porto Alegre não existe obstáculo (leia-se Plano Diretor e cuidados ambientais) à vontade privilegiada de investidores e incorporadores, especialmente nos 72 quilômetros da orla do Guaíba, o novíssimo objeto do desejo de dez entre dez coronéis do concreto.
Assim, o jornal ZH – que internamente trata o leitor como cliente-consumidor, numa alusão fria à mentalidade puramente comercial que orienta o seu business midiático – comporta-se como editor de um catálogo atualizado sobre as atuais fronteiras imobiliárias e as novas oportunidades negociais no setor, chegando ao requinte de cotar valor para o prédio da Corlac (um quarteirão inteiro da av. Dom Pedro II e rua Carlos Von Koseritz), quando diz que o imóvel só vale pelo terreno.
E o bom jornalismo e a comunicação social, a missão precípua de um jornal? Ora, isso é coisa para pobre e perdedor (loser, como eles fazem questão de dizer).
16 comentários:
Excelente, doutor Feil!!!!!!!!!!!!
Sempre aparece a foto da Corlac, mal sabem eles que esse terreno é metade da prefeitura e a outra metade está penhorada no INSS.
O s portoalegrenses em especial, e os gauchos num todo, tem demonstrado que não só merecem este tipo de jornalismo, como o aprovam...e não nos iludamos, a farra vai continuar, a Yeda vai terminar seu mandato e ou Rigotto ou Fogaça será o novo governador/funcionario da RBS, como querem dsejam os leitores/expectadores/ouvintes dos sionistas.
Um absurdo o Estado do RS ter todos esses imóveis abandonados. O governo tem que ter a coragem de mandar licitar e vender todos eles pelo melhor preço. Ou que se faça uma praça ou parque no imóvel da Corlac. Sei lá. Mas alguma coisa tem que ser feita. Pouco importa para mim se a RBS e a Maiojama têm interesses nos imóveis. Pouco importa se eles vão ter lucro com isso. Analisando a matéria em sí, que trata de um fato concreto, ela está absolutamente correta.
o maia é uma santidade em pessoa!!! pois é natural, para ele, que o grupo RBS utilize seus meios de comunicação para continuar beneficiando-se do enriquecimento mesquinho e enganando a opinião pública que, infelizmente se vê obrigada a ler esse meio de comunicação de péssima qualidade que só visa o seus interesses concretos e lucrativos. viva os lasier e os santanas da vida.
janu/litoral
Grande porcaria a RBS estar interessada no lugar. Se oferecerem o melhor preço, ótimo. O estado agradece. Pelo menos aquelas ruínas terão algum uso.
fazer escolas, praças públicas e postos médicos em todos esses terrenos. Nada melhor. Em tempos de crise, emprega gente, dinamiza indústria da construção, abre vagas nas escolas, melhora o atendimento da saúde, cria espaços públicos para a melhoria de vida. A venda dos bens públicos não é uma boa alternativa, aliás quem mais fez isso foi Collor de Mello, o impoluto senador, que dirige a comissão do orçamento do senado federal hoje. Quanto o dinheiro na mão dos gestores públicos, é vendaval, quando mais caros viessem a ser vendidos os bens pũblicos...Quanto ao destino que a chamada "iniciativa privada" tem dado aos bens que compra a preço de banana do estado...isso valeria boas reportagens. A sociedade não tem ganho nada quando uma "ruína" passa para os bolsos de um endinheirado. Nós é que pagamos o pato (além de todos aqueles espetáculos financiados pela lei rouanet com nossa grana).
anonimo
A privatização do espaço público é um problema para as cidades. Faz-se a seleção de quem pode ou não ingressar no local, usa-se câmeras de vigilância o tempo todo, cria guetos na parte externa, a dos excluídos.
Também concordo que a matéria serviu como catálogo para a especulação imobiliária. Se a Maiojama [da família Sirotsky] não está diretamente interessada, suas concorrentes poderão estar. E onde sairão os anúncios da venda de tais imóveis, depois de comprados a preço de banana, para serem vendidos por preços exorbitantes?
Aliás, não esqueçamos do estudo do advogado sobre o valor dos imóveis em Porto Alegre e qual índice populacional pode adquiri-los...
Nenhuma novidade, está já é uma prática antiga do clã sionista que edita o pasquim do arroio dilúvio. Nos anos anteriores a privatização da CRT, todo mês tínhamos um editorial no pasquim desancando a empresa telefônica, tachando-a de ineficiente, mal administrada e otras cositas mais. Quando o funcionário delles, eleito governador, doou a empresa, quem foi que se candidatou a recebe-la de mão beijada: o próprio clã sionista! Se deram mal, porque no final das contas levaram uma rasteira do parceiro estrangeiro.
Hoje estamos aí, sofrendo com as "eficientes" e "bem administradas" empresas telefônicas privadas, que prestam um serviço de terceiro mundo mas cobram valores de primeiro.
E por que diabos o tal terreno da Corlac não é usado para o teatro da OSPA, em vez de morderem mais um pedaço de parque?
Nada como um dia depois do outro, ou um negócio depois do outro.
Ou alguém acha que a RBS apóia, desavergonhadamente, esta loucura que estamos vendo e vivenciando de graça?
Para mim também não importa que a RBS e Maiojama ganhem dinheiro, eu só não quero é que ganhe o dinheiro público, e desta maneira.
E acho também que deveriam todos ser utilizados pelo próprio usado para não ter que "fazer" contratos locatícios de prédio ou conteiner. E que prioritariamente o uso seja destinado a reposição das salas de aulas fechadas pela "Pedagogia de Contêiner".
Claudio Dode
Não entendi. O jornal deveria então, não fazer a matéria para não ser acusado de ter interesse?
Bom vamos ter que explicar para o anonimo das 18:57.Entao preste bem atenção:
Uma coisa é fazer uma reportagem, colocar os pros e contras, OUVIR TODAS as partes, outra bem diferente é fazer uma reportagem e colocar no Texto DEFINIÇOES FINAIS, TABELAR PREÇOS E FAZER JULGAMENTOS DEFINITVOS E SE ADONAR DA VERDADE. Outrossim, o historico do "modus oprendi" dos sionistas é bem conhecido por aqueles com um mínimo de discernimento....
Espero realmente que o senhor seja um inocente útil, mas penso que ,infelizmente, escondido no anonimato seja apenas mais um Facista a policiar a blogosfera....
Triste
Vejamos:
"E acho também que deveriam todos ser utilizados pelo próprio usado para não ter que "fazer" contratos locatícios de prédio ou conteiner. E que prioritariamente o uso seja destinado a reposição das salas de aulas fechadas pela "Pedagogia de Contêiner"."
Para com essas cachaças seu Dode!
Achei que o DG tivesse banido o troll.
E ontem, na famigerada página 10, a abelhinha colocou uma notinha sobre o tal terreno do prédio da Corlac... A RBS/ZH não dá ponto sem nó!!!
Fabi
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