
Deprressa
Zorra Morrena
é breziza amar
mais ligeirras cas Walkyrias
ki galopam no Céu
danzando nossas horras
no Espresso de Saturno
si vom emborra
e non foltam
o brrezo da bassagem
nem brra reklamar.
Os Deuses eles mesmos morrem
mas os vermes soberranos
demorram roendo
roendo...
Os vermes son klientes
o koveirro kafeton.
Só sobrram no vento
velhos trrapos
nossas almas pendurradas
no arrame farpado
do kintal sburrakado
do Palácio de Pluton.
Zuca Sardan (poeta carioca nascido em 1933)
9 comentários:
Os deuses são a prova de que os homens em certos momentos enlouquessem, mas, voltam, por vezes, a uma certa normalidade.
erramos, enlouquecem.
Que maravilha, heim? Esses poetas malditos...
Que bom que os deuses morrem. Os ídolos e as ideologias também.
Os curtos de idéia também e as ideologias se renovam, dado que são concepções de vida e essas TODO MUNDO têm, inclusive os dementes do Hospício São Pedro.
Macanudo...concordo ! as ideologias nunca morrem,se renovam.Um ser humano com algum QI saberia disso,ou se achasse que morrem estaria morto e nem saberia!
Cristovão tu sabe de cada poesia legal !!!
abraço Sueli
Falou bem, Macanudo, a seta no alvo. As ideologias se renovam. Tudo se renova. Tudo se flexibiliza. Tudo deixa de ser radical. Ameniza. Sintetiza. A dialética com síntese. O pacto, o acordo que é a conquista. Gradual, racional, relativo. Não podemos nos entorpecer com o eterno retorno do ridículo, daqueles que acham que a renovação da reforma é um grande mal.
Não coloquem o que eu não afirmei. Disse SOMENTE que as ideologias se renovam.
Macanudo, cada um interpreta como quer. Aqui não é a terra de Fidel. Coloquei teu comentário no meu depósito. Aproveitando, é bom esse Zuca Sardan. Zuca Sardan
Calote Metaphysico
A vida é curta
e a salvação difícil...
Além de que a salvação pessoal
parece um negócio
dos mais duvidosos...
conviria primeiro saber
se a salvação em si
existe.
E se não existe...
então aquela força
e os sacrifícios
só pra no fim levar
o calote metafísico!...
In: SARDAN, Zuca. Ás de colete. Pref. Alcides Villaça. Il. do autor. 2.ed. Campinas: Ed. da Unicamp, 1994. p.114. (Matéria de poesia
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