Apesar da promessa de aceleração dos investimentos do governo Lula, a economia do setor público para o pagamento de juros só tem aumentado. A combinação de receitas subindo com um ritmo ainda baixo de investimentos fez o superávit primário do setor público em julho atingir R$ 7,9 bilhões, levando o saldo em 12 meses ao maior nível do ano: R$ 106,9 bilhões, ou 4,37% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor está bem acima da meta de superávit para o ano de R$ 95,9 bilhões (3,8% do PIB). Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central do Brasil.
De acordo com o BC, o presente desempenho foi o melhor de toda a série histórica, iniciada em 1991.
Com o superávit primário de todo o setor público mantendo-se elevado neste ano, o déficit nominal (receitas menores que despesas, quando se incluem os juros da dívida) em 12 meses atingiu nova mínima histórica: 2,08% do PIB (R$ 50,919 bilhões). Isso aconteceu mesmo com o saldo negativo do setor público mais elevado em julho (R$ 6,184 bilhões), por causa do maior gasto com juros. Isso ocorreu por causa da valorização de 2,5% do real, que elevou a carga de juros, uma vez que o governo é credor em câmbio e perde quando há valorização do real.
O BC avalia que o Brasil está diante de um novo nível de déficit público, muito mais baixo que no passado. 'Caminhamos para resultados nominais comportados e bastante baixos', diz o chefe do Depec, que projeta déficit nominal de 2,3% do PIB no fim do ano. Essa projeção considera o câmbio a R$ 1,90 no fim do ano, o cumprimento da meta de superávit primário de 3,8% do PIB e um crescimento da economia de 4,7%.
Quem lucra com esse esforço nacional gigantesco são alguns poucos rentistas – cerca de 70 mil brasileiros privilegiados que possuem papéis da dívida pública.
Um comentário:
Gordura excessiva na barriga e no cérebro.
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