Você está entrando no Diário Gauche, um blog com as janelas abertas para o mar de incertezas do século 21.

Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Porto Alegre virou território sem lei


Novas denúncias contra espigão na Cidade Baixa

Comissão de moradores do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, apresentaram novas denúncias contra “espigão” de dezenove andares no bairro ao Ministério Público. O promotor Fábio Sbardellotto recebeu as informações sobre a suspeita de envenenamento das árvores e da demolição de duas casas no entorno, listadas em tombamento no patrimônio histórico.

A obra continua embargada após a denúncia do corte ilegal de árvores à Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A informação é da Agência Chasque.

..........

Na administração Fogaça, Porto Alegre virou um território sem lei. O Plano Diretor está abandonado na Câmara Municipal a espera de repaginação. Enquanto isso, tudo é permitido e cada caso é um caso.

Na Cidade Baixa, os investidores imobiliários – os novos manda-chuvas da cidade – procedem como vândalos ensandecidos: envenenam a cobertura vegetal (seria napalm ou o cancerígeno Tordon [2,4 D + 2,4,5 T da Dow Chemical], o desfolhante agente laranja?) e destróem prédios tombados, tudo isso para fazer valer a sua vontade de erguer uma torre de 19 andares num bairro residencial de pequenos prédios.


11 comentários:

Anônimo disse...

Cidade-sem-lei. Convido os leitores do blog a darem uma passadinha nas noites e madrugadas de 5ª, 6ª, sábados e, principalmente, domingos aqui no belo e pacato bairro de Ipanema. Sugiro uma ronda noturna de mãos dadas com o par nas imediações do bar Chalaça (agora com enorme estrela de xerife, propaganda do Del. Clayton). Se oferecem: espetáculo de som automotivo que faz disparar alarmes dos carros estacionados nas ruas, convivas brincando de esfregar o nariz nos capôs dos carros e espancamentos ao ar livre por parte dos seguranças dos bares (a maioria brigadianos "em folga").
Como brinde, permite-se denúncias! A raiva proporcionada pela Brigada Militar e pela SMIC quando dizendo que somente podem fazer ocorrência se identificado o denunciante é algo excelente. Como tambem é sobrenatural o sentimento de relatar a existência de um bar completamente ilegal (novo, não são os velhos) à SMIC, e o cidadão dizer que este bar não está registrado e, portanto, ele não existe.
...
Ainda falta uma investigação da boa mídia sobre fiscais da SMIC.

Saudações com corte de juros.

Jébson

Anônimo disse...

Cidade Baixa é pra mim o bairro modelo de porto alegre. Aquilo que porto alegre poderia ser, se tivesse planejamento. Ruas largas, prédios baixos, um grande parque ao lado e cercado por avenidas e perimetrais. Dificilmente engarrafa apesar de ser um bairro central e até caminhar por ali vale a pena.
Agora vai ser uma pena se esse reduto porto-alegrense for atacado com espigoes e afins.

Carlos Eduardo da Maia disse...

A cidade baixa, como diz o nome, tem que ser baixa. Considero também a cidade baixa um grande bairro de POA e sou contra a construção de grandes espigões por lá. Mas não foi o governo do PT que liberou a construção de grandes espigões em Poa? Não sou contra espigões, eles podem ser feitos, mas tudo depende das condições urbanísticas. É perfeitamente possível, por exemplo, fazer um belo espigão (existem sim espigões belos) no meio de uma grande área verde ou de preservação. O importante é não ter preconceito.

Anônimo disse...

Sou morador da Cidade Baixa e totalmente a favor da construção. Pelo que vi na planta, parece um ótimo edifício. O bairro carece de novos e bons empreendimentos imobiliários.

A José do Patrocínio, por exemplo, tem vários prédios de 12 e 15 andares, todos dos anos 70, e ninguém nunca reclamou.

Este novo, pelo menos, respeita recuos e tem alguma preocupação estética.

Vão morar em árvores, seus petralhas.

Anônimo disse...

Quem liberou os espigões, a bem da verdade, foi o Senhor Alceu de Deus Collares, lembram dos terremos da perimetral?

Anônimo disse...

O anônimo acima deve ser um corretorzinho de maloca, morto de fome, louquinho pra se arrumá e trazer seu namorado pra morá juntinho, debaixo da mesma meia-água.

Anônimo disse...

Esses caras da Nova Corja vivem dando os ares por aqui...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Pois é, o anônimo da cidade baixa também tem suas razões. Se construiu prédios espigões horríveis na cidade baixa na década de 70 e ninguém reclamou. Os prédios novos parecem bem melhores, com recuos e uma infra bem legal.

Anônimo disse...

Melhores pra quem?
Bem legal pra quem?

Anônimo disse...

Por falar em Cidade Baixa, quem sabe a prefeitura não dá uma passada por aqui e arruma a grade de proteção na sinaleira da Perimetral com a José do Patrocínio, já vai fazer aniversário de um ano. Nessa passadinha podiam também autuar os estabelecimentos como quitandas ou bricks que aproveitam o gradeamento para aumentar o tamanho de seus estabelecimentos. Tem um mini-mercado aqui que praticamente tomou conta da calçada, deixando um espaço mínimo para os pedestres. Teve gente que aproveitou as grades e fez estacionamento do carro na calçada. Enfim, a prefeitura liberou geral.

Elen

Anônimo disse...

A matéria abaixo é parcial.
O Plano Diretor não está abandonado as entidades tem o Forum na Câmara e propostas de emendas e por ser período eleitoral não poderia estar sendo discutido neste momento evitando a partidarização nas propostas.

Em outras épocas lutamos contra os espigões e por exemplo aqui na Tristeza foi autorizado por Decreto inédito do Prefeito Verle(PT) que aumentasse ainda mais as alturas, leia-se mega-espigões da Mario Totta com a Wenceslau Escobar.

Então acredito na força das comunidades junto a Câmara para obter conquistas em prol dos nossos Bairros. Não adianta reclamar na frente de um computador, temos que comparecer nas votações. Lourdes

Contato com o blog Diário Gauche:

cfeil@ymail.com

Arquivo do Diário Gauche

Perfil do blogueiro:

Porto Alegre, RS, Brazil
Sociólogo