Contos Nanicos Gauchescos
(Entre João Simões Lopes Neto e Félix Fénéon)
O brigadiano Jorge Santos de Canoas, Rio Grande do Sul, tinha uma mulher muito feia. No seu aniversário algum gaiato lhe mandou uma estatueta de São Jorge
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O senhor Ariovaldo Mendes, patrão do CTG Laço Crioulo de Itaqui, morreu de enfarto. Avisado em Roma, onde morava, seu único filho explicou por telefone à mãe que não poderia comparecer ao enterro. Estava se recuperando de uma cirurgia plástica para corrigir o nariz grande herdado do pai.
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Em dezembro de 1958, no interior do município de Carazinho, o agricultor Elesbão Matias, que era rengo, carneou e salgou a única porca da sua propriedade. Seu filho mais velho, Elesbãozinho, na época com quinze anos e infinitas espinhas no rosto, chorou escondido uma semana.
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No verão de 1926,
- Nada, mulher – ajustando as lentes – vem chegando dois homens e um negro.
5 comentários:
Caro vizinho Feil, muito apreciamos aqui em casa a prova dos contos que mandaste. Na falta de coisa melhor, receba este torresminho como amostra do nosso agradecimento.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
muito bom, Feil.
Achei muito bom. Faça mais, Feil.
Na linha do microconto, Ernest Hemingway foi imbatível com este continho de grande conteúdo:
Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.
O microconto é a concisão, onde o clima dramático está muito mais fora do que dentro da narrativa. O escritor faz do leitor um parceiro da imaginação criativa.
Barbaridade!!!
Literatura mínima, guasca.
De lamber os beiços!!!
Mas, voltando para o jargão culto padrão, muito bons os micro-contos.
Tem enredo, intensidade e o que sempre é ótimo: o final surpreendente.
Transito por um terreno parecido: poesia minimalista.
É um belo exercício.
Ricardo Mainieri
Obrigado, Ricardo.
CF
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