A revista Veja escreve o plural do substantivo masculino campus – área que compreende os edifícios e terrenos de uma universidade – assim: “nos câmpus foram criadas...”.
O étimo do morfema campus é do latim, cujo plural é campi. O correto, então, seria “nos campi foram criadas...”.
O hebdomadário vanguarda do PIG faz quarenta anos, mas está desaprendendo o seu próprio acúmulo lingüístico, cultural e cívico-político. Resta-lhe apenas cumprir o papel subalterno de panfleto infecto da oligarquia decadente.
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12 comentários:
O ressentimento de certa esquerda com a Veja porque ela denuncia as picaretagens que existem por ai é imenso. São os mesmos que ainda acham que mensalão é invenção da grande mídia.... Ontem a Luciana Genro pegou forte em relação à Maria do Rosário sobre esse tema.
E o Maia-chupado ô or continua boquetiando um chuchu.
jonny
O ressentimento com o PT é que faz o "casamento feliz" de certa direita com a Veja.
É esta relação carnal que impede por exemplo de lembrarem que o mensalão tem o DNA tucano e outras picaretagens que procuram ocultar.
Claudio Dode
Sem mencionar o recente caso da governadora-de-casa-nova e do dinheiro desviado no detran que, ao que tudo indica, já era. Isto sem mencionar os escandalos mais recentes envolvendo padilha e o pessoal da praia! Quanto a veja apenas uma palavra: lixo!
Admiro uma publicação liberal, de qualidade, o que não é o caso da Veja. Se ela já era um lixo pelo conteúdo que publicava, agora virou um lixo maior, pela qualidade dos "textículos". Pena que a matéria não tem assinatura.
Nas bancas, todos os domingos, coladinha com ZH. Uma serve para enrolar a outra (lixo enrolado em papel) e as duas servem para enrolar os leitores.
Cuidado, gente, qualquer hora, do jeito que as coisas andam, vc vai passar na frente da banca e levar uma Veja e uma ZH na cara.
Cataplummmmm......
Tchê, mas o Maia consegue tirar um tempinho, ainda que curto, da campanha corpo-a-corpo pelo Fogaça e vir aqui comentar! Parabéns, Feil.
Rodrigo Cambará.
Ô Rodrigo:
O cara para defender a veja´, zéaga, Yeda, Busatto não precisa de tempinho não, precisa é ter cara de pau.
Claudio Dode
- Em 1987, a "sujissima"VEJA, fez uma reportagem a respeito da CAIXA, dentro do mesmo viés que com o tempo foi se agudizando, isto é na base do "the owners truth". Sem qualquer campanha, foram canceladas milhares de assinaturas(a exemplo da questão RBS/pesquisas). Resultado : na segunda edição posterior houve uma entrevista com então presidente Marcos Freire nas páginas Amarelas. Essa imprensa marron e golpista, só sente quando o bolso lhe é atingido. Somente assim para amenizar o saco de maldades. Os Civitas foram expurgados da Itália e da Argentina. O ex-Pres Itamar Franco tem uma história interessante com "Il Capo". Ah! se ele falasse.
A Veja é mentirosa e canalha, mas no caso do câmpus estea correta, segundo a Unifenas (http://www.unifenas.br/campusoucampi.php)
Por que "o câmpus", "os câmpus" e não "o campus", "os campi" ?
1 - Com relação a "câmpus", entendemos que o vocábulo:
a) está integrado ao vernáculo português por
I - uso intenso,
II - uso extenso,
III - não - inclusão de fonema estranho ao vernáculo,
IV - não - infringência da relação gráfico - fonética da língua (o que não é o caso de "nylon", "videogame", "file", "software", "petit-pois", "soi-disant", "container" etc).
b) em sua relação gráfico-fonética, configura caso não apenas semelhante, mas análogo ou igual ao de "bônus", "ônus", "cáctus", "múnus", "húmus", "lúpus" etc. (Ver Instruções para a Organização do Vocabulário da Língua Portuguesa).
c) na grafia "campus", obriga a pronúncia como vocábulo oxítono ("campús"), sob pena de incoerência e de infringência da convenção ortográfica em vigor, já que vocábulo terminado em " i " ou " u ", seguidos, ou não, de " s ", sem grafema ortoépico, soa como oxítono ("campús") (Ver Instruções supracit)
2 - Com relação a "os câmpus" em oposição a "os campi", entendemos que:
a) no vernáculo português, a terminação " i " não é marca de plural; não ocorre um único caso que justifique a forma; aparece como desinência verbal, jamais como nominal; contraria, pois, o sistema da língua e seu gênio;
b) o caso latino lexicogênico para o português é o acusativo, que, em nomes masculinos e feminos, termina, no plural, em " -s ", desinência que se consagrou como marca do plural única, absoluta, a ponto de impor-se aos nomes neutros incorporados à língua.
c) os substantivos anoxítonos terminados em " s " são invariáveis no plural (ex. os pires, os lápis, os ônibus), caso típico de "câmpus".
d) na língua inglesa, que introduziu o termo como denotativo de estrutura imobiliária universitária, o plural em " -i " ocorre em escassos casos ("genii","nuclei","alumni" etc) por influência de correntes eruditas, tão escassos que o próprio idioma inglês, acomodando a forma do plural ao seu vernáculo, registra "campuses" com muito maior freqüência do que "campi".
Não se justifica, pois, que, no Brasil, para parecermos bons latinistas, usemos o barbarismo "campi" !!!
Para mim, campi é coisa de veado.
Coisa de veado é escrever corretamente? Leio cada uma... o próprio Correio do Povo (que não é uma maravilha) escreveu "campi" cmo plural de campus algumas vezes essa semana.
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