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quinta-feira, 13 de maio de 2010

CUT critica autonomia excessiva do Banco Central


"Funciona como um freio ao crescimento econômico" - afirma documento da Central

Documento distribuído durante a reunião da direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília, critica a “autonomia excessiva do Banco Central”, que no entender da organização sindical “funciona como um freio ao crescimento econômico e à geração de emprego”. A informação é da Agência Brasil.

A CUT defende que, além das metas de inflação, a política econômica tenha metas de crescimento e de emprego. De acordo com a central, as consequências esperadas seriam várias, com destaque para a fixação de um objetivo claramente social à política econômica e“ um efeito prático, para que o Comitê de Política Monetária do Banco Central ( Copom), ao definir a taxa básica de juros (Selic), levasse em conta o equilíbrio de três metas: da inflação, do crescimento e de emprego.

Presente, o ministro Guido Mantega, voltou a destacar a importância das medidas do governo para combater a crise e lembrou que os países que mais vão crescer nos próximos anos são os que integram o grupo conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

No caso do Brasil, o ministro lembrou que o crescimento estimado pela equipe econômica fica entre 5,5 % e 6% em 2010. “Há divisão clara entre os países avançados que perderam dinamismo, vão crescer menos e os países emergentes, principalmente os do [Bric], que estarão liderando o crescimento mundial nos próximos anos”.

Mantega lembrou que de 2010 a 2015, a previsão é que os emergentes serão responsáveis por 70% do crescimento mundial.

O ministro destacou o ciclo de expansão da economia brasileira a partir de 2003, com a média de crescimento de 4,2% até 2008, quando estourou a crise, e a nova fase com estimativa de um PIB (Produto Interno Bruto, a soma de bens e serviços produzidos no país) acima de 5,5% em média.

“Este ano a previsão de crescimento é acima de 5,5%, mas tem gente falando em 6,5% e até 7%. Acho exagerado, mas, de qualquer forma, a economia estará dando uma demonstração de vigor e dinamismo , logo depois de uma crise muito forte”.

Mantega voltou a rebater os críticos do governo que, segundo ele, acreditavam que a economia brasileira só poderia “crescer pouco”, como 3% a 3,5%, para não gerar inflação e outras distorções. Ele disse também que o crescimento mais forte da economia do país foi por acaso, mas devido à correta aplicação das políticas econômica e social. “É incorreto dizer que este governo continuou a política econômica que já existia”.

4 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Banco Central não é órgão político de governo, mas órgão técnico e, portanto, tem sim de estar blindado das danosas politicagens que a CUT gosta de defender. Fez muito bem o governo Lula em manter a autonomia do Banco Central e tanto Dilma como Serra (que já disse que o Bacen não é nenhuma Madre Teresa de Calcutá) vão manter essa mesma política. E por isso o Brasil progride social e economicamente, mas temos de ir além implantando as reformas estruturais que tanto precisamos - e muitas delas impopulares.

Anônimo disse...

ENTREVISTA: LUIZ GONZAGA BELLUZZO
"Banco Central é um banco. Devia prover o crédito; não agir como governo
paralelo"
Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor do Instituto de
Economia da Unicamp, recusa do Banco Central em baixar os juros é a
"reafirmação algo infantilizada de um princípio de independência que não
hesita em colocar suas supostas prerrogativas à frente das prioridades da
economia nacional num momento grave como esse". O BC, acrescenta,
deveria ter uma ação enérgica para prover o crédito e impedir a passagem
da crise financeira para uma crise da economia real.


Então pessoal, vamos promover um debate entre o "Maia" e o Belluzzo?

Anônimo disse...

Quer dizer então que a CUT tá fechando com o Serra nessa questão? Pelegos!

Anônimo disse...

ou seja, a CUT concorda com o Serra!! A dilma defendeu o que os economistas liberais defendem, Banco Central independente. Resumindo, quem é de esquerda vai votar no Serra em outubro.

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