Bancos não obedecem a nada e continuam esfolando o consumidor
Provando que mandam mesmo no Brasil, o sistema bancário brasileiro desrespeita as novas tarifas impostas pelo Conselho Monetário Nacional. Eles fazem o que bem entendem, e o governo não pode com os bancos.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em dez instituições financeiras constatou que a maioria (80%) oferece pacotes de serviços padronizados mais caros do que outras opções. A informação é da Agência Brasil.
“O consumidor continua sem instrumento de comparação porque os pacotes fora da padronização são mais vantajosos, neutralizando a intenção de se permitir a melhor escolha”, disse Lisa Gan, gerente de informação do Idec.
Ela se referia às novas tarifas, que entraram em vigor, no último dia 30, em cumprimento à Resolução nº 3.518, publicada em dezembro último pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
"As propostas apresentadas por oito bancos driblam o objetivo da nova resolução”, destaca nota publicada pelo Idec. Por meio desse comunicado, a coordenadora executiva do instituto, Marilena Lazzarini, disse que “não é à toa que as instituições financeiras estão sempre entre os primeiros no ranking de reclamação dos órgãos de defesa do consumidor”.
A entidade defende a revisão das medidas e encaminhou ontem (5/5) sugestão nesse sentido ao Ministério do Planejamento e ao Banco Central. Além disso, pretende publicar, a partir de hoje, no endereço eletrônico www.idec.org.br , esclarecimentos sobre as normas que devem ser cumpridas, uma tabela com os valores dos pacotes oferecidos pelas instituições pesquisadas e orientações.
Um comentário:
"O que é o assalto a banco, se comparado com a fundação de um banco?", pergunta o personagem Mackie Messer na Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht.
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