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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Celso Amorim espera terminar com as ambiguidades que cercam o problema iraniano

Chanceler brasileiro esteve há pouco com o primeiro-ministro de Israel

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim (foto), disse ontem que espera sinais claros da comunidade internacional sobre a participação do Brasil e da Turquia nas negociações de um acordo nuclear com o Irã.

“Nós recebemos sinais ambíguos. Às vezes, [recebemos] um incentivo de que é muito importante que o Brasil e a Turquia continuem a ajudar no processo negociador. Às vezes, recebemos sinais diferentes pelos jornais, aí as pessoas dizem que não foi bem aquilo que eles disseram... Então, nós esperamos que os sinais sejam claros. Nós não temos nenhum interesse nisso, a não ser ajudar a paz”, afirmou Amorim.

As declarações do chanceler foram dadas a jornalistas brasileiros em Israel e divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores.

Celso Amorim deu pouca importância a questionamentos sobre a possibilidade de o Irã ter um reator de fusão nuclear. Segundo ele, isso não traz preocupações quanto à segurança. “É mais importante considerar que, se os 1.200 quilos [de urânio levemente enriquecidos pelo Irã] já estivessem na Turquia – como já poderiam estar –, o mundo todo estaria muito mais tranquilo”.

Celso Amorim esteve hoje (26) na Turquia, onde se reuniu com o chanceler Ahmet Davutoglu e almoçou com o chanceler iraniano Manouchehr Mottaki. Ele seguiu hoje mesmo para Israel, onde se reuniu também com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Em Jerusalém, Amorim informou que conversou sobre a paz entre israelenses e palestinos e que levou as impressões colhidas pelo Brasil em visitas a chefes de Estado do Oriente Médio sobre o assunto.

Segundo Amorim, o que ele fez não foi uma visita de cortesia, já que o encontro durou uma hora e meia e Netanyahu anotou e fez questionamentos sobre o que era dito.

O chanceler brasileiro anunciou que a visita do primeiro-ministro israelense ao Brasil, prevista para agosto, foi cancelada em função de compromissos internos. Mesmo assim, Amorim disse que o primeiro-ministro de Israel reiterou o desejo de visitar o país e prometeu marcar nova data para o encontro em solo brasileiro. A informação é da Agência Brasil.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quanta palhaçada.

Anônimo disse...

Netanyahu, só viria, ao Brasil, se o Serra ganhasse, e olhe lá! E ainda seria capaz de chamar o seu lacaio para lhe passar instruções de como agir em relação ao Irã.

Esse suposto interesse do Netanyahu, é puro jogo de cena, pois já que está td acertado para um ataque ao Irã.

O que o Amorim está fazendo é demonstrar o esforço brasileiro para evitar a guerra.

Eugênio

Carlos Eduardo da Maia disse...

Como não acredito que Amorim seja ingênuo, ele só pode ser mesmo mal intencionado. O mundo inteiro sabe que o Irã de Ahmadinejad é um país fascista, só o governo Lula e do Erdogan acreditam na boa intenção e na boa fé da república radical islâmica do Irã.

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