Krupp guasca
A propósito de post anterior enfocando o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, recebo esta nota do professor alemão Franz Neumann, nosso leitor assíduo.
Este magnata, cujo sotaque (dizem que desde os tempos de criança) reforça toscamente algo que lembraria os Krupp (cuja finesse não os impediu de apoiar o fascismo e explorar trabalho escravo). Um Krupp guasca cuja carreira iniciou-se com um casamento bem sucedido, desde o início viveu de subsídios estatais, em particular da CEEE.Tornou-se liberal apenas quando necessitou expandir-se para fora do País. Agora, com as encomendas de navios e obras de infraestrutura do PAC, que exigem muito aço, defenderá finalmente a independência brasileira.
Sua participação no Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico tem sido decisiva. Mas não se trata apenas de um mecenas com chapéu alheio, também é um benemérito na caridade, afinal tem que ascender aos céus com a alma tranqüila.
Um lembrete: também é um mecenas das letras, paga de seu próprio bolso edições de livros espíritas com pitadas de física avançada. Um erudito! Sua participação é essencial no Parceiros Voluntários, evidentemente com descontos no Imposto de Renda.
Talvez agora, conquistada a respeitabilidade plena, este magnata guasca pague mais impostos como pessoa física, pois, recordo-me, em reportagem da antiga Veja na década de oitenta sobre o imposto de renda no Brasil e os ricos, este digno senhor teria declarado de seu, apenas um apartamento e um Passat usado.
Um vencedor!
Fotografia: Alemanha, 1905, fábrica de armamentos e munições da família Krupp.
17 comentários:
Eu não sei se a inveja é uma merda, mas existe algo de impressionante no discurso de certa esquerda e se resume sempre ao mesma lenga lenga: o preconceito com o capital. Já dizia o velho anarquista que a propriedade é um roubo. E hoje, em pleno século XXI, uma certa meia dúzia adora fazer alarde e dizer o empresário fulano de tal enriqueceu: deve ser um baita ladrão. Talvez falte uma ética protestante no espírito do Brasil, talvez. Talvez a mentalidade franciscana, benedictina esteja ainda mandando nos corações e mentes de que aquele que enriquece vai ser sempre um eterno pecador. O pai do cara em questão era dono de uma fábrica de prego e hoje essa pequena fábrica virou um império com tentáculos em diversos países: uma multinacional guasca. Mas tem gente que tem, digamos assim, uma certa inveja. São os que gostam de ler o mais invejoso dos invejosos, o tal de Emir Sader ou aqueles freis fajutos: o Beto, o Boff e o Görgen que fizeram voto de pobreza e querem estender esse voto para todo o mundo, amém. E o pior, tem gente que acredita.
Maia, não reduz. Isso não é tema da esfera subjetiva. Não tem inveja no meio.
Tenta fazer uma análise objetiva, que leve em conta as classes, o processo de acumulação, os movimentos do trabalho e do capital.
Vc é um escravo da subjetividade.
Não se estressem! Façam como fiz... comprei ações da Gerdau e agora assisto sentado o "Joãopedro" trabalhar pra mim!!! (Dobrei meu capital em 2008!hehehe!). Abraço!
A VAIDADE É A HERANÇA MALDITA DOS QUE USAM OS POBRES PARA EXPLORÁ-LOS!!! A VAIDADE DO RICO É ABOMINÁVEL POR DEUS!!!! MENTIRA, PROSTITUIÇÃO, CORRUPÇÃO, SOBERBA TUDO ISSI É NUTRIDO PELA TURMA DO MAIA"MALA"!!
Grande comentário!!! E eu imaginei que o Maia e o Neumann eram a mesma pessoa.
Devo concordar, o Gerdau é um chupa-cabra do Estado e do Grêmio. Faturou uma bela grana com o Jardel, esse que gosta (ou gostava) de uma carreirinha.
O Gerdeu é um tipo de centro-avante, bobeou ele encesta.
Acho que o Prof. Monteiro poderia entrar nessa polêmica, mas deve estar muito ocupada com suas jovens, belas e nutridas alunas.
E o pior, anônimo, dizem que o Grêmio não pagou ao Gerdau a nota que recebeu do Jardel. Pessoal, mudem o disco, essa história de dividir o mundo entre explorados e exploradores já deu para a bola. Como disse o Professor Boaventura no 1º Fórum Social Mundial, o disco é outro, é a inclusão social dos excluídos. Ou como diria o Lula: é sacanagem, temos sim que aumentar e muito a nossa classe C. E o Lula, neste ponto, tem toda a razão... Vamos aumentar a nossa classe dominante brasileira, no espírito do capitalismo brasileiro, mas sem ética franciscana ou benedictina, please.
Não alimentem o troll, porra!!!!
É sempre assim, se você procurar bem, quem acumula fortuna (não estou dizendo ser rico), em algum momento (ou sempre) se aproveita, ou do Estado ou das pessoas. No dito mundo dos "negócios", as fortunas se devem a espertezas, falcatruas, conlúios, propinas (vide caso Detran e outros), subornos e "otras cositas más". Não me venham com "papinhos" de trabalho competente. E digo mais, toda a fortuna (não estou falando de ser rico) é imoral e assassina, pois com a fortuna concentrada na mão de alguns, é fome e morte para milhões. No Brasil, vejam bem, 10% da população detém 75% das requezas! Que merda...
Essa é a grade tragédia dos artistas reconhecidos. Começam como aqueles malditos q ninguém quer por perto, aquele "maluco", aquele "comunista", que bota o dedo nas mazelas da sociedade e da classe dominante. Mas a despeito do desprezo e das tentativas de desmoralização, na medida em que ñ há como negar o valor transcendente da sua criação, os mesmos que os detratavam, agora, buscanm sua proximidade. E muitos dos que se aproximam pouco ou nada tem a ver com o artista e sua obra. Essa aproximação é puramente oportunista. Conheço um artista plástico, sério, q se tornou amigo do Iberê. Me relatou q ele era muito desconfiado em relação as pessoas q se aproximavam, exatamente por isso.
A dolorosa ironia, é que a arte, como manifestação libertária e transcendente, na medida em que é assimilida e reconhecida pelo seu valor cultural, também começa a agregar valor de mercado. Aí passa a servir como um fetiche nas mãos de quem tem poder econômico. Torna-se mais uma propriedade, como a Ferrari ou outro desses ridículos símbolos de status. O que diriam Van Gog e Goya se pudesem ver, hoje, quem detêm aquilo que criaram?
Arthur Clark em um de seus livros de ficção propos uma idéia interessante: disse q em um longínquo estágio de desenvolvimento, a humanidade criaria o "duplicador" uma máquina capaz de duplicar qualquer coisa, num grau de fidelidade que iria até o nível de sua estrutura atômica. Assim, poder-se-ia duplicar uma laranja em todas as suas mínimas características, fornecendo-se a máquina apenas as substâncias que a compõem. Entraríamos na era da abastança, onde tudo poderia ser duplicado a partir dos elemrntos básicos que formam o universo. E qual seria o pael do duplicador? Duplicar-se a si mesmo!! Todos teriam um duplicador e poderiam reproduzir tudo o que quizessem, inclusive a qualquer obra do Iberê, q seria igual a original até o último átomo. Não haveria mais original, pois tudo seria original. Tudo estaria ao alcance de todos. Aí sim, saberíamos quem é o verdadeiro apreciador do Iberê como artista e como obra de arte pura e quem via nela apenas um bem, com valor monetário.
Fico a imaginar qual seria o papel do "mecenas" Johannpeter e seu "ego narcísico" num ambiente em que ele ñ teria como mostrar o seu "refindo" gosto pelas artes. Ele seria mecenas do q? Da "vulgaridade"? sem contar o fato d q nesse mundo ñ haveria mais a necessidade dos "incentivos" fiscais...
Eugênio
Iberê morreu pintando. Estava debilitado pelo câncer que corroia seu corpo. No seu último dia de vida pediu uma caneta para rabiscar alguns detalhes. Alguém foi correndo buscar na Casa dos Desenhos o bendito instrumento. A viúva de Iberê tem esses desenhos até hoje. Eles estarão expostos no novo Museu Iberê feito por Alvaro Siza, com z. Foi ela, Dona Maria, que escolheu o arquiteto Siza para fazer a obra. Siza é que nem Iberê, atento a todos os detalhes. Siza não conheceu Iberê, mas eles são semelhantes. São artistas, são competentes. E hoje um grupo de blogueiros da vida, estão a criticar que a obras de Iberê apareça defintivamente para a humanidade, porque um empresário do aço resolveu bancar, mediante incentivos fiscais, a boa ação de um belo museu, numa área que antes não havia nada. Se não fosse esse empresário do aço, o Museu do Iberê não existiria e sua obra ficaria restrita ás exposições privadas dos mecenas da vida. Não vamos fazer aqui chantagens emocionais, porque isso não leva a nada. Apenas recomendo que certas pessoas pensem melhor sobre seus preconceitos. POrto Alegre tem seus ares provincianos, é certo. E tem gente que insiste que Porto Alegre fique cada vez mais provinciana. Se Iberê estivesse vivo e lesse o que se diz neste Blog, o que ele pensaria?
"O negócio é usar recursos públicos para financiar um museu com nome de um "comunista" (como diziam) para satisfazer o ego narcísico da burguesia guasca. E que ainda vampirizam a obra de um artista que sempre repudiou (como classe) aqueles que interessadamente hoje o adulam.
Falando sério: o Museu Iberê Camargo de Porto Alegre, que estará aberto à visitação pública a partir de sábado, foi totalmente construído com recursos públicos.
Me explico: mais da metade dos recursos foram investidos pela estatal Petrobras, e o restante resulta de incentivos fiscais aproveitados pela iniciativa privada para investir em arte/cultura. Ou seja, o Estado faz uma renúncia fiscal com o objetivo de estimular o pseudo-mecenato de empresários como o senhor Jorge Gerdau Johannpeter, que nos olha sorrindo da capa de ZH (fac-símile), supondo que acreditemos na sua inexcedível generosidade."
Maia, viste o programa do Tulio com a Tina Zapoli ontem, não?
Tu consegue reproduzir direitinho.
Pra papagaio só falta se pintar de verde.
E pior que nem dá a fonte.
O Maia prá papagaio só falta o rabo mesmo.
Maria Eduarda
Maria Eduarda,
empresta seu rabo para o Maia.
Olivetto
Verdade, Jo, minha fonte foi essa.. Foi interessante a entrevista.
Então o Koff ficou com a grana da venda do Jardel!!!
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