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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Diversidade brasileira desembarca em Porto Alegre


Começa na quinta-feira, no Cais do Porto

Maniçoba, castanha de cumbaru, sabonete de babaçu, cracóvia, tacacá, acarajé e farinha de macadâmia.

Porto Alegre recebe toda a diversidade rural brasileira a partir desta quinta-feira, 13, até domingo, 16, na Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo.

Agricultores, artesãos, extrativistas, comunidades indígenas, piscicultores, ribeirinhos, quilombolas e assentados da reforma agrária de todos os biomas brasileiros trazem para a capital sulina a riqueza da agricultura familiar brasileira, talvez a mais variada do mundo.

Além de produtos conhecidos dos sul-rio-grandenses, como queijos, salame, iogurte, mel, polpas, cucas, bolachas, sucos, vinhos e chimias, serão comercializados outros nem tão populares no Sul do País, como beiju da Bahia, pato no tucupi, xampu de andiroba, cocada de licuri e o azeite virgem de castanha do Brasil, entre outros milhares de produtos que somam mais de 200 toneladas, vindos do campo diretamente para o consumidor.

A agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros. O Censo do IBGE/2006 aponta que a atividade é responsável por sete em cada dez ocupações no meio rural, contando com apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos.

A Feira ainda tem espaços temáticos como o Recanto de Baco, onde os apreciadores de vinho poderão participar de cursos de degustação, e a Praça da Cachaça, que reúne grande variedade da bebida produzida em Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Santa Catarina, além do Rio Grande do Sul.

Glossário

Maniçoba – prato de origem indígena típico do Pará, preparado com folhas de mandioca, carne de porco e outros ingredientes defumados e salgados. As folhas cozinham por uma semana, até perderem o ácido cianídrico, que é venenoso.
Cumbaru – também conhecido como baru, é uma árvore típica do Cerrado, podendo chegar a 25 metros de altura. As sementes, ou castanhas, são muito nutritivas. O óleo extraído delas é anti-reumático.
Babaçu – palmácea muito comum no Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins. O óleo é extraído das sementes, e a planta ainda fornece palmito e palha para esteiras, cestos e chapéus.
Cracóvia – Embutido de origem polaca, com baixos teores de gordura, tradicionalmente feito com carne suína, mas também fabricado com carne de gado e de frango.
Tacacá – prato típico da Amazônia, preparado com o caldo da prensa da massa de mandioca ralada, jambu (hortaliça com leve poder anestésico) e camarão seco.
Acarajé – especialidade baiana de origem afro-brasileira feita de massa de feijão, cebola e sal e frita em azeite de dendê. É servido com camarão seco, vatapá e caruru.
Macadâmia – árvore originária da Austrália. Produz amêndoa empregada na fabricação de sorvetes, chocolates e biscoitos, entre outros. É rica em antioxidantes.
Beiju – espécie de panqueca feita com fécula de mandioca. Tradicionalmente, é recheada com queijo ou coco.
Pato no tucupi – outro prato típico da Amazônia, cozido no caldo da mandioca e acompanhado de jambu.
Andiroba – Árvore de grande porte que ocorre na Região Norte. Dela se extrai óleo utilizado como repelente para insetos, antisséptico, cicatrizante e antiinflamatório.
Licuri – palmácea típica da Caatinga. Suas folhas são utilizadas para a confecção de utensílios e artesanato. A amêndoa é usada para a alimentação, dando origem a cocadas e o leite de licuri.

Serviço:

Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária / BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO

Data: de 13 a 16 de maio de 2010

Local: Cais do Porto – Porto Alegre/RS

3 comentários:

omar disse...

será que lá vai ter a cult Setembrina de Viamão?
hein, feil?

Job disse...

O "agronegócio" guasca vai contribuir com Capim Anoni e Eucalipto.

Nelson disse...

Estarei em Porto no sábado e, se sobrar um tempinho, quero ver se chego lá na Feira. É preciso prestigiar iniciativas como essa de forma a que se repitam mais e mais.

Quanto à foto acima. Ela foi tirada em junho de 1972, não entre 1939 e 1945. Portanto, muito tempo depois do desaparecimento de Adolf Hitler.
"Os nazistas ganharam a guerra", afirma o linguista estadunidense Noam Chomsky. A foto parece confirmar o que diz Chomsky.

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