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domingo, 27 de junho de 2010

Os mitos midiáticos sobre Israel




Ouça o que tem a dizer o escritor e jornalista belga Michel Collon neste vídeo de 13 minutos.

Collon é autor de um livro recente chamado "Israel, parlons-en!". Ele é um reconhecido analista das estratégias de guerra e de desinformação midiática, que varrem o mundo - do Brasil ao Oriente Médio.

Nesta conjuntura, em que a guerra contra o Irã é uma ameaça concreta, entender o que representa o Estado de Israel no contexto geopolítico internacional é de importância capital.

O ano de 1979 foi trágico para o imperialismo dos EUA no Irã. A revolução dos aiatolás arranca o Irã da hegemonia estadunidense, que fica somente com Israel no tabuleiro geopolítico da região. Pois, é a partir de Israel que o Império tenta alastrar o seu colonialismo.

11 comentários:

Jean Scharlau disse...

Importantíssimo, fundamental esclarecimento, Cristóvão. Parabéns por encontrá-lo e divulgá-lo.

Katarina Peixoto disse...

Este depoimento contém uma série significativa de despautérios, Cristóvão. Negar o estatuto de povo e confundir povo com religião é um dos problemas. Outra coisa: é possível que muitos dementes ou ignorantes achem que o estado de Israel deriva do extermínio nazi. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que o sionismo precede ambas as guerras e tem origem no século XIX. Eu visito o blog do Collon, leio cara, etc. Mas ele podia ter passado sem essa. Isso não ajuda nem a defender a causa palestina, nem a entender o estado de israel para além da sua direita trolóló.

Anônimo disse...

Katarina,
menos né... Um série significativa de despautérios não tem não. Em algum momento do discurso ininterrupto ele confunde religião e judaísmo, mas nada que comprometa a explicação importantíssima e clara dele. Não dá para em tão curto tempo explicar toda a história de Israel, por exemplo sua relação com o fascismo e o nazismo, segue excelente artigo:
http://passapalavra.info/?p=24723

Feil, excelente este post com o vídeo, eu já conhecia.
Abrçs.

Cristóvão Feil disse...

Prezada Katarina,

Temo que não tenhamos assistido o mesmo vídeo. Michel Collon fala precisamente dos mitos midiáticos que justificam Israel e seu fascismo. Um deles, o primeiro, é sobre a farsa da criação de Israel que não foi em reação ao genocídio de 1940-45. Israel não é produto de uma reação ao genocídio nazi, diz Collon. Ao contrário, Israel é um projeto colonial do século 19. O movimento nacionalista judeu decide ocupar a Palestina através do Congresso de 1897. Outro ponto importante que Collon ressalta é a Conferência de Berlim de 1885 que decide repartir a África e o Oriente Médio, onde nenhum africano é convidado. Quem organiza e participa? Ora, o Império Britânico e os países com colônias na África, a saber: Portugal, Itália, Alemanha, França, Bélgica, etc.
Outro mito: que teria havido êxodo do povo judeu. Sim, houve êxodo, aquele referido no Velho Testamento, no Torá (quem está dizendo sou eu). Collon, por sua vez, afirma textualmente que "religião não é povo" - portanto, vejo que estás arrombando portas abertas ou escutou outra gravação de Michel Collon que não esta do blog DG. Sugiro que verifique novamente o vídeo. Esta gravação de Collon, e de resto, seu livro que não li, são armas importantíssimas - sim - para defender a causa palestina, bem como a causa de todos os verdadeiros democratas e progressistas judeus, sejam de Israel, sejam de qualquer lugar do mundo. Onde estão os "despautérios" (sinônimo de "tolices"), Katarina? Por favor, aponte-os.

Abç.

CF

Ju disse...

Catarina não viu o filme.

Anônimo disse...

Israel é filha do colonialismo europeu casada com a loucura religiosa de retorno a uma situação idealizada de um subgrupo de europeus.
Os europeus VÍAMOS os árabes como inferiores e ALIMENTÁVAMOS a ilusão de que seria simples e indolor lhes tomar a terra.
O Holocausto foi fundamental para dar vazão a esses enganos, mas eles são mais antigos.
Adivinham quem persistirá e quem prevalecerá ?

Anônimo disse...

Katarina saiu queimando, nem viu o filme, mesmo posando de democrata com o "eu leio o cara e tal...", jamais vai verm, nunca viu, deve ser irmã daquela soldada-jornalista do IDF que ter recebe com o cano do fuzil no seu blog.
Quando acabar o petróleo, acaba o financiamento americano, a única função restante para Israel vai ser a de funcionar como cunha no meio dos árabes, aí ela vai estar bem velhinha vai perceber que foi usada como bucha de canhão para outros se servirem.
O único modo dos crimes coletivos do país jamais pesarem na consciência da soldada-jornalista é ela (e todos os sionista) seguirem em frente iludidos e entrincheirados na luta contra "o terror".
E la nave vá, moendo os palestinos e todos miseráveis que estiverm no caminho dessa gente.

Tupamaro disse...

Israel é uma ficção, que o político gaúcho (do nível de Pedro Simon e Nelson Jobim) Oswaldo Aranha ajudou a construir. Perguntem aos sionistas bilionários que vivem nos EUA, Europa, América do Sul e que sustentam o lobby judaico que detém o poder político e econômico nos EUA, se eles desejam retornar a Israel. A resposta óbvia é não. Preferem viver confortavelmente seguros na diáspora. Israel é uma ficção que já custou muito para a humanidade e poderá custar muito mais no futuro.

Guzzo disse...

baita vídeo pra esclarecer sobre a sacanagem que é Israel, na real os financiadores de israel não querem viver lá.

Nelson disse...

Eu já tinha assistido o vídeo no blog do Georges Bourdokan e confesso que não consigo me lembrar dessa história de "Negar o estatuto de povo e confundir povo com religião é um dos problemas".
Vou assistir de novo, mas creio que a Katarina está completamente equivocada.
Na minha opinião, é um vídeo bastante esclarecedor que trouxe mais informações para firmar ainda mais a opinião que tenho formada sobre a questão israelo-palestina.

Anônimo disse...

Aliás o mito da diáspora é esmiuçado pelo vídeo.
É coisa meio óbvia que Roma não teria condições de espalhar todo um povo pelo mundo, o que decerto se deu foi o exílio da camada dirigente, aquela que sabia escrever e deixou crônicas.
O máximo que deve ter ocorrido, e é bem mais provável é que os camponeses judeus tenham sido considerados como parte da terra e dos implementos, junto com o gado e deixados por lá.
Separados de suas lideranças, foram se convertendo às religiões vigentes de cada época, é assim que faz a gente simples.
Os camponeses palestinos de lá provavelmente são o povo judeu original.
Portanto, os meninos palestinos que brincam nas oliveiras da Cis-Jordânia possivelmente são os descendentes mais autênticos do rei Davi que esses ruivos portanto uzis.

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