Com as belíssimas fotografias de Malick Sidibé.
Touré morreu em 2006, mas a sua música é imortal. A nossa pequena homenagem à grande África, que nos próximos trinta dias estará em festa - de futebol e harmonia entre os povos.
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É estranho às novas gerações saber que existiu o Sudão Francês, em pleno Saara africano?
Pois, a França, o país das Luzes, berço do Iluminismo, da revolução burguesa que lutava por Liberdade, Fraternidade e Igualdade, teve colônias na África, por dezenas de anos.
O Sudão/Mali foi explorado e saqueado pela França do final do século 19 até o ano de 1960, em pleno século 20, e obervem, mesmo depois de quase 25 anos da derrota do nazifascismo na Europa. A colonização européia na África - um nazifascismo menos estridente, mas ainda assim um nazifascismo consentido pelo etos liberal - durou um bom pedaço do século 20. Hoje, ainda vige, mas com outros atributos e modos distintos de manifestação opressiva.
A riqueza da França atual, assim, é um pouco (ou muito) a riqueza roubada do solo, do sangue e do suor dos africanos. A música de Touré carrega essa pungência e esse lamento pelas marcas da opressão branca, por isso é tão bela e profunda.
4 comentários:
Feil, fantástico :0 estou de queixo caído, meus parabéns e agradecido pelo video.P.S. não o conhecia.
Essa história de que a Africa é pobre por conta da exploração européia é conversa de aula de sociologia de terceira ou quinta qualidade. Isso é tema superado.
Não é isso.
A França que é rica por causa da exploração colonial e outras explorações.
sobre jazz africano, vejam também: Mulatu Astatke.
http://www.youtube.com/watch?v=bDC7oMOnmCc
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