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segunda-feira, 2 de março de 2009

Senador Zambiasi já ganhou o troféu cara-de-pau de 2009



Petebista faz discurso preocupado com o meio ambiente no RS

Ao discursar na quarta-feira de cinzas, 25 de fevereiro, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) demonstrou preocupação com o avançado processo de desertificação de áreas no Sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul. A área atingida, disse o senador, abrange pelo menos dez municípios da chamada região da Campanha: Alegrete, Cacequi, Itaqui, Maçambará, Manuel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, São Borja, Unistalda e São Francisco de Assis.

“Defendem alguns especialistas que o termo correto a ser empregado, nesse caso, não é desertificação, fenômeno típico das regiões áridas, e, sim, arenização. O fato é que o seu resultado é muito semelhante àquilo que todos nós costumamos entender por deserto: vastas áreas cobertas de areia e quase desprovidas de vegetação, que já se estendem por cerca de um milhão e meio de hectares – registrou o valente senador guasca. Outro problema ambiental da Região Sul do país, acrescentou Zambiasi, é a ameaça de desaparecimento das florestas de araucária, que estariam reduzidas atualmente a pouco mais de 1% da cobertura original."

.................

O ano de 2009 está apenas no curso do terceiro mês, entretanto, já é possível conceder o troféu cara-de-pau do ano ao senador petebista.

A papeleira sueco-finlandesa Stora Enso estava em dificuldades com a lei, ano passado. Havia comprado 56 mil hectares de terras para fins de instalação da monocultura extensiva do eucalipto em terras de fronteira. A lei brasileira não permite que capitais estrangeiros explorem ou sejam proprietários de terras em áreas de fronteira internacional. A papeleira estava, pois, cometendo crime ao implantar o deserto verde em áreas proibidas. O senador Zambiasi rapidamente encontrou uma solução para o caso. Fez um projeto para acabar com a lei que colocava em situação de crime a papeleira sueco-finlandesa.

Este é o senador Zambiasi, o mesmo que agora discursa na tribuna do Senado para manifestar preocupação com o meio ambiente no Rio Grande do Sul.

27 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não gosto do Zambiasi, mas se ele fez um projeto para acabar com uma lei anacrônica e xenófoba que permite a instalação de empresas estrangeiras em área de fronteira, ele tem todo o meu apoio.

Everton disse...

Seu CEM, é um direito de nosso país defender nossas fronteiras frente a qualquer tipo de abuso economico, principalmente de grupos estrangeiros, que compram politicos regionais, que marginalizam as populações locais de suas áreas, tornando essas terras estéreis, destruindo as vegetações nativas, desestruturando as cadeias produtivas tradicionais, etc... Vão plantar pinus e eucalipto noutro lugar!!!
Vai umas fotos de "um belo incendio" no vizinho país (Uruguay) que esta com problemas hidricos por plantações desse tipo.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=800810

Anônimo disse...

E o apoio do Maia é realmente relevante...

Anônimo disse...

Que tal lembrar um contencioso entre Uruguai e Argentina que talvez não tenha chegado as vias de fato pelo fato de existir o rio Uruguai entre eles. O problema ocorreu exatamente em função de uma papeleira e parece que está apenas em banho-maria. Esta lei não é anacrônica merda nenhuma, principalmente na fronteira com a Argentina! "Nuestros" colegas de continente não são confiáveis, basta ver os últimos casos com a Bolivia, Equador e Colombia. Entrando no assunto do post: já tinha ouvido uma manifestação do Zambiasi em relação a sua preocupação com o bioma pampa, ecossistema e com o aquífero guarani. Quando foi perguntado sobre seus esforços para mudar a constituíção tergiversou e saiu pela tangente! Realmente um Senador de posições firmes!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Everton, muda o disco. O tempo dos "exploradores e explorados" já passou. Te atualiza, tchê. Até o Professor Boaventura já trocou para o lado B da "inclusão dos excluídos".
Por acaso existe uma lei como essa na Europa?

Anônimo disse...

Sim, Maia existem várias leis como essa na Europa, pede aí pra um dos teus coleguinhas de tropa de choque.

Mas se não existissem, ela não era boa?

"O tempo dos "exploradores e explorados" já passou"... Essa é boa.

Anônimo disse...

Panoramix, nenhum dos nossos vizinhos é chamado de imperialista. Nós somos. Isso não desperta algum interrogante em teu brilhante intelecto? Será que somos "confiáveis? Por qué os paraguaios e bolivianos dizem que somos imperialistas? E por qué na guerra das Malvinas deixamos que os aviões ingleses abastecessem em Canoas? Teu empirismo (típico do PT) é o que te leva a dizer tantas barbaridades. Estudando um pouco, teu problema tem solução. Em quanto isso, nos poupe.

Anônimo disse...

O próximo pronunciamento dele será sobre "provável escândalo no governo gaúcho".

Carlos Eduardo da Maia disse...

A Europa está praticamente toda integrada. Salvo algumas poucas exceções se passa de um país a outro sem mostrar passaporte. O mercado, a moeda está toda integrada. Enquanto isso, na América Latina... existe ainda o ranço mofado do preconceito contra o capital. E se for estrangeiro só pode ser o caos. É muita burrice. Por isso estamos onde estamos.

Anônimo disse...

- Sr. Redator, a lei brasileira permite sim que estrangeiros comprem e explorem terras em faixa de fronteira. Veja o exemplo da francesa Pernod Ricard, que tem terras em Livramento e produz vinhos como o Almadén, que o Sr. certamente deve ter degustado alguma vez na vida. Há outros exemplos de estrangeiros no RS. Busque informação antes de contar lorotas encharcadas de suas preferências ideologicas panfletárias, uma sociologia desatrelada dos fatos reais.

- Panoramix, a "guerra das papeleiras" não está em banho-maria, como pensas. Ela foi extinta e saiu dos noticiários simplesmente porque a fábrica da finlandesa Botnia está operando há quase um ano, produzindo celulose, e não causou nenhum problema ao Rio Uruguai, preocupação esta que mobilizou os argentinos do MSN. COnclusão: os hermanos do lado de lá estavam redondamente equivocados, assim como o estão cidadãos que falam em "deserto verde" e outras balelas ambientalóides.
Logo, o discurso dos ambientalistas argentinos mostrou-se inteiramente vazio e desconhecedor da tecnologia aplicada hoje na produção de celulose. Fossem os argentinos mais inteligentes, fariam campanha semelhante contras as fábricas obsoletas que aquele país tem, e que de fato geram problemas ambientais.
Coisa semelhante vai ocorrer no RS, quando as papeleiras plantarem seus "malditos eucaliptos" e nenhum ou o mínimo impacto negativo vier a afetar o Pampa, seja em disponibilidade hídrica, perda de biodiversidade ou supressão de paisagens de alto valor cultural.


ZéMané

Anônimo disse...

"Suposto" escândalo, Ary, nem vem, que não há provas. E isso não tem nada que ver com o capital.

Ô Maia, o que tu achas que aconteceria se uma empresa francesa comprasse território espanhol que lhe faz fronteira (digamos, no país Basco) e quisesse plantar um montão de árvores reconhecidamente daninhas ali para fazer papel? Detalhe, o plantio é proibido, mas o lobby da empresa francesa faria com que os deputados espanhóis mudassem de idéia"...

É muita burrice. Somada à ignorância e à má fé, claro.

Anônimo disse...

Eucalipto é árvore daninha???

WALLY, por favor, informe-se com a FAO sobre a importância dos plantios florestais para a redução da pobreza.

WALLY, desde quando plantar árvore é proibido??? Só se for em assentamento do MST, derrubador nacional de árvores, no caso árvores nativas, e não espécies especialmente plantadas para o consumo humano.

Ou vais dizer que ninguém come eucalipto? Não come a madeira, mas palita os dentes com pinus, teu filho usa fraldas feitas com celulose, tua mulher absorventes de celulose, você faz churrasco com carvão, come pão assado com carvão, pizza.... Nem vou falar de outros produtos mais elaborados.

Agora, se você está preocupado com uma guerra entre Brasil e Uruguai ou Brasil e Finlândia, acredite que os exércitos hoje em dia possuem satélites, aviões supersônicos e outras cositas más, de modos que uma invasão por terra é estratégia tão antiga quanto a própria lei. Ou seja, do século 19.
ZéMané

Anônimo disse...

As papeleiras são todas de boa fé, só me expliquem o seguinte:

Se o negócio é tão bom porque eles não fazem ali na Europa que tão perto?

Pessoal o mundo não é mais de "exploradores e explorados" segundo a "determinação" dos neoliberais o mundo é só dos exploradores e pronto!

E as Yedas, Lairs, Culaus, Busattos et caterva tomam conta para eles...

Claudio Dode

Anônimo disse...

Prezados Srs.,
A compra de terras rurais em zona de fronteira, por empresas brasileiras de capital estrangeiro, não é proibida. Esta operação é regulamentada pela lei Lei 6634/79 que define a aprovação pelo Conselho de Defesa Nacional.

Rábula

Anônimo disse...

- O MALA MAIA DEVE TOMAR UM CHÁ DE EUCALIPTO. QUANDO FIZER ISSO VERÁ PORQUE A DITA E PREJUDICIAL AO QUE INTERESSA A MASCULIDADE SE JÁ QUE NÃO A PERDEU.

Anônimo disse...

Huuuuuum...Reginaldo! Que tu tens?

Anônimo disse...

ZéMané, (há no blog um microcéfalo que conclui seus posts desse jeito)ignora que os finlandeses estão fechando as Botnias da vida lá e mandando para aquí, por serem altamente poluentes. Sabem que não há de faltar um lacáio colonizado (como ele) para escancarar as portas. Ah... o vil metal... Cómo é bom desfrutar de um cecezinho não é ZéMané? Mas a tua teta vai secar. A tua lider "por cem mil não levanto da cadeira" não vai segurar o que vem pela frente. Não há mais "ambiente". Bye tucanilho!

Anônimo disse...

Ó ZeMané, ainda serás empalado por um eucalipto.

Anônimo disse...

Anônimos,
Como diz o Anônimo das 17:26: "Teu empirismo é o que te leva a dizer tantas barbaridades. Estudando um pouco, teu problema tem solução."

Noruega, Finlândia, Suécia, Alemanha, entre outros europeus, que há décadas produzem celulose e papel. E são países no topo de qualquer ranking que avalie a condição ambiental.

Ah, e não sou CC. Também não votei na Yeda, nem no Olívio e nenhum outro. Porque seres passionais politicamente não conseguem enxergar o óbvio. Só fazem repetir besteiras que ouvem de seus "iluminados ideólogos".
ZéMane

Anônimo disse...

Interessante o ZéMane tem os mesmos trejeitos do Maia pra falar! Inclusive pelo que se vê é lido, estudado e possivelmente também sabe tudo! Não é de esquerda, nem direita e talvez até ateu. O papo é de esquerdista revisionista, porém educado, não ofende as pessoas! Tem toda pinta que adora Amy Winehose (uma judia genial muito louca que canta como o demônio) e deve ser chegado num "malbec" também! Será o outro lado do Maia?! O Maia mais esperneante, menos clássico? Apavorado? Mas não adianta Mané, teu mundo tá caindo, olha ao redor, não tem volta! Já era! Acorda pra cuspir!

Anônimo disse...

ZéMané, você nao se deixa enganar pela ilusão dos partidos políticos, isso é bom.

Agora seria bom dar uma olhada na história da Europa (saberás que não há lugar lá q não tenha sido alguma vez destruído) e depois na questão das monoculturas de árvores exóticas (comprovadamente nocivas ao meio ambiente).

Esclarecidas tais premissas, poderemos evoluir no raciócínio.

Att,

ZéBagual

Anônimo disse...

O ZéMané não sabe que um europeu (europa ocidental) produz 18 vezes mais poluição que um de nós, aqui de Pindorama. E suas ongs estão aquí nos fiscalizando. Deviam estar lá. E levar suas papeleiras.

Anônimo disse...

Panoramix,
Obrigado pelas gentilezas, mas desconheço essa cantora da moda, assim como não sou tão refinado para ser chegado num "malbec" (é vinho isso?). Sou musicalmente um dinossauro.
Ademais, não é o meu mundo que está caindo, mas o dos especuladores safados e de certos governantes. Agora, precisamos discernir que nosso melhor caminho não é nem à "esquerda" nem à direita. Assim como essa visão maniqueísta das coisas.
No caso do florestamento, busquei informações técnicas (não em blogs como esse) e me convenci de que é excelente para o RS, inclusive do ponto de vista ambiental.

Mas como é difícil se posicionar sem ser bombardeado, sugiro aguardarmos uns 10 anos para vermos os reflexos dos eucaliptos no RS. Como disse anteriormente, vai acontecer como na Argentina: movimento ambiental calado porque não houve nenhum impacto significativo. Até porque a pecuária, o arroz e outras culturas já trataram de descaracterizar o Pampa.

Agora Bagual, nunca fui à Europa (nem passaporte tenho), mas sei que a 2 Guerra destruiu muita coisa. Veja o ranking ambiental mundial: "A Finlândia está em primeiro lugar no ranking, resultado da riqueza, da baixa densidade populacional e das políticas ambientais eficientes conduzidas pelo país, segundo os autores do estudo. A vizinha Noruega vem em seguida, por motivos semelhantes. O Uruguai ocupa a terceira posição, seguido por Suécia, Islândia, Canadá, Suíça, Guiana, Argentina e Áustria, completando os dez primeiros."

Ué, não é a Finlândia terra de papeleiras???? Algo deve estar errado...

ZéMané

Anônimo disse...

Zé Mané:

Pena que não procurastes em "blogs como estes" porque aí poderias ter algumas considerações sérias e honestas.

Te sugiro seguir a tua procura observando as tecnicas de manejo, por exemplos, que são aplicadas lá e compara com as que estão propondo aplicar aqui. Já é um bom começo.

Isto também tem a cara do governo Yeda.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Dode,

O Brasil tem muito a ensinar ao mundo em matéria de silvicultura.
Evidente que as técnicas de manejo são diferentes, pois clima, solo, espécies plantadas são diferentes.

Pra vocês tudo tem "cara de governo Yeda" se for contra vosso pensamento míope e empírico.

Quer saber, não vale a pena gastar fosfato com gente de cabeça feita que não se dá nem ao respeito de se informar antes de falar. Mais fácil dizer esse aí "é do governo FHC, da Yeda, o Olívio é o cara, o Lula que é legal".
ZeMané

Anônimo disse...

zè Mané,

A auto analise que estimulou a adotar esta sua alcunha, foi perfeita.

Não tem nada mais miope que não querer ver a diferença nos manejos, de lá e daqui, leia você um pouco mais, pelo menos sobre isto. Não é só a questão do clima e do solo ser diferente. É a utilização do solo é que é diferente pelo MANEJO.

E não é para mim é para qualquer que não seja cego: isto é um projeto da Yeda, tu quer ver a cara de quem?
Depois de tantas tramóias, até mudança de secretários e conselhos aconteceram para satisfazer as papeleiras, tu encherga a cara de quem por tras (ou pela frente) disto tudo?
Não precisa nem buscar muita informação se lesse com atenção este jornaleco da RBS ias ver também a cara da Yeda. Hoje ela esta vendo o PSOL no calcanhar, amanhã poderá ver o PSOL quadrado.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Oh, adoradores de papeleiras, será que nunca ouvistes falar em DIOXINAS????

Ide informar-vos sobre esse singelo sub-produto de todos os processos industriais que usam CLORO. Não lhes sentireis o cheiro, tampouco o gosto, muito menos ser-vos-á dado detectar dioxinas como o podeis fazer com outros poluentes mais grosseiros. Mas que portas do inferno esse sutil veneno é capaz de abrir...

Ide, puxai mesmo um google. Sabereis então qual é hoje o pior pesadelo ambiental das Finlândias da vida, onde a população do sexo masculino está com a fertilidade em baixa, e acelerando para baixo.

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