Notas da conjuntura
Pois, a governadora Yeda foi vaiada até pelos liberais fundamentalistas do autodenominado Fórum da Liberdade, organizado por uma rede internacional de mútuo-socorro e formulação de políticas de assalto ao Estado.
Mas não é da governadora tucana que quero comentar. O professor Cardoso, ex-presidente brasileiro, que deixou o país quebrar três vezes durante o seu mandato de oito anos (o segundo quadriênio foi comprado na bacia das almas do Congresso), falou ontem à noite em Porto Alegre.
O professor sugere que está ficando gagá. Me explico: sábado passado, José Serra fez um discurso contrito de conclamação à unidade nacional. Acusou o governo lulista de tentar "dividir o Brasil entre pobres e ricos". [Como se não houvesse um abismo oceânico entre pobres e ricos no Brasil, desde sempre.] Falou em "falanges do ódio", e condenou como "deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil. Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma nação" - concluiu o ex-governador paulista.
Isso foi sábado. Ontem, o professor Cardoso ignorou a estratégia astuta do discurso de seu companheiro Serra e garantiu que no Brasil existem "os de baixo e os de cima". E completou a sua sociologia de topógrafo: "Em geral, os que mais manipulam vêm de baixo. Os ditadores, em geral, não são os que vêm de cima". Pronto, Cardoso desmontou o discurso de Serra, "desunindo" de plano o País que o candidato presidencial tucano quer(ia) unir.
Assim, José Serra (foto) encontra-se numa sinuca de bico, não pode defender a administração cardosista, pela sua óbvia impopularidade e o contraste desvantajoso com o lulismo, e nem pode aderir às políticas do presidente Lula. Serra está numa espécie de limbo discursivo, nem ao inferno cardosista, nem ao plano celestial do lulismo de resultados. Impasse incontornável.
Enquanto isso, o maior partido político do País, o partido da mídia oligárquica e golpista (todos veteranos de 1964), procura diminuir o grau de adversidades e perrengues pelos quais passa. Em franca decadência nas tiragens e audiências, sendo superados de forma inexorável pelo avanço científico-tecnológico no modo de produção/circulação da notícia e inabilitados parcialmente no acesso ao poder de Estado, a mídia tradicional brasileira marcha para caminhos cada vez mais imprevisíveis.
Entrementes, o Banco Central não vê chegar a hora da próxima reunião do Copom, quando serão majorados os preços dos juros correntes no País, crônica anunciada ontem em Porto Alegre pelo senhor presidente Henrique Meirelles, o grande czar do capital financeiro brasuca, detentor absoluto da hegemonia político-econômica e o verdadeiro soberano do poder no Brasil.
Assim, José Serra (foto) encontra-se numa sinuca de bico, não pode defender a administração cardosista, pela sua óbvia impopularidade e o contraste desvantajoso com o lulismo, e nem pode aderir às políticas do presidente Lula. Serra está numa espécie de limbo discursivo, nem ao inferno cardosista, nem ao plano celestial do lulismo de resultados. Impasse incontornável.
Enquanto isso, o maior partido político do País, o partido da mídia oligárquica e golpista (todos veteranos de 1964), procura diminuir o grau de adversidades e perrengues pelos quais passa. Em franca decadência nas tiragens e audiências, sendo superados de forma inexorável pelo avanço científico-tecnológico no modo de produção/circulação da notícia e inabilitados parcialmente no acesso ao poder de Estado, a mídia tradicional brasileira marcha para caminhos cada vez mais imprevisíveis.
Entrementes, o Banco Central não vê chegar a hora da próxima reunião do Copom, quando serão majorados os preços dos juros correntes no País, crônica anunciada ontem em Porto Alegre pelo senhor presidente Henrique Meirelles, o grande czar do capital financeiro brasuca, detentor absoluto da hegemonia político-econômica e o verdadeiro soberano do poder no Brasil.
11 comentários:
Dona Ruth, viva fosse, ficaria muito envergonhada com o marido dela.
Como certamente ficou outras tantas vezes.
O que seria do Brasil se Lula não tivesse convidado Meirelles para o Bacen? Será que ele teria essa popularidade? Se a economia vai bem - e o Brasil vai bem economicamente desde 1994, porque continua com a mesma política já hoje consolidada -- a política também vai bem. Seria uma irresponsabilidade imensa do Lula, da Dilma ou do Serra mudar o que está dando certo. E hoje -- diferentemente de 2002, quando Lula foi candidato e havia imensa desconfiança por parte dos mercados por conta da postura do PT diante do capital e dos contratos em vigor -- essa desconfiança não existe mais. Mas sempre haverão os aloprados que querem tirar o Meirelles, talvez para se criar um clima no Brasil que propicie certos movimentos incógnitos. Talvez.
Se pudesse, Serra enviaria FHC para férias em uma estação espacial durante a campanha.
E com a véia Yeda de faxineira da estação espacial que ficaria na órbita de Mercúrio, perto do Sol, um lugar levemente aquecido.
Ah é da maia? Então porque essa oposição feroz ao gov. LULA por parte da mídia(golpista desde os tempos de chateaubriand)e de antas pequeno burguesas como o senhor, um fernandista aloprado. Meireles é "cota pessoal" dos banqueiros. LULA só tem essa grande popularidade,que apavora as viuvas de fch como o desocupado maia, porque adotou ALGUMAS medidas populares reinvindicada ha muito pelos movimentos sociais como o fim das privatizações, o crédito para quem nunca teve acesso ao crédito,fortalecendo o mercado interno e tornando a crise no Brasil apenas uma marolinha,as políticas sociais, o retorno do IMPRESCINDÍVEL investimento estatal como indutor do desenvolvimento(PAC).Falta muita coisa é verdade.Por exemplo um enfrentamento ao monopólio da midia conservadora, a pior herança da ditadura, com a revisão das concessões,punição aos que atentam contra democracia com mentiras e calúnias como veja e rede globo. Deveriam também,por exemplo, proibir a propriedade cruzada dos veículos de comunicação e muito mais.Leonel Santos -Alvorada RS
O Brasil cruzou um meridiano na era Lula.
Pela primeira vez na sua história recente (nos últimos 500 anos, porque antes não era assim) tem mais classe média C que pobre D e E.
E isso não é pouca coisa.
É algo de bom, de resgate da miséria abjeta, algo irrefutável, algo pelo qual a militãncia da nossa juventude valeu a pena.
O PT está unindo o Brasil, com a benção dos pobres, dos capitalistas e de muito burguesote metido (pois quem tem menos de 10 milhões não pode se chamar de capitalista..) em um cálido bolo de consumidores.
Vamos crescer, consumir, nos educar e ser menos tapados e malucos nos próximos anos.
Os netos do Maia daqui a 40 anos jamais acreditarão que fazendeiros barravam funcionários do INCRA, ou que refeorma agrária fosse visto como coisa de comunista.
Planejei fazer uma piada.
Iria lançar o nome de Yeda como vice na chapa puro-sangue de Serra.
Seria a piada perfeita.
Se Yeda saísse, Feijo daria carta branca para todas as auditorias das estatais e da CAGE funcionarem a pleno vapor.
Yeda afundaria com Serra e em janeiro de 2011 estaria na cadeia.
E se não saísse candidata, significaria que seu partido a rifou e que reconhece que Feijó no governo é um risco intolerável.
Seria um "garfo", machuca de um jeito, machuca de outro.
Depois me ocorreu uma idéia sombria, dessas de Edgar Alan Poe.
E se Serra-Yeda ganham, por esse infortúnios das urnas eletrônicas ?
Cruzes !!!
E se Serra veem a falecer um dia depois da posse ??
Yeda presidente !?!?! Vixe !!
Com certas coisas não se brinca, tesconjuro !
Mas qual é mesmo o prazo que Yeda tem para sair candidata a algo ?
Com Lula foi uma no cravo outra na ferradura e o Brasil conseguiu diminuir a relação dívida/PIB, mesmo mantendo os Meireles-alike no BACEN.
O problema de ser tucano é que só dão na ferradura, daí a coisa não anda mesmo, o juro come solto, a arrecadação fica comprometida, a infraestrutra não tem manutenção, e o povo só empobrece.
Digo e repito, essa estratégia de dar como certa a rejeição da população ao governo FHC pode ser tiro no pé. O governo FHC é impopular entre os petistas (embora amem a política econômica do véio). Mas foi no governo dele que as classes baixas começaram a ser integradas ao mercado consumidor. E o povo sabe disso (tanto que o elegeu duas vezes). Se eu fosse a Dilma, não confiaria cegamente nessa estratégia. Armaria um plano B.
Ô anonimo das 12:27,se fhc é tão popular assim,porque os próprios tucanos correm dele,não diria como o diabo da cruz pois o próprio demo(ex-pfl) também não quer saber do charlatão. E essa aí que o povo foi integrado ao mercado consumidor no governo fernadista é um embuste,o POVO SABE DISSO,tanto que a popularidade de fhc é proxima de ZERO.Porque o "véio" fhc não ocupa o lugar do serra e enfrenta a Dilma? Teria voto apenas de meia duzia de viúvas que foram aplaudi-lo no chamado forum da liberdade(por adimiração ou em troca de cachorro quente?).Repito, o grande sucesso do gov.LULA está exatamente naquilo que ele tem de diferente do governo anterior,da era fhc das privatizações,da roubalheira,da impunidade(a PF nunca trabalhou tanto e de forma tão independente como agora, e essa é outra vantagem do "lulismo"),dos juros altos e carga tributária recorde,do fim dos investimentos públicos(afinal o deus mercado resolve tudo né?) que gerava desemprego,excluia e limitava o mercado interno levando o país à vulnerabilidade.Tanto que qualquer crise (sei lá, na Malásia) causava pânico no Brasil.Leonel Santos-Alvorada RS
Mesmo achando, ou melhor tendo certeza, que o Maia não vale nada. Até porque se valesse não estaria trabalhando para esta velha desavergonhada que desgoverna o Rio Grande. Inverto a pergunta: Quem seria, hoje, o Meirelles se não tivesse um Amorim, UM Marco Aurélio?
Seria um merp robô do FMI, da qual o FHC está e sempre esteve refém, qurendo agradar o Clinton, a Monica Lewinski latino americana. Este é o fetiche do Maia.
Claudio Dode
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