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terça-feira, 18 de maio de 2010

Estados Unidos querem o monopólio do terror de Estado


Imagens de guerra e paz

O único país do mundo que fez uso da energia atômica para fins terroristas não quer que outros países o façam para fins pacíficos e humanitários.

Os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroxima em 6 de agosto de 1945 (foto p&b). Morreram cerca de 140 mil pessoas, quase todas civis, cozinhadas pela energia calorífica letal que emana de uma explosão nuclear. Dias depois, não satisfeitos, ainda sedentos de sangue, os estadunidenses lançam outro artefato da morte, desta vez sobre Nagasaki, mais 80 mil mortos, trucidados covardemente por um Estado terrorista, branco, cristão, ocidental e que se proclama amante da democracia e dos direitos humanos.

A mortandade foi inútil, gratuita, própria de mentes patologicamente criminosas. O Japão já estava vencido e se preparava para capitular. A Alemanha nazista já estava derrotada e rendida, há mais de três meses, desde o glorioso dia 8 de maio de 1945.

Os Estados Unidos procederam precisamente como os fascistas que acabaram de derrotar. Alguém já disse, acho que foi Chomsky, que os nazifascistas foram derrotados na Segunda Guerra, mas o nazifascismo sobreviveu e continua fazendo suas vítimas, com outra bandeira, outros líderes e outros uniformes de guerra, terror e ódio à humanidade.

Pois, os mesmos que praticaram o terror em Hiroxima e Nagasaki, agora não querem a paz duramente discutida e conquistada pelos entendimentos diplomáticos de Brasil, Irã e Turquia.

Até quando os Estados Unidos, não o seu povo, mas a sua elite governante, racista e intolerante, irão tutelar os destinos da humanidade?

Ouçam a Rosa de Hiroxima:

13 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

É muita ingenuidade ou má fé achar que o Irã de Ahmadinejad - e a ditadura fundamentalista islâmica que sacrifica, prende e tortura minorias e opositores -- está enriquecendo urânio exclusivamente para fins pacíficos e HUMANITÁRIOS! O acordo foi muito bom para o Irã que ganha tempo, que se sente menos pressionado e pode, com muito mais calma, fazer a bomba.

E eles vão lançar essa bomba contra quem? O governo de Ahmadinejad tem sim ligações com células do terror, inclusive financiando operações do Hamas na Palestina , do Hezbolah no Libano e, talvez, do Al Qaeda no Paquistão e Afeganistão. Civis inocentes do Iraque, do Afeganistão morrem todos os dias vitimados por bombas armadas pelo radicalismo muçulmano. Quem financia isso?

Não são americanos que exercem no Iraque e no Afeganistão o necessário poder de polícia e ali se encontram presos porque se ocorrer a retirada corre-se o grande risco do terror tomar conta.

E o terror não interessa a ninguém. E não se pode dar tempo e nem ser tolerante com o terror e com quem financia o terror.

Anônimo disse...

Huhauahuahuah!!! Maia, nós te adoramos! Comenta mais, por favor! Aqui na empresa, todo mundo é seu fã, mas claro que você perde para o ZorraTotal, afinal com eles não dá pra competir.
Maia, nós te adoramos!

jogos da memoria disse...

Maia, te muda para os EUA. Só em Hiroshima foram 55 mil crianças mortas em menos de 10 segundos. Reflitam...

J. Ferrarius disse...

Cristóvão, o artigo é corretíssimo, mas contém uma imprecisão no primeiro parágrafo. A energia nuclear pode ser usada para fins pacíficos ou bélicos, mas a bomba atômica só pode ser usada para fins bélicos.
Quanto ao Maia, que opinião ridícula. Se o Irã fizer bombas nucleares, será com fim exclusivamente defensivo, como fazem todos os países que as têm. Ou você já viu algum país que tem bomba nuclear atirar em outro que também tenha??? Não, porque seria suicídio. É o caso dos EUA, que atirou no Japão porque este não tinha. O Irã não é suicida e sabe que se atirar uma bomba em Israel ou nos EUA, será varrido do mapa por centenas ou milhares de bombas iguais. Agora, se o Irã tiver bombas nucleares, não poderá ser atacado pelos EUA ou por Israel impunemente, porque aí o Irã poderia revidar o ataque. E é isso que os EUA e Israel não querem, que o Irão seja capaz de revidar os ataques. Querem que o Irão continue a ser um cordeirinho indefeso, de joelhos. Vamos ser mais inteligentes....

Maurício Santos disse...

Caro Feil, a primeira frase do teu texto pode causar mal entendidos: acho que quiseste te referir ao uso pacífico da ENERGIA NUCLEAR e não da bomba atômica, como o texto faz crer. No mais; de acordo.

Nelson Antônio Fazenda disse...

Você está certo, Feil. É mesmo Chomsky quem afirma que os nazistas ganharam a guerra. Inclusive, segundo ele, o governo dos EUA "importou" diversos "cabeças" do nazismo e os pôs a trabalhar na arte de reprimir, torturar e matar dissidentes e militantes sociais em todo os lugares do planeta em que pôde "meter o bedelho".
E é também Chomsky, estadunidense e descendente de judeus, quem afirma que as maiores organizações terroristas do mundo são os governos dos EUA e de Israel.

Cristóvão Feil disse...

Claro, vocês tem razão. Sai "bomba", entra "energia" atômica.

Obrigado.

Abç.

CF

Carlos Eduardo da Maia disse...

Todos os países que detém tecnologia para fazer bomba atômica utilizam para fins exclusivamente de defesa para uso apenas na hipótese de agressão. Isso é fato desde a catástrofe de Hiroshima. Se comentava até que a "bomba era o símbolo da paz". Hoje as potências nucleares são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia, o Paquistão e Israel e, talvez, a Coreia do Norte. Aumentar esse rol é uma estupidez e uma irresponsabilidade e o governo do Irã já demonstrou que tem laços estreitos com o terror. E o inimigo tem lado bem definido. Só não vê quem não quer enxergar.

Anônimo disse...

"[...] o governo do Irã já demonstrou que tem laços estreitos com o terror [...]". "Maia", por favor, nos esclareça com alguns exemplos...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Hamas na Palestina e Hezbolah no Libano, os insurgentes iraquianos (esses mesmos que jogam bombas nos inocentes iraquianos) e talvez com Al Qaeda, apensar de não existir prova concreto desse vínculo. E o Irã não é apenas o governo Ahmadinejad é também o grupo radical que faz parte da guarda revolucionária e que muitas vezes tem voz própria. Dá para confiar nesses caras?

Nelson disse...

Então, meu caro Maia. Quer dizer que, se os EUA se retirarem do Iraque “corre-se o grande risco do terror tomar conta”.
Será que estaria correta esta afirmação?
Vejamos o que tem a dizer o alemão Hans-Christof von Sponeck, que trabalhou por mais de 30 anos no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em 1998, Sponneck foi nomeado por Kofi Annan para o posto de coordenador humanitário das Nações Unidas no Iraque, com a categoria de secretário-geral adjunto. Em protesto contra as sanções que haviam reduzido o povo iraquiano à miséria e à fome, Sponneck demitiu-se em março de 2000.
Em entrevista a Sílvia Cattori, jornalista suíça, em março de 2007, Von Sponneck afirma, entre outras coisas:

“Não há dia em que, quando leio ou observo o que se passa no Médio Oriente, não me sinta cheio de vergonha, em que não sinta a exigência de humildade para com essas pessoas pobres que sofrem terrivelmente, desde a Palestina ao Iraque, bem como noutras regiões do Médio Oriente. A linguagem humana, pelo menos para a minha sensibilidade, não é capaz de expressar os sentimentos que experimento.”

”É horrível. Eu venho de um país que teve a experiência, e foi a causa, de uma grande e horrível Segunda Guerra Mundial. Ela durou cinco anos e ainda se fala nela. E o que é feito com tudo o que sucedeu no Iraque durante todos estes anos, trinta anos de ditadura, treze anos de sanções, três anos e meio de ocupação? Quanto é que um indivíduo pode suportar, quanto é que uma nação pode suportar? Quando vemos – estou a pensar agora nas universidades de Bagdad que eu conheço, como por exemplo, Mustanseriya University, Baghdad College, Baghdad University – que essas instituições que preparam jovens inocentes para a vida estão destruídas por bombas! E pensar que quando eu ia visitar esses iraquianos, eles viviam pacificamente em bairros que integravam diversas populações, e nunca ouvi essas conversas de "Eu sou xiita, tu és sunita, e tu és turcomano".”

”Bagdad é a maior cidade curda do mundo, com mais de um milhão de curdos, e é claro que havia muitos problemas, havia um ditador, havia assassinatos políticos mas, comparado com o que vemos hoje, isso não era nada. O confronto sectário que existe agora foi criado por uma guerra ilegal. E as ameaças dirigidas ao governo de al-Maliki são o cúmulo da desonestidade: "Se não repuserem a segurança no Iraque, então nós, os americanos, iremos reexaminar em que medida iremos continuar a apoiar-vos". Mas o que é isso? Quem criou esse tipo de condições? Quem são os responsáveis por esse caos e pelo confronto sectário actual?”

elektrofossile disse...

Viva a Intifada! Viva o Povo Palestino! Fica Maia, vc nos diverte muito.

As bombas foram lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki para dizer aos soviéticos: tirem as mãos do Japão! Não inventem de ocupar parte do império estadunidense!

A Guerra Fria (sic) começou muito quente.

Anônimo disse...

É interessante nunca teve uma notícia do Irã agredindo algum outro país vizinho ou não.

Como é interessante que desde o seculo dezenove os EUA não passou um dia sem agredir algum pais, lógiamente de pouca força militar. O EUA só assumiu na segunda grande guerra quando a Alemanha estava pelas caronas. E contra a URSS só na retórica.

Mas o interesante é que eles só estão preocupados não é com a bomba, mas com a possibilidade de cair a mascara da hipocrisia, e dar um pouco de paz ao oriente médio com equilibrio.Vai ficar claro quem são os agressores: A criminosa coligação nazista-sionista (EUA-Israel).

E o Maia, o covarde se sempre, vem defender os seus super-heróis por dever do ofício.

Claudio Dode

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