Mais de quinze cidades dos três Estados da Região Sul vão realizar amanhã atos em apoio à criação da Universidade pública federal para a Grande Fronteira da Mesorregião do Mercosul. No Rio Grande do Sul ocorrem mobilizações nos municípios de Erechim, Palmeira das Missões, Espumoso, Sananduva, Três Passos, Ijuí, Sarandi, Passo Fundo, Soledade, Marau, Vacaria e Lagoa Vermelha.
Para o coordenador geral da Fetraf-Sul, Altemir Tortelli, a futura universidade deve ser pública, gratuita e voltada para a realidade da região. As atividades são organizadas pelo Movimento Pró-Universidade Pública Popular, Fetraf, Via Campesina e CUT, além de organizações não-governamentais, cooperativas e igrejas. A informação é da Agência Chasque.
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Deixando de lado a justeza e a legitimidade da reivindicação, é de estranhar que entidades combativas e um movimento social autônomo como a Via Campesina insistam em denominar impensadamente esse projeto regional de ensino superior como Universidade do Mercosul. Não seria melhor Universidade do Cone Sul?
Mercosul não é região geográfica, é um acordo comercial entre países do Cone Sul. É uma marca neoliberal – de mercado – que identifica a troca de mercadorias, serviços e moedas entre vizinhos e parceiros negociais na América do Sul.
O uso da denominação “do Mercosul”, neste caso, é um perigoso sinal de que a colonização de corações e mentes por parte do neoliberalismo é um processo que marcha de forma acelerada e firme também em nosso meio.
Ademais, criar uma Universidade sob a tutela simbólica de um signo do mercado, significa comprometê-la desde já na contramão da luta destas mesmas entidades e movimentos sociais. Algo, deveras, esquizofrênico.
5 comentários:
Agora inventaram essa, tudo que rima com mercado (que é um fato social) é neoliberal.
Não se faça de desentendido, ou que não foi adequadamente aleitado: o neoliberalismo, é o estágio atual do mercado, vale dizer do capitalismo, onde se trata do Estado mínimo. Discutir conceitos, ok! Se fazer de bobo, não!
Maia se faz de bobo ou é bobo?
Maia se faz de bobo ou é bobo?
Não se trata de Estado mínimo, mas de Estado eficiente. E 99% das pessoas entram na universidade exatamente porque querem melhor se colocar no mercado de trabalho. 1% entra na universidade para fazer história. Cadum cadum.
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