“Governo não está obrigando a emprestar. Tem que obrigar”
A economista Maria da Conceição Tavares, professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), classificou o Banco Central como “feudo inimigo” e criticou a política monetária adotada pela instituição, que, segundo ela, é baseada em juros altos.
“Ninguém, nenhum país, está mantendo taxas de juros absurdas. O que atrasa é que no Brasil temos duas nações. Uma amiga, que é a Petrobras e um feudo inimigo, que é o Banco Central”, disse ontem a professora no Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Maria da Conceição afirmou que o BC atua como um “feudo”, desde o tempo da ditadura, “quando o ministro do Planejamento não mandava no Banco Central. Ele se limitava a não cumprir, como ministro”, as decisões do banco.
Para a economista, as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deveriam ser realizadas com mais frequência, reduzindo o intervalo atual de 45 dias entre os encontros, em função da crise financeira internacional.
Ela defendeu a redução urgente da taxa básica de juros, a Selic. “Somos vítimas de uma ideologia conservadora de mais de vinte anos, quando tínhamos o problema grave de inflação. Isso não existe mais. Todos, até mesmo os alemães, se espantam com a nossa ortodoxia”, completou.
Como forma de minimizar os efeitos da crise no país, Maria da Conceição defendeu também que o BC obrigue os bancos a expandir o crédito.
“Banqueiro é banqueiro, é uma profissão. Se o BC facilitar, eles agradecem. Se não mandar banqueiro se comportar, ele não vai se comportar. A nossa estabilidade bancária está ótima. Vem a crise, o governo libera os bancos do compulsório, dá mais liquidez, mas os banqueiros sentam em cima do caixa. Mas o governo não está obrigando [a emprestar]. Tem que obrigar”, ressaltou. A informação é da Agência Brasil.
.........
A avaliação da professora Conceição está correta, ela é muito acatada no Planalto, mas neste caso, envolvendo os bancos, são inúteis palavras ao vento. O governo Lula jamais obrigará alguma coisa aos banqueiros, com quem tem um pacto de relações, firmado durante a campanha eleitoral de 2002.
Assim, o Banco Central do Brasil é uma instituição autônoma no atual concerto de governo, constituindo-se num enclave monetarista e rentista no coração da República.
Por esse singelo motivo é que passamos repetindo aqui no blog: a soberania do atual presidente da República é deliberadamente incompleta, falha e lacunar. Risivelmente, hoje em todos os jornais, o presidente Lula está propondo estatização dos bancos. Dos bancos dos outros países.
A economista Maria da Conceição Tavares, professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), classificou o Banco Central como “feudo inimigo” e criticou a política monetária adotada pela instituição, que, segundo ela, é baseada em juros altos.
“Ninguém, nenhum país, está mantendo taxas de juros absurdas. O que atrasa é que no Brasil temos duas nações. Uma amiga, que é a Petrobras e um feudo inimigo, que é o Banco Central”, disse ontem a professora no Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Maria da Conceição afirmou que o BC atua como um “feudo”, desde o tempo da ditadura, “quando o ministro do Planejamento não mandava no Banco Central. Ele se limitava a não cumprir, como ministro”, as decisões do banco.
Para a economista, as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deveriam ser realizadas com mais frequência, reduzindo o intervalo atual de 45 dias entre os encontros, em função da crise financeira internacional.
Ela defendeu a redução urgente da taxa básica de juros, a Selic. “Somos vítimas de uma ideologia conservadora de mais de vinte anos, quando tínhamos o problema grave de inflação. Isso não existe mais. Todos, até mesmo os alemães, se espantam com a nossa ortodoxia”, completou.
Como forma de minimizar os efeitos da crise no país, Maria da Conceição defendeu também que o BC obrigue os bancos a expandir o crédito.
“Banqueiro é banqueiro, é uma profissão. Se o BC facilitar, eles agradecem. Se não mandar banqueiro se comportar, ele não vai se comportar. A nossa estabilidade bancária está ótima. Vem a crise, o governo libera os bancos do compulsório, dá mais liquidez, mas os banqueiros sentam em cima do caixa. Mas o governo não está obrigando [a emprestar]. Tem que obrigar”, ressaltou. A informação é da Agência Brasil.
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A avaliação da professora Conceição está correta, ela é muito acatada no Planalto, mas neste caso, envolvendo os bancos, são inúteis palavras ao vento. O governo Lula jamais obrigará alguma coisa aos banqueiros, com quem tem um pacto de relações, firmado durante a campanha eleitoral de 2002.
Assim, o Banco Central do Brasil é uma instituição autônoma no atual concerto de governo, constituindo-se num enclave monetarista e rentista no coração da República.
Por esse singelo motivo é que passamos repetindo aqui no blog: a soberania do atual presidente da República é deliberadamente incompleta, falha e lacunar. Risivelmente, hoje em todos os jornais, o presidente Lula está propondo estatização dos bancos. Dos bancos dos outros países.
9 comentários:
Desde 2002, quando ganhou a eleição, a impressão que passa é que Lula ganhou o governo, e não o Poder. A ele é permitido fazer política de assistência social e até alguma soberania em política internacional. Mas nenhum poder sobre o poder econômico e a mídia hegemônica. É triste.
Tirem o cavalo da chuva, Lula não vai tocar e nem mexer em sua política econômica que é a base de toda sua popularidade.
- MALA MAIA!! VEJA A DIFERENÇA SE CONSEQUES DISCERNIR : SE FFHH AS PLATAFORMAS ERAM E SERIAM FEITAS EM CINGAPURA. COM LULA ELAS SÃO FEITAS NO BRASIL. SE AINDA NÃO FOR O SUFICIENTE, DÊ UMA CHEGADA EM RIO GRANDE VEJA A DIFERENÇA. A DESGOVERNADORA EVITOU COMPARECER COM RECEIO DE VAIAS DO TRABALHADOR.
Não conheço nenhum economista sério que dê bola pra essa velha maluca. Essa aí está caduca. Falam tanto da Yeda que toma tarja preta e dão ouvidos pra essa esclerosada.
Também não conheço nenhum economista sério que dê qualquer crédito a Maria da Conceição Tavares. Ela é uma porra louca.
O Maia em dois posts conseguiu mostrar sua completa falta de conhecimento histórico sobre o desenvolvimento das ciências econômicas, dentro do paradigma do Capital. M da COnceiçõa é tudo (sou critico dela por outras razões), menos alguém que não mereça crédito dos eeconomistas "sérios". Qualquer economista "sério" tem que ter lido e ter respeito pela MCT, suas teorias acerca do desenvolvimento do capitalismo periférico. Se não, não é "serio" em nenhuma conceituação do que vem a ser "sério". Áté para o MAia.
Outra, dentro dos marcos do capital, chamar o Sarney de imbecil pq implementou o plano cruzado, é outro desconhecimento histórico inaceitável para quem se considera um intelectual. Na época não se tinha conhecimento algum de como resolver um problema de inflação inercial (dentro dos marcos do capitalismo mesmo, sem expropiar, ou seja, nada haver com o Chavez que tá mais q certo, só assim se resolve inflação nos marcos do socialismo), e dentro de toda a discussão da época não se chegava a um consenso e não se chegou a solução alguma, Pacto Social, choque ortodoxo, choque heterodoxo., moeda indexada. Na verdade o Real foi um plano heterodoxo, seu elemento ortodoxo não foi relevante, que se alimentou do fracasso das experiências históricas. Inclusive com relação a idéia de moeda indexada proposta pelo Lara Resende e o Pérsio Arida. A mesma proposta fracassou na Hungria. Bom mas oq esperar dessa anta, falar oq não sabe, dizer que é alguém que aprende com as experiências histórias (qdo lhe convém) mas que arrota "sabedoria" como os mais vulgares dos economistas do seu próprio paradigma, aqueles que acreditam na força suprema do mercado como construção a-histórica, e que conseguem observá-lo e prevê-lo com base em seus modelos econométricos neutros.
o MAia consegue estar a direita do PSDB, é DEMO mesmo.
E outra na época a cartilha do MAIA, o consenso de Washington, ainda nem tinha sido elaborado, o mainstream econômico era outro.
Para começar economista até a Yeda é. Então, isto já não é referência para ninguém sério.
Como a referência do Maia é a Yeda e o Aod CUnha (que se mandou), e o Serra que nem economista é. Fica difícil ele ter um parâmetro.
- QUE PAULADA MALA MAIA!! COM ESTAS PEDIRIA MAIS UMA VEZ PARA IR AO BANHEIRO. TE FLAGRAS , RAPAIZ!! QUIÇÁ, O BLOG DA ABELINHA É TEU REDUTO.
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