Zero Hora nasce com o golpe de 1º de abril
Penso que o jornal eletrônico Sul 21 - a ser lançado segunda-feira próxima, dia 10 - pode muito bem desempenhar o papel que o diário Última Hora cumpriu durante o governo Brizola no Rio Grande do Sul. Claro, guardadas as peculiaridades históricas que nos separam do final da década de 50 e início da década de 60. A própria administração pública estadual era distinta, o governo Brizola foi pródigo em reformas e também logrou reunir uma oposição reacionária que se fez muito forte, tanto que esta conseguiu eleger o governador Ildo Meneghetti, um dos mais repressivos da história sulina, e não por acaso, um dos mais medíocres.
Hoje, nem sabemos se a esquerda volta ao Piratini, tamanho é o embotamento cívico, cultural e econômico que pesa como chumbo sobre o estado e seu povo. Estamos no ponto mais rebaixado da nossa história como ente federado, até mesmo o tucano José Serra, ontem, não conseguiu disfarçar que pensa o mesmo sobre o RS.
O jornal Última Hora foi fundado pelo grande jornalista Samuel Wainer (foto), no início editado só no Rio, depois foi para São Paulo e mais adiante, Porto Alegre. Era um jornal vibrante, moderno e de grandes tiragens diárias. A redação era formada por jornalistas talentosos, muitos identificados com o trabalhismo radicalizado do governador Leonel Brizola, outros tantos com o Partido Comunista Brasileiro, o velho Partidão, entre os quais João Aveline.
Última Hora "morreu" - pode-se dizer assim - nos dias seguintes ao golpe de 1º de abril de 1964. Até o dia 5 de abril o jornal circulou com a mesma linha editorial combativa, de esquerda, mobilizador e informativo. Daí em diante, passou para uma linha de "neutralidade simpática" em relação ao golpe civil-militar, que veio para embrutecer o País por mais de duas décadas. UH havia circulado sem interrupção, praticamente, por quatro anos e dois meses em Porto Alegre, perfazendo exatas 1270 edições, conforme conta o jornalista, já falecido, Jefferson Barros, em seu livro "Golpe mata jornal" (1999), da Já Editora.
Amanhã, eu vou contar aqui como a Última Hora se transformou (se degradou) em Zero Hora, agora um jornal a serviço do regime ditatorial, e como um sócio minoritário de ZH, Maurício Sirotsky Sobrinho, junto com Ary de Carvalho, Ricardo Eichler, Otto Hoffmeister e o professor Dante de Laytano, conseguiu se constituir no dono singular do carro-chefe da RBS.
Amanhã!
O jornal Última Hora foi fundado pelo grande jornalista Samuel Wainer (foto), no início editado só no Rio, depois foi para São Paulo e mais adiante, Porto Alegre. Era um jornal vibrante, moderno e de grandes tiragens diárias. A redação era formada por jornalistas talentosos, muitos identificados com o trabalhismo radicalizado do governador Leonel Brizola, outros tantos com o Partido Comunista Brasileiro, o velho Partidão, entre os quais João Aveline.
Última Hora "morreu" - pode-se dizer assim - nos dias seguintes ao golpe de 1º de abril de 1964. Até o dia 5 de abril o jornal circulou com a mesma linha editorial combativa, de esquerda, mobilizador e informativo. Daí em diante, passou para uma linha de "neutralidade simpática" em relação ao golpe civil-militar, que veio para embrutecer o País por mais de duas décadas. UH havia circulado sem interrupção, praticamente, por quatro anos e dois meses em Porto Alegre, perfazendo exatas 1270 edições, conforme conta o jornalista, já falecido, Jefferson Barros, em seu livro "Golpe mata jornal" (1999), da Já Editora.
Amanhã, eu vou contar aqui como a Última Hora se transformou (se degradou) em Zero Hora, agora um jornal a serviço do regime ditatorial, e como um sócio minoritário de ZH, Maurício Sirotsky Sobrinho, junto com Ary de Carvalho, Ricardo Eichler, Otto Hoffmeister e o professor Dante de Laytano, conseguiu se constituir no dono singular do carro-chefe da RBS.
Amanhã!
8 comentários:
Ai vai um artigo interessante sobre a mulher Afegã:
http://passapalavra.info/?p=20681
Imagino que o Sul21 será um jornal eletrônico.
Uma coisa a ser pensada para disputar a hegemonia no RS seria fazer tiragens em papel com distribuição gratuita (bancada com publicidade) nos pontos de circulação de POA, como estações da Trensurb, terminais rodoviários, universidades etc.
Esses jornais gratuitos já existem no Rio e em SP, porém com a mesma linha editorial dos grandes jornais.
Hoje, caminhando pelo centro de Porto Alegre, vi uma imagem que simboliza à perfeição o "embotamento cívico, cultural e econômico que pesa como chumbo sobre o estado e seu povo": o bonito relógio da antiga Casa Masson, em cujo 'pêndulo' as Casas Bahia pintaram o seu bonequinho. Pois a Masson já era, as Casas Bahia se foram e o relógio está parado.
É Porto Alegre com a cara dos governos Yeda e Fogaça.
Como assim, goijacksons, jornal bancado com publicidade. Você quer que o Sul 21 comece a ter que defender esses porcos capitalistas.
Teria de conseguir recursos do governo federal, afinal trata-se da democratização dos meios de comunicação e do acesso de nosso povo a informação livre de contaminação capitalista.
João Barroso
O PT está no fim, Feil.
Fim dos medíocres como o Tarso Genro (medíocre é elogio, pois que ficabaixo disso como qualquer simpatizante ou eleitor do PT), fim dos medíocres como você, Feil, que vê fnatasmas onde não há, que defende um governo de direita disfarçada como o o "semianalfabeto" como o Lula, em que você votou... Feil... vá cuidar da sua vida e nãonos faça ler tantas idiotices...
Você é um idiota...Feil
Medíocre é o Anônimo (7/5/10 03:11) porque é um rato covarde que se esconde no anonimato. A rede é composta de cabos, fibras óticas e canos de esgoto onde obtusos como tu rastejam, defecando pela boca. Você é um idiota...Anônimo.
O Tarso é um mediocre, viu Feil.
E nós todos também.
Hahahaha ...
É bom quando a sabedoria anda de mãos dadas com a humildade a nos dar lições. Que privilégio !!
Exemplo típico de embotamento cultural é esse cretino covarde do anônimo das 03:11. Pq tu não revela tua identidade ô bundão? Como dói para um bossal como tu ver um cara como o Feil e muitos outros terem espaço para se manifestar né? Tu e teus iguais já não conseguem mais falar sozinhos,já não são mais os donos exclusivos do direito expressão. Mas o pior de tudo é ver um "semianalfabeto" como o Lula ter muito mais sabedoria e sucesso que o principe dos charlatões FHC. Aliás não exite um sujeito semi analfabeto(como não exite semi gravida) exitem sim semi-alfabetizados como o tu ô anônimo das 03:11. Leonel Santos-Alvorada-rs
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