Portabilidade é conversa fiada
Os serviços de telefonia e internet no Brasil estão entre os mais caros no mundo, segundo um estudo que a ONU divulgou ontem. No ranking de 150 países da UIT (União Internacional de Telecomunicações), o Brasil aparece entre os 40 em que o uso de telefones fixos e celulares consome a maior fatia da renda per capita. A informação é da Folha.
O acesso à telefonia foi um dos critérios usados pela organização para elaborar o Índice de Desenvolvimento em Tecnologia de Informação e Comunicação, que avalia os avanços no setor entre 2002 e 2007. O Brasil caiu seis posições em relação ao índice anterior e agora ocupa o 60º lugar.
Tomando como referência o preço de um pacote básico, a UIT chegou à conclusão de que o uso do celular no Brasil é um dos mais caros, consumindo o equivalente a 7,5% da renda média per capita do país. Numa escala crescente de custo, o país ocupa a 114ª posição. A telefonia fixa morde uma fatia menor da renda do brasileiro (5,9%), mas também coloca o país entre os últimos, no 113º lugar.
Entre os mais baratos, empatam Hong Kong (China), Dinamarca e Cingapura, onde o uso do celular é responsável por só 0,1% da renda média. O contraste para o Brasil também é notável em relação a vizinhos como Argentina, onde a conta do celular é bem menor (2,5% da renda per capita).
A internet de banda larga, considerada pela UIT importante ferramenta para o desenvolvimento econômico, tem um preço elevado no Brasil. De acordo com o estudo, seu custo mensal equivale a 9,6% da renda média per capita brasileira.
Com isso, o Brasil fica em 77º lugar na escala de preços, posição intermediária no ranking de 150 países, mas abaixo dos demais membros do Bric, o grupo dos grandes emergentes: Rússia (37º), Índia (73º) e China (75º), onde o acesso à internet de banda larga custa proporcionalmente menos.
No índice geral de desenvolvimento, a UIT justifica a queda de seis posições do Brasil observando que houve pouco avanço nos três critérios utilizados: acesso, uso e capacidade.
.....................
As operadoras de serviços de telefonia no Brasil pintam e bordam, dão as cartas e jogam de mão. A situação é danosa para o consumidor/usuário. O sistema é oligopolizado nas mãos de poucos players (apenas quatro empresas), que simulam uma concorrência de mentirinha e faturam nacos expressivos da renda nacional. Um negócio da China. Um cartel ilegal, escancarado e vergonhoso. A mídia hegemônica faz ouvidos de mercador, uma vez que as operadoras são os seus principais anunciantes/clientes, especialmente nestes tempos de vacas magras.
Todos os lugares-comuns e clichês jornalísticos são insuficientes para descrever a calamidade da telefonia/internet brasileira. Estamos atrás de quase todos os países do mundo.
Para agravar, ano passado, num enrosco nebulosíssimo, que só a história e seus investigadores tardios podem narrar, o lulismo de resultados (com a anuência e mobilização da própria ministra Rousseff) permitiu a super-fusão da Brasil Telecom com a empresa Oi. Ou seja, vitaminaram mais o oligopólio, no lugar de dissolvê-lo. Sem falar nos fios invisíveis que conectam a tal fusão com o bandido-de-colarinho-branco, Daniel Dantas.
Você liga a televisão e assiste a todo o momento publicidade cínica e mentirosa das operadoras cantando hinos e louvações à portabilidade numérica. A norma da portabilidade foi negociada – informe-se – contra os interesses das operadoras, em 2003, quase seis anos atrás, e somente agora está vigorando. Mesmo assim, é uma portabilidade perna-de-anão, mitigada. Você porta o seu número de telefone, desde que pague uma multa à operadora do qual é escravo. Ou seja, você tem que comprar a carta de alforria se quiser ser ex-escravo. Portanto, a tal portabilidade só existe nos comerciais de TV, na prática, é uma farsa retumbante.
Viva o Brasil do lulismo de resultados, o paraíso das operadoras de telefonia e serviços de banda larga!
Banda larga?
Os serviços de telefonia e internet no Brasil estão entre os mais caros no mundo, segundo um estudo que a ONU divulgou ontem. No ranking de 150 países da UIT (União Internacional de Telecomunicações), o Brasil aparece entre os 40 em que o uso de telefones fixos e celulares consome a maior fatia da renda per capita. A informação é da Folha.
O acesso à telefonia foi um dos critérios usados pela organização para elaborar o Índice de Desenvolvimento em Tecnologia de Informação e Comunicação, que avalia os avanços no setor entre 2002 e 2007. O Brasil caiu seis posições em relação ao índice anterior e agora ocupa o 60º lugar.
Tomando como referência o preço de um pacote básico, a UIT chegou à conclusão de que o uso do celular no Brasil é um dos mais caros, consumindo o equivalente a 7,5% da renda média per capita do país. Numa escala crescente de custo, o país ocupa a 114ª posição. A telefonia fixa morde uma fatia menor da renda do brasileiro (5,9%), mas também coloca o país entre os últimos, no 113º lugar.
Entre os mais baratos, empatam Hong Kong (China), Dinamarca e Cingapura, onde o uso do celular é responsável por só 0,1% da renda média. O contraste para o Brasil também é notável em relação a vizinhos como Argentina, onde a conta do celular é bem menor (2,5% da renda per capita).
A internet de banda larga, considerada pela UIT importante ferramenta para o desenvolvimento econômico, tem um preço elevado no Brasil. De acordo com o estudo, seu custo mensal equivale a 9,6% da renda média per capita brasileira.
Com isso, o Brasil fica em 77º lugar na escala de preços, posição intermediária no ranking de 150 países, mas abaixo dos demais membros do Bric, o grupo dos grandes emergentes: Rússia (37º), Índia (73º) e China (75º), onde o acesso à internet de banda larga custa proporcionalmente menos.
No índice geral de desenvolvimento, a UIT justifica a queda de seis posições do Brasil observando que houve pouco avanço nos três critérios utilizados: acesso, uso e capacidade.
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As operadoras de serviços de telefonia no Brasil pintam e bordam, dão as cartas e jogam de mão. A situação é danosa para o consumidor/usuário. O sistema é oligopolizado nas mãos de poucos players (apenas quatro empresas), que simulam uma concorrência de mentirinha e faturam nacos expressivos da renda nacional. Um negócio da China. Um cartel ilegal, escancarado e vergonhoso. A mídia hegemônica faz ouvidos de mercador, uma vez que as operadoras são os seus principais anunciantes/clientes, especialmente nestes tempos de vacas magras.
Todos os lugares-comuns e clichês jornalísticos são insuficientes para descrever a calamidade da telefonia/internet brasileira. Estamos atrás de quase todos os países do mundo.
Para agravar, ano passado, num enrosco nebulosíssimo, que só a história e seus investigadores tardios podem narrar, o lulismo de resultados (com a anuência e mobilização da própria ministra Rousseff) permitiu a super-fusão da Brasil Telecom com a empresa Oi. Ou seja, vitaminaram mais o oligopólio, no lugar de dissolvê-lo. Sem falar nos fios invisíveis que conectam a tal fusão com o bandido-de-colarinho-branco, Daniel Dantas.
Você liga a televisão e assiste a todo o momento publicidade cínica e mentirosa das operadoras cantando hinos e louvações à portabilidade numérica. A norma da portabilidade foi negociada – informe-se – contra os interesses das operadoras, em 2003, quase seis anos atrás, e somente agora está vigorando. Mesmo assim, é uma portabilidade perna-de-anão, mitigada. Você porta o seu número de telefone, desde que pague uma multa à operadora do qual é escravo. Ou seja, você tem que comprar a carta de alforria se quiser ser ex-escravo. Portanto, a tal portabilidade só existe nos comerciais de TV, na prática, é uma farsa retumbante.
Viva o Brasil do lulismo de resultados, o paraíso das operadoras de telefonia e serviços de banda larga!
Banda larga?
35 comentários:
Ah, que saudade da velha e boa CRT! Malditos neoliberais...
Votei em Lula e não me arrependo, mas isso não impede de achar ele um cagão. Se borra todo perto de um poderoso.
Caro anônimo das 11:16 a CRT era nossa, etc..., mas não era boa, seus serviços deixavam a desejar e o avanço tecnológico não era incentivado pelos governos. Vale o mesmo pra telebras. Acredito que os serviços teriam sido muitos melhores se as empresas tivessem trabalhado com a tarifa compatível e os investimentos necessários!
Nao vejo mesmo vantagem na tal portabilidade!!!
Temos no Brasil a Vivo, a Claro, a Tim e agora a aquisição da BrT pela OI, graças ao governo do PT. São quatro grandes players e a concorrência entre eles é muito acirrada, como bem se sabe. As viúvas do monopólio estatal que privilegiava uma elite reclamam do quê? O catador de lixo, o aposentado do grotão hoje tem um celular no Brasil. Esse criticado sistema democratizou o uso da telefonia. A partir daí o Brasil deu um grande impulso. É evidente que existem regras contratuais. A multa que se cobra para quebrar a portabilidade não decorre de lei. Ela é contratual e pode sim ser questionada na Justiça. O que é interessante notar nesse discurso da porralouquice é de que o disco está sempre arranhado no mesmo ponto. O tom monocórdio é o mesmo: o capitalismo é ruim, o capitalismo é malvado, abaixo o capitalismo. Mas os caras pálidas querem colocar o quê em seu lugar?
Porra, cidadão Maia, o Senhor é um pé no meio das bolas! Pelo amor dos meus filhinhos!
Quem estabeleceu tarifas e sistema de rajustes, que consta do CONTRATO de concessão das teles, foram os amigos de FHC (Sérgio Mota, inclusive).
Ao governo de Lula, para romper o ciclo, caberia rasgar o CONTRATO e estabelecer novas regras.
Um CONTRATO é peça de valor nos relacionamentos sociais.
É como pegar contratos trabalhistas vigentes sob a CLT e mudá-los a bel prazer de crises existentes, latentes ou virtuais.
CONTRATO é a base de quaisquer sistema economico. O sistema é ruim? Crie-se, paralelamente, novo sistema e aperfeiçoe-mo-lo.
A Telebrás ainda existe.
Um novo sistema de acesso à banda larga, via rede elétrica, está em fase de testes. Cabe à sociedade mover-se ORGANIZADAMENTE de forma a impedir que os de sempre se apropriem da exploração do processo.
Lula tem outras culpas, mas perdoem-me, não essa.
Os serviços e avanços da CRT e da telefonia vinham sendo mantidos até 1973. É de 1973 a última instalação de central telefônica digital tropicalizada, feita no Brasil.
Foi lá que se decretou que o governo militar "endividou o país" e que as exigências estrangeiras de que cessassem os investimentos estatais "até que se pagasse algo da dívida" começaram a ser implementadas.
Os advogados da interrupção dos investimentos estatais são os mesmos entreguistas ordinários que vão na década de 80 defender e por final privatizar tudo na década de 90.
A receita é a mesma em todo mundo. Você deve muito, o FMI empresta dólares que acabam financiando a evasão de reservas da oligarquia, o país quebra e precisa entregar o que tem de público a preço de banana. Isso ocorreu no mundo todo e só agora os povos começam a dar bananas para o consenso de Washington.
A abrangência de serviços que existe hoje não é universal, e foi conquistada (a) por investimentos na rede fixa antes da privatização e (b) por se deixar as empresas "importabandear" estações rádio-base à vontade.
O resultado é o que se vê: serviços caros, remessas de lucros significativas, mau atendimento ao consumidor.
É o fetiche burro da privatização.
Veremos esse fetiche idiota mais adiante nos lembrando que nas concessionárias das estradas agora tem ambulâncias.
Na verdade voltamos à situação da Light (década de 1960) e das companhias de Portos (1890), porém por intermédio da ação de traidores.
E não é burrice, no fundo é profissão mesmo, enganar os concidadãos com mentiras asquerosas, fingindo que participa de debate leal.
Você está confundindo, João Paulo, contrato de concessão entre Teles e Anatel e contrato particular entre Teles e o consumidor. São cláusulas distintas e que se resolvem de forma diferente.
Uma coisa é o contrato de concessão das teles feito na época de FHC e que foi quebrado pelo governo Lula para propiciar a aquisição da BrT pela Oi. Outra coisa são as cláusulas consumeristas entre teles e seus clientes. Quando o sujeito adquire um telefone ele assume um compromisso de permanecer naquela operadora por algum tempo. Isso ocorre em qualquer lugar do mundo e não tem nada a ver com escravidão. Um absurdo esse tipo de ilação. As cláusulas consumeristas devem estar alinhadas, no caso, com a Lei GEral de Telecomunicações de 1997 e a Código do Consumidor de 1990.
Ao anônimo das 12:20 a LGT (Lei nº 9.472/97) tem como principal objetivo a unversalidade e a continuidade dos serviços de telecomunicação. Os investimentos realizados nas estatais naquela época são uma titiquinha de nada comparado com o investimentos realizados pelas concessionárias desse serviço que continua sendo público. Pode o Estado, através da Anatel, revogar a concessão mediante a ocorrência de justa causa, inclusive não cumprimento de metas de universalização e continuidade ou não cumprimento das cláusulas dos contratos de concessão. É o que diz a Lei.
O resto, o resto é argumento da Hiena da Hanna Barbera que sempre dizia: isso não vai dar certo. O Brasil tem problemas muito mais sérios e urgentes a resolver.
Entre este "singelo" oligopólio das telefonicas, e o velho monopólio, fico e muito satisfeito com o monopólio estatal, ainda que sujeito a lesa pátria como o FHC.
Primeiro foi a roubalheira para tranferir o patrimonio público para os apaniguados e garantia para que agora, eslas sigam saqueando os consumidores.
Isto é a cara do FHC.
Claudio Dode
"Entre este "singelo" oligopólio das telefonicas, e o velho monopólio, fico e muito satisfeito com o monopólio estatal, ainda que sujeito a lesa pátria como o FHC."
Por favor, depois disso, fechem o blog.
José Paulo Guedes, então explica a con... fusão BrT e + Oi.
Explica a omissão da Anatel, com diretores todos nomeados por Lula.
Explica as tarifas mais caras do mundo. Onde tem contrato que fixa preços abusivos no mercado de telefonia?
Por que Lula estimula a oligopolização do setor em vez de desmontar essa trampa poderosa que dita regras e impõem clausulas leoninas ao usuário?
Onde estão os contratos que estimulam oligopólios nas teles?
Vá contar lorota em outro blog, Guedes, aqui ninguém anda de bombachinha, seu moço!
ô Maianônimo da 13:12, fecha o blogue não, que eu concordo, e mais muita gente por aí... mas eu entendo, vocês tem que ganhar o pão de cada dia (neste caso, dos poodles de guarda que policiam os blogues de esquerda, pagos dinheiro público, o pão de de cada meia-hora)
Wally Salomão?
Você não já morreu, poeta?
Portabilidade e concorrência foi a promessa do Sérgio Motta lá em 1992 para justificar a privatização. A portabilidade chega cheio de senãos com 16 anos de atraso. E a concorrência só existe no RGS, com a empresa espelho GVT.
Para o resto do Brasil a tucanalha deixou devendo.
O oligopólio, as empresas cartelizadas, insistem em um "ticket" mínimo de 39 reais, cobrados de qualquer pessoa que queira ter telefone.
Cadê a cobrança pelo uso quando se tem tarifa mínima?
Experimente pedir telefone em locais não cobertos pelas centrais feitas nos dois últimos anos de CRT estatal (aqueles prédios de lajotas azuis), época em que se gastou 1 bilhão de dólares para privatizar uma empresa atualizada, permitindo economia aos novos donos.
De lá para cá se passaram 12 anos e a rede física é a mesma.
A única novidade, que veio com muito atraso foi o ADSL. Caro e ruim, conforme avalia o IUT, pois depende de uma rede sem manutenção adequada.
É fácil comprar modens (caixinhas) ADSL para instalar nas centrais que o Britto deixou fazer antes de doar a CRT. Caro é manter e ampliar a rede existente. Os instaladores terceirizados fazem horrores com a rede externa e o usuário que se queixe no PROCON.
Uma alternativa seria a telefonia IP. O produto oferecido pela Net em parceria com a Embratel poderia ser a concorrência que faltava, mas a NET+Embratel fecharam com o cartel e cobram o mesmo "ticket" de 39.90 do assinante. Além disso oferecem um serviço de tarifa plana que acaba sendo mais caro.
Vão dizer que é alguma portaria da Anatel, mas é cartel mesmo.
A outra oportunidade, que vai cair no colo do PT em 2010 é a internet via rede elétrica. Mas a CEEE está combalida pelas sucessivas administrações bem pensants e terá de vencer o cartel das teles para permitir ligações para fora da rede da empresa.
A única maneira de quebrar o cartel das teles privadas é ter uma estatal administrada por gente que não se venda para elas, com uma forte cultura interna feita o Banco do Brasil ou CEF, que mantenha os preços baixos e serviços bons como referência mínima.
É isso que ocorre na educação, onde o ensino público funciona como denominador comum, um balisador da atividade.
A BrT -- depois de Daniel Dantas -- era praticamente uma estatal. Era administrada pelos fundos de pensão que tem participação na Oi/Telemar. A nova OI é praticamente uma "sociedade de economia mista". Não vejo nenhum motivo para se criar uma nova estatal no Brasil. O mercado é competitivo e a Anatel tem que efetivar o seu controle e fiscalização... O sistema funciona razoavelmente. O que não funciona razoavelmente neste Brasil é a educação, a saúde e a segurança.
Britto fez muito bem em desestatizar a CRT (vendendo a participação acionária do Estado), porque se não fosse assim ela entraria no bolo do sistema Telebrás. E houve um grande leilão na época com competidores de diversos países. Venceram os espanhois da Telefónica que hoje controlam a Vivo. Tempos depois, os espanhois venderam a CRT para a BrT de Dantas por preço menor do que eles arremataram no leilão. E tem gente que acredita ainda que a CRT foi doada. E o pior, tem gente que tem saudades do monopólio estatal das teles!!!
É isso anônimo das 14:20h.
Bem colocado. O governo Olívio que preocupa tanto a tucanalha e a britalha ainda hoje tinha um projeto de remontar uma estatal de tele. Seria formada por expertise, infra e capital da Procergs, Sulgás e Petrobras, respectivamente. Mas aí o Tarso Genro se atravessou, o PT foi pro beleléu e o projeto ruiu, por que não havia mais tempo hábil para uma operação daquele porte.
Seria uma forma de retomar através do Estado uma política de telecomunicações no RS, com outra mentalidade, investindo em grotões onde as teles se recusam a instalar uma antena sequer, democratizando de verdade os meios, a internet, se apropriando de tecnologias e explorando novas tecnologias que levem em conta as maiorias, os excluídos, e induzindo o desenvolvimento do Estado para setores e áreas pouco atrativas do ponto de vista do interesse privado.
Puxa, que azar que o PÊTÊ não conseguiu criar MAIS UMA ESTATAL pra empregar a cumpanherada!
Pelo amor de deus, em que século vocês vivem?
Anônimo, no século em que o sistema financeiro dos EUA, da Europa e do Japão, bem como as montadoras de automóveis, símbolos do capitalismo, estão sendo estatizadas.
Sabia que o CitiBank tem metade dos seus capitais do Estado norte-americano? Portanto é um banco semiestatal?
Te atualiza, filhote de Britto!!!
Inútil polarizar operadoras privadas x públicas.
Seja ela pública ou privada deve cobrar preço justo e oferecer um serviço de qualidade. Atualmente não se faz isso no Brasil, como não se fazia antes. Quando alguém faz uma crítica a um serviço é por que está olhando para frente não para trás.
Gustavo, essas estatizações que estão acontecendo são temporárias. Aposto um saco de balas sete belos que todas essas empresas continuarão privadas.
Maia, não te dá conta que esse é o problema. Isso é saque ao dinheiro público, apropriação indébita legalizada pelos Congressos. Isso é um escândalo. Os caras quebram e o público é que vai salvar. Salvo, eles retornam aos privados para novas insolvencias, onde sempre os CEO's ficam podres de ricos e assim roda o mundo.
Te pergunto, isso é capitalismo?
É tudo, menos capitalismo, que na fase concorrencial pressupunha RISCO.
Somente o Olívio para ter uma idéia de Jerico dessas. Um cara que acha, tem fé e preconceito, que empreendedorismo é sinônimo de ganância teve a brilhante idéia de fazer uma tele estatal gaúcha - bancado pela expertise da Procergs -- para competir com grandes grupos internacionais do porte de uma telefônica da Espanha. E a Petrobrás e Sulgás iriam a reboque????
Como se fosse possível montar uma grande empresa de telefonia com esse tipo de visão. É o típico pensamento singelo, pueril de quem não tem a mínima noção do mundo que estamos embutidos... E meudeusdocéu, esse cara governo o RS!!!!
Gustavo, as empresas que foram parcial ou totalmente encampadas pelo poder público não serão doadas, mas licitadas à iniciativa privada. Passou aquele tempo em que se imaginava que o Estado tinha o poder e a competência de gerenciar bancos e indústrias. A prática demonstrou que o Estado não tem esse tipo de competência e deve sim carregar todas as suas forças na administração e na gestão pública e na fiscalização das concessões e permissões. A crise foi gerada exatamente por essa falha na fiscalização. É isso, essa parte, que tem que ser revista e implementada. O resto é baboseira ideológica.
"Passou aquele tempo em que se imaginava que o Estado tinha o poder e a competência de gerenciar bancos e indústrias".
É verdade, Maia. Só os CEO, os executivos MBA, os economistas de mercado, os filhotes de Milton Friedman, os analistas do Lehman Brothers, só esses são competentes e çábios para conduzir a economia privada........ e pública. Desculpa, Maia. Eu tinha esquecido das tuas lições de antes de setembro de 2008. Você tem inteira razão, os fatos dos últimos meses estão comprovando a tua enorme çabedoria financeira.
Maia, você sabia que o FED é privado? Que as avaliadoras de risco são privadas? Que o FMI é privado? Que todos esses que deveriam regular, são privados? Mas claro, isso vc esqueceu, né meu çabio?
Coisa grosseira, de mau gosto, estúpida essa de achar que "estatal é para empregar a cumpanheirada".
Para quem só conhece martelo, todo o problema se parece com um prego.
Vão estudar, arejar a cabeça.
Gustavo, o que gerou a atual crise foi a falta de uma efetiva fiscalização dos necessários entes estatais sobre os atos da iniciativa privada. E nesse sentido, eu acho que a crise mostrou que o mercado totalmente livre é uma grande balela. Caiu o muro do livre mercado. Mas também não vamos chegar ao ponto de acharmos que a solução é o oposto, a estatização.
7 posts do maia entre 27 é demais. Por que não ficou no Rio ?
Esta é a função do troll - follow the rabbit!
Tem uma turma que se especializou em repetir, e repetir os chavões do neoliberalismo que nem se deram conta que ele já morreu. Está podre e fedendo.
E, esta certa direita, acha que dar dinheiro publico para bancos e outros picaretas (gananciosos eram frutos da diplomacia" do Olivio),na verdade a mais pura linhagem de ladrões, é natural: vão salvar as empresas e devolve-las aos donos.
Tratam como se esta roubalheira toda fosse o carrinho de criança que quebrou, você arruma e devolve para ela não chorar.
Só na cabeça dos anacrônicos colonialistas.
Claudio Dode
Aviso ao redator: a microcefalia imperante fará com que se calem os que melhor poderiam ter falado. Está na hora de aprendermos a discutir processos e não política, eis que aquí e agora, esse nobre e salutar hábito, está extremamente degradado. A lente "ideológica" está um pouco fora de foco para observar com nitidez um mundo em vertiginosa mudança. Cordialmente. TP.
Os gaúchos, costumamos nos gabar de sermos os mais politizados do país. Porém, afora as poucas exceções de praxe, assistimos quietinhos, passivos, ao governo de Antônio Britto fazer aquilo que era sua missão ao ser eleito com fartos recursos do grande capital: repassar ao grande empresariado privado o patrimônio pertencente a todo o povo.
E os que passaram a tomar conta da CRT e de quase toda a CEE queriam o quê, mesmo? Lucros, lucros e mais lucros, é óbvio. Para isso, teriam que demitir trabalhadores, terceirizar e, é claro, piorar a qualidade dos serviços. Do contrário, o lucro não viria no montante desejado. Lembremos que o capitalismo neoliberal não se contenta com outra coisa que não seja lucros crescentes.
E esse lucro sai de onde, de quem? Da gauchada politizada, fo povão, meu caro.
Então, de nada adianta ficarmos nos lamentando. Ou passamos a agir para mudar tal situação, honrando nosso alto(?) grau de politização, seja impondo a essas empresas o respeito a seus clientes (nós), e, se ainda assim a coisa não mudar, seja retomando os serviços para controle público.
Se não fizermos nada disso, se ficamos só nos lamentando, só nos restará, como diria o Maluf, relaxar e gozar.
Onze em cada dez ditos especialistas que apareciam na mídia hegemônica recomendavam a privatização. Segundo eles, a privatização nos levaria ao melhor dos mundos: mais empregos, melhores salários, tarifas mais baixas, melhores serviços. Além disso, deixaria o Estado livre de outros ônus para poder dedicar-se a oferecer saúde, educação e saneamento básico para todos. Enfim, a privatização era a nova pomada milagrosa: a cura para todos os males.
Esse era o cenário em nosso país a partir da metade da década de 1980 até mais ou menos o fim da década de 1990.
Já aos que tinham objeções ao verdadeiro fundamentalismo privatista, a mídia, que tanto se gaba de ser democrática, oferecia quase nada de espaço.
Bem, passados mais de dez anos da entrega, por FHC, Britto, Covas e outros vendilhões, de 70% do patrimônio pertencente ao povo brasileiro à sede de lucro de uns poucos grandes empresários, já temos plenas condições de avaliar se o prometido pelos especialistas nos foi entregue.
O resultado está aí, nítido, límpido, translúcido, para todo mundo ver. De um lado, lucros cada vez mais gordos para as empresas de telefonia. Do outro, como não poderia deixar de ser, tarifas cada vez mais altas para... nós pagarmos.
E os empregos, e os bons salários, e as tarifas mais baixas, e os investimentos em saúde e educação?
Talvez, lá pelo ano 3000.
Quem viver verá!
Há, também, as concessões de rodovias do Britto, que previam a manutenção e serviços nas estradas com reajustes anuais de tarifa. Se viam estradas boas, serviços prestativos e tarifas relativamente acessíveis.
Ocorre que, com o passar do tempo, aquelas foram dispensadas e esta foi a um preço estratosférico.
Ou seja, almejaram cada vez mais o lucro invertendo a relação manutenção/serviços x tarifa.
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