Folha de S. Paulo dominical dá manchete de capa
As trapalhadas especulativas da papeleira só são ignoradas pela RBS. Os jornais do Centro do País trazem informações e comentários sobre a “ganância” da papeleira ao “especular contra a própria moeda brasileira”, segundo criticou ontem o presidente Lula.
Aguarda-se manifestação da governadora tucana Yeda Rorato Crusius – mãe-de-santo das papeleiras que exploram e predam o bioma Pampa – sobre o tema, de resto, pautado pela própria empresa de papel e celulose a partir de uma comunicação de fato relevante, onde informa (telegraficamente) ao mercado que passa por graves problemas de caixa.
10 comentários:
Como elas apostaram na valorização do Real frente ao Dolar será que não sairia uma ajudinha do Banco Central do Meirelles para compensar os prejuízos?
"apostaram na valorização do Real frente ao Dolar", isto se chama especulação cambial, como foi bem dito "apostaram", "jogaram", operação de altissimo risco que jamais deve ser praticada por qualquer empresa.
Foi o mesmo que fez a destrambelhada. Pegou U$ 1.1 bi a R$ 1,60 para reduzir a dívida do estado. Quando pegou os U$ eles correspondiam a R$ 1,76 bi. Agora com o U$ a R$ 2,00, a dívida passou a R$ 2,2 bi. Coisa de R$ 0,44 bi ou R$ 440 milhões na roleta. Por enquanto... É mole?
Os índios são os povos nativos das Américas. Eles preservam uma sabedoria milenar de como cuidar a natureza, as plantas, a vivência e a convivência que é uma patrimônio de sobrevivência da própria humanidade. Os índios vivem o presente ao mesmo tempo que cuidam de todo o ciclo vital, pensando nas próximas gerações. Os índios são ecologistas natos.Os índios pensam na vida como um todos, enquanto que a aracruz só pensa na mais valia.
Cândida
Duas incorreções:
1. As empresas estavam apostando a favor do real e contra o dólar. Apostaram que o real continuaria se valorizando.
2. Essa especulação foi estimulada pelo Banco Central e trouxe um custo incalculável para o país. Ao longo de anos, grandes empresas exportadoras driblaram a apreciação do real através de operações casadas de dólar futuro e DI (juros). O próprio BC estimulou essa prática através dos leilões do chamado "swap reverso". Foi um cala-boca que garantiu o lucro do mercado, o lucro das grandes companhias exportadoras, um custo bilionário para o Tesouro e o aumento da vulnerabilidade externa brasileira.
As empresas foram imprudentes até o limite. Mas o BC foi mais imprudente ainda, permitindo a ampliação desse jogo apenas para reduzir as pressões contra sua política cambial irresponsável.
Contra o real, a favor do real, o fato é que essa papeleira agora é uma casa de apostas, para bem além da indústria insustentável que é.
Quanto ao BC do presidente Meirelles, esse já não surpreende ninguém, sempre contra o Brasil, sempre contra Lula, mas este insiste em mantê-lo para "acalmar os mercados". Quando Lula vai fazer valer a sua popularidade de 80%, quando vai converter essa popularidade em poder real? Para defenestrar Meirelles e Jobim e fazer um combate efetivo ao ministro Gilmar Mendes?
Quando?
Saudações, Nassif!
CF
O Lula não vai defenestrar ninguém, caro blogueiro. No DNA do Lula o gene dominante é o do medo. Quanto mais forte for a crise, mais concessões ele fará à banca no campo econômico e à direita no plano político. Tem sido assim e assim continuará. No cálculo do lulismo de resultados, tudo vai sendo contabilizado para 2014.
capaz que a demente vai falar mal da papeleira... e o financiamento na próxima campanha, como fica (se até lá a papeleira naum quebrar, claro).
a unidade de Guaíba é produtora não só de celulose, mas de papel também. A única, entre as unidades da Aracruz.
Me pergunto: quem fornece papel para a ZH?
A despeito das críticas feitas no post serem corretas, o uso pejorativo da denominação "mãe--de-santo" é, além de sem sentido, preconceituoso e ofensivo às religiões afro-brasileiras. Há muitas e melhores formas de se referir criticamente ao péssimo governo de Yeda Crusius.
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