O ministro da Fazenda, Guido Mantega (dir.), disse ontem que o governo não vai assumir os prejuízos das empresas com derivativos de câmbio. Várias empresas exportadoras fizeram operações financeiras arriscadas apostando na queda do dólar e tiveram grandes perdas quando a moeda disparou, em virtude da crise financeira.“Essas empresas é que terão que arcar com os prejuízos, o governo não vai dar um tostão”, garantiu, em audiência pública, ontem, na Câmara dos Deputados. A informação é do Estadão, de hoje.
Mantega disse que esse é um problema privado e assim será tratado pelo governo. O governo não sabe o volume do prejuízo com derivativos cambiais, de acordo com Mantega. Informações extra-oficiais dão conta de que cerca de 200 empresas exportadoras estariam em dificuldades decorrentes dessas operações.
Até agora, apenas a Sadia Alimentos, e as papeleiras Aracruz e Votorantim assumiram publicamente perdas milionárias, e o fizeram porque têm satisfações a dar à Comissão de Valores Mobiliários, que defende os investidores em bolsa no Brasil.
5 comentários:
Assunto pouco abordado pela grande imprensa gaúcha...
Graças aos blogs que estas e outras questões importantes passam a figurar entre a sociedade...
Livio
As perdas não são milionárias e sim bilionárias. A Aracruz suspendeu o projeto de Guaíba e as plantações de eucalipto. Nas "florestas" já plantadas ficarão trabalhando 600 empregados, o que dá uma idéia do futuro montante do emprego.
As perdas com a especulação cambial ainda estão sendo feitas e começou a ser ventilada a hipótese de que o sistema bancário brasileiro pode estar contaminado, queria Deus (se ele existe) que isso não seja verdade.
"Ministro diz que esse é um problema privado"! Já ví este papo e já ví o governo meses depois socorrer empresas privadas praticamente falidas em função do "bem comum"!
Tá certo o governo Lula em relação às papeleiras, mas ontem saiu uma MP em relação às instituições financeiras e seguradoras em dificuldade, elas podem ser estatizadas....
O Maia está propondo a estatização da Aracruz, interessante.
Agora, se a Aracruz pertence ao mundo privado, por que nós gaúchos devemos conceder incentivos tributários?
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