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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 17 de março de 2009

Desmatamento: 42% do corte mundial é feito no Brasil


A situação só tende a piorar com a invasão do agronegócio na Amazônia

O Brasil registrou a maior perda absoluta de floresta no mundo entre 2000 e 2005 e 42% da mata cortada no planeta nesses anos ocorreu dentro do território nacional. A conclusão é da FAO, que destaca que o País terá grandes dificuldades de frear o desmatamento diante dos interesses agrícolas e do etanol de expandir a produção no próximos anos. No mundo, a FAO alerta que a crise internacional também deve aumentar a vulnerabilidade das florestas e secar os financiamentos para projetos ambientais. Entre 2000 e 2005, 200 quilômetros quadrados de florestas foram perdidos no mundo a cada dia.

Segundo a FAO, o Brasil perdeu 3,1 milhões de hectares de florestas por ano entre 2000 e 2005. Isso significou uma redução de 0,6% na cobertura florestal a cada ano. Segundo a FAO, o País observou uma aceleração no desmatamento em comparação ao período entre 1995 e 2000. Naqueles anos, a perda de floresta foi de 2,6 milhões de hectares por ano, 0,5% da cobertura.

O levantamento feito pela entidade, ligada à ONU e com sede em Roma, destacou que 75% do desmatamento na América do Sul ocorreu no Brasil. Na região, 4,2 milhões de hectares de mata foram perdidos entre 2000 e 2005.

Em comparação a outros países, o Brasil lidera amplamente com a maior área desmatada no planeta, mesmo que seu território ainda esteja coberto por floresta em 57,2%.

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Essa conta amarga vai para a contabilidade política do lulismo de resultados, na coluna dos débitos.

Foto: Madeira apreendida em Altamira (PA) no final de 2008. Fonte: MMA/Divulgação.

13 comentários:

Anônimo disse...

Na coluna dos débitos - Então isto é um ativo político?

Se fosse um passivo, iria na coluna dos créditos.

É claro, há a possibilidade de que estejas te referindo a contas de resultados, onde então um lançamento na coluna dos débitos indica uma despesa.

Anônimo disse...

Ativo político com a direita. Débito com a esquerda.

Anônimo disse...

Todo mundo chora pela Amazônia mas ninguém dispensa a carne e o churrasquinho. Só pode clamar contra o desmatamento quem for vegetariano. Pelo menos, sem perder a coerência. É ou não é?

Anônimo disse...

Ary, isso é metade verdade. A Amazônia hoje é soja, muita soja, cana, muita cana, algodão, oleoginosas pro biodiesel e outros grãos. Carne é só uma parte. Agora o Lula quer regularizar as terras dos grileiros até 1,5 mil hectares. Ou seja, está legalizando o ato criminoso de grilar terras devolutas e desmatar, desmatar, desmatar e plantar soja, plantar soja, plantar soja.
Lula é tão bonzinho pro grileiro e criminoso ambiental!!!!

Anônimo disse...

A culpa por tudo isso é do Mulla!

Anônimo disse...

Tanto gado, tanta soja, tanta cana é porque o povo não para de se multiplicar. Somente com a conscientização em parar de acresecentar outro de nós aos bilhões, da redução desta raça parasita, ganancioso e amoral, dará tempo para que a saudável face deste planeta renasça.

Anônimo disse...

Cozzer:

A soja é para fazer ração para o gado. Mas de 80% da soja é destinada ao gado. Não se trata da criação de gado, e sim da produção de ração para a cadeia (im)produtiva da carne.

Anônimo disse...

Ary, não é assim. Quem tem que coibir o desmatamento é o Governo. Consumidor de carne não é responsável por isso.

Não se trata de uma cadeia onde o consumidor exige mais e mais carne e aí os caras pressionados invadem a Amazônia. É bem ao contrário, os caras desmatam, produzem mais, barateia o preço e as pessoas consomem mais. Se o Governo barrasse o desmatamento, os caras iam produzir menos e as pessoas iriam consumir menos. Simples.

Anônimo disse...

Ary, isso é idealismo pequeno-burguês. O problema é do indivíduo viciado em carne, a sociedade de classe não tem nada com isso e nem as relações sociais invertidas do capitalismo.
Esse idealismo já levou muita gente bem intencionada pra direita.

Anônimo disse...

O problema para mim de comer carne ou não comer carne não é ideológico. O problema é que o aumento da produção de carne é para a exportação. O agronegócio não se preocupa em botar comida na mesa do pobre. Isto eles deixam para a agricultura familiar que produz 70% do que é consumido na mesa dos brasileiros.

O brasileiro pobre come carne frango e carne de porco basicamente. Embora engula muito sapo durante a vida.

Claudio Dode

Anônimo disse...

Qual a causa do aumento da carne exportada? Superpopulação.

Anônimo disse...

Meu principal argumento para o não-consumo de carne - e a condenação de toda a cadeia (im)produtiva, é a vida do animal. Não enveredei por essa linha por que aí seria pedir compreensão demais. Portanto, me deixem com meu "desvio pequeno-burguês" com pêndulo à direita.

Anônimo disse...

Reforçando sua tese, oportuno seria assistir o documentário "A carne é fraca".

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