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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
terça-feira, 29 de junho de 2010
Nova chance à especulação imobiliária em Porto Alegre
RBS e Yeda voltam em nova investida contra os bens públicos
O grupo RBS e o governo Yeda não desistem. Acabaram de ser derrotados na intenção de vender o Morro Santa Teresa e agora voltam com novo projeto que pode beneficiar a especulação imobiliária.
O objeto do desejo do baronato do concreto desta vez é o velho cais do porto Mauá, no centro de Porto Alegre. Como se pode notar, eles cobiçam as áreas urbanas mais valiosas da Capital.
O engenheiro Hermes Vargas dos Santos, conselheiro do CREA/RS e membro do Sindicato dos Engenheiros (SENGE/RS) nos escreve chamando a atenção para a matéria publicada hoje em Zero Hora. Hermes aponta uma esperteza do jornal da família Sirotsky ao "omitir que será construído um prédio comercial - um shopping - junto à Usina do Gasômetro, como parte da chamada revitalização do cais Mauá".
O conselheiro do Crea afirma que o novo shopping "irá esconder a Usina, deixando à mostra apenas uma parte da chaminé". E acrescenta: "O atual projeto de revitalização portuária prevê a construção de espigões de até 33 andares (100 metros de altura) no trecho das docas, junto à Estação Rodoviária, no início da Avenida Castelo Branco. Trata-se de uma área que já está congestionada, constituindo um verdadeiro gargalo no caótico trânsito da Capital. Portanto, não possui infraestrutura suficiente para sustentar esta proposta faraônica - água, esgoto, energia elétrica, telefone e circulação viária" - completa o engenheiro Hermes Vargas dos Santos.
No contexto deste comentário, cumpre-nos informar - para quem está desinformado ou esquecido - que o grupo RBS, editores do jornal Zero Hora, detém o controle acionário e administrativo de uma das maiores incorporadoras imobiliárias do Rio Grande do Sul, a empresa Maiojama.
Indaga-se, apenas, se haveria algum nexo concreto (diríamos assim) entre este fato patrimonial e o projeto imobiliário ora em pauta.
Fac-símile parcial da página 4 da edição de hoje do jornal Zero Hora.
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4 comentários:
Caro DG.
Está é "off topic" mas como você é um dos que também abraça a cruzada contra o atraso travestido de tradição e sempre comenta as notícas bizarras de ZH, sugiro um comentário sobre a reportagem "Sem pipoca nem pinhão" que estava na ZH de ontem, dia 28.
"SEM PINHÃO E PIPOCA
O berço do tradicionalismo gaúcho fez uma festa junina bem diferente da caipira. Neste ano, o Colégio Júlio de Castilhos, na Capital, trocou o pinhão e a pipoca por um almoço reforçado à base de carreteiro de charque e feijão campeiro.
Pilchados, funcionários da escola tomaram chimarrão ao som de música gaudéria ao vivo. O casamento na roça foi trocado pela apresentação do repentista Vitor Hugo. Até o ex-aluno e criador do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Paixão Côrtes aproveitou para participar do festejo.
Tudo para reforçar o sentimento de amor às tradições nos alunos. A ideia dos professores e diretores do MTG é fortalecer a imagem do Julinho como local onde nasceu o movimento.
– Quem ama o tradicionalismo deve ter devoção a esse local onde tudo começou – diz o coordenador da 1ª região do MTG Cesar Comazzini.
(...)A partir de agora, as comemorações de São João serão feitas à moda regionalista.
– No princípio, os alunos resistiram, mas agora já estão gostando – afirma a diretora Leda Oliveira Gloeben.
JOANA MARINS
“A festa tem uma ideologia” - Paixão Côrtes, fundador do Movimento Tradicionalista Gaúcho
Confira a entrevista feita por ZH com o tradicionalista, no evento.
ZH – Qual a diferença entre a festa junina caipira e a gaúcha?
Paixão Côrtes – Na festa gaúcha, tudo tem uma mensagem, uma ideologia. Ensinamos aos jovens valores da família, da religião. Já a festa caipira faz uma comédia primitiva.
ZH – Como é essa comédia?
Paixão – Nos casamentos caipiras, a figura do juiz é ridicularizada, a do delegado e a da família também, com a jovem casando grávida, condenada.
ZH – Como passar a mensagem certa aos jovens?
Paixão – Dando orientação moral e religiosa, e não jocosa."
Parece que o MTG quer acabar com uma das coisas boas que o Getúlio Vargas fez, que foi a “invenção” do Brasil. O Getúlio criou, ou melhor, incentivou e ajudou a sedimentar a idéia de uma cultura brasileira. Uma música, uma culinária, um folclore brasileiros. Foi quem primeiro tentou fazer do Brasil uma nação com uma cultura um pouco mais homogênea.
Quando o MTG vem com essas idéias, negando a cultura brasileira e impondo uma cultura gaudéria, está indo pelo caminho errado.
Estão querendo “desinventar” o Brasil.
Se querem definir regras, padrões e seguir a tradição dentro do CTG, tudo bem.
Mas sair do CTG e impingir essa “tradição” em cima das festas juninas, é demais. E parece que isso está se espalhando para as outras escolas.
Que bom que temos vozes como a do Diario Gauche a rapidamente se pronunciar contra esse projeto imperialista.
Vamos barrar a bureguesia especulativa assim como fizemos com o teatro da Ospa.
Com a força da cidadania, vamos impedir qualquer tipo de construção em Porto Alegre e, em nome do desenvolvimento sustentável, colocar a baixo o concreto dessa cidade!
Saudações públicas, gratuitas e de gualidade!
Eles são incansáveis, não????
O Feil está muito bonzinho chamando de especulação imobiliária as maracutais dos tucanos com o PRBS. Que coligação!
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