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segunda-feira, 5 de abril de 2010

A reputação de ZH nunca esteve tão enxovalhada



Blogs foram debochados por ousarem suspeitar da polícia yedista

O diário Zero Hora e seus jornalistas amestrados foram traídos pelo desejo. Para tanto, quiseram corrigir um aspecto do real - que para eles era insuportável - e passaram a introduzir um delírio nessa realidade. Ou seja, a morte de Eliseu Santos não poderia ser um atentado político. Fizeram a correção para latrocínio, modificando a realidade com o adorno floral do delírio róseo: Eliseu foi assaltado e morto pela violência genérica que assola a todos nós a qualquer momento. Ponto.

E todos esperavam que a sociedade fosse acatar - bovinamente - esse delírio.

Foi montada uma versão parcial da morte do ex-secretário de José Fogaça, uma versão abreviada, cômoda, inodora, despolitizada e neutral. Zero Hora e seus jornalistas amestrados logo endossaram essa simulação da verdade. Não houve cogitação para além da cena do crime, ninguém perguntou se havia nexo entre o crime mesmo e o fato de o ex-secretário de Fogaça ter estado na sede da Polícia Federal no dia anterior, depondo por quatro longas horas acerca de graves irregularidades nas contas públicas da secretaria de Saúde de Porto Alegre, do qual era titular. Nada disso foi sequer especulado. A manchete de ZH ainda exaltava a eficácia da ação policial, perfumando como mérito o que agora se revela como pura astúcia diversionista e ocultadora da verdade por inteiro.

Onde fica e como fica agora a reputação do jornal ZH e seus profissionais? Onde fica e como fica a credibilidade dessa imprensa marrom?

A jornalista conhecida como "abelhinha" chegou a criticar - em tom de deboche - aqueles que seriam "adeptos da teoria da conspiração" (crítica oblíqua aos blogs não alinhados com o pensamento bovino-guasca), porque estes "ousaram suspeitar" da rapidez da polícia yedista.

Vejam só: ousamos suspeitar dos funcionários de Yeda!

9 comentários:

Anônimo disse...

Há muito, muito mesmo, que já não levo este jornal a sério.

E me divirto muito, sem ofender o(a) trabalhador(a) quando me ligam querendo me vender a assinatura do jornaleco.

Não tripudio, mas boto os podres deles a furo.

Anônimo disse...

Por favor caro Feil, não generealize! Nem todos servidores do Estado são serviçais da Yeda e do partido dela. Alguns se prestam para tal em troca de cargos. Lembre que há uma ordem de hierarquia dentro da Polícia Civil. Quem manda são os delegados. Agentes apenas cumprem ordens, não indiciam ninguém, muito menos determinam qual enquadramento a ser feito num caso de repercussão desses. Diga então rapidez dos Delegados da Yedistas, fica mais bonito e menos generalizador. . .

Cristóvão Feil disse...

Existem os funcionário de Yeda e os funcionários de Estado.

Abç.

CF

Anônimo disse...

Os funcionários do RBS não são funcionários a Yeda, mas agem como se fossem.

Carlos Eduardo da Maia disse...

O problema do DG é exatamente esse: a generalização e o maniqueísmo. Uma coisa é certa, se não houver uma prova cabal, forte e conclusiva como o registro de uma ligação telefônica entre os que executaram Eliseu Santos e os supostos mandantes a tese do MP pode ser sim furada. O que existe até agora (e nada ainda é conclusivo) é apenas ilação.

Anônimo disse...

Parabéns ao blog -- e a outros blogs, como o RSUrgente -- que tiveram a coragem de sustentar as suspeitas mesmo no momento em que a farsa montada pelos delegados (aliados ao sub-jornalismo guasca) se apresentava triunfante. E parabéns a todos aqueles que vieram aqui, e em outros blogs, naquele mesmo momento, apoiar os blogueiros, apresentando mais argumentos e ajudando a demonstrar a fragilidade das teses da polícia e do PRBS. Todos aqueles que não acreditaram naquela versão estapafúrdia tinham razão, e muitos se manifestaram. Temos que continuar de olho nessa gente que se acha dona da informação aqui no estado.
E parabéns ao MP estadual, que fez o que lhe competia (e que muitas vezes deixa de fazer): investigou e teve coragem de entrar em conflito com esses delegados. Parabéns sobretudo à promotora que "deu a cara a tapa hoje" e foi imediatamente alvo da reação furiosa da cúpula da Polícia Civil (basicamente os mesmos que reagiam, e com a mesma fúria, às iniciativas da Secretaria de Segurança no Governo Olívio, entre as quais sempre esteve a defesa do CONTROLE EXTERNO DAS POLÍCIAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO). O Bisol tinha razão (também nisso): o controle externo das polícias pelo MP é imprescindível!
Carlos

Cristian Sangalli disse...

É verdade... dessa vez a pouca reputação que ainda restava a ZEAGA se foi...

Anônimo disse...

Engraaçdo, que para o latrocínio niguém pediu "prova cabal, forte e conclusiva como o registro de uma ligação telefônica"

Anônimo disse...

Agora concordo contigo Feil, quando mencionas servidores de Yeda e servidores de Estado. Ano que vem verás a dança das cadeiras e quem perde e quem ganha cargos no novo governo que virá. Certamente pouco mudará com quem quer que ganhe. É sempre a mesma coisa. Muito discurso bonito. . . O de sempre.

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