Respingou suspeições para todos os lados
Antes que me acusem de plágio, vou dar o devido crédito à bela frase sobre Ciro, "o candidato que virou maionese". A autoria do achado é da editora de política da Folha, Vera Magalhães. Faço questão de citar a fonte para vocês verem como as agressões de Ciro Gomes não agradaram nem a direita, no caso, o jornal mais serrista do País, a Folha, jornal esse que jamais hesita, quando tem oportunidade de criar climas e cenários arranjados para desqualificar a esquerda, em especial, a candidata Dilma.
O fato é que Ciro Gomes andava falando sozinho há meses, apenas não admitia o que todos ao seu redor já adivinhavam, que a sua candidatura era como uma eterna lua minguante, tatuada num coração flechado pela vaidade e o ressentimento.
Confuso e perturbado pelo tropeço e queda no real, Ciro distribuiu de tudo, ontem. Sobrou para Lula, para Serra, para o PMDB ("ajuntamento de assaltantes"), para Temer e até para si mesmo, quando admitiu que sua vida política foi "errar por muitas siglas partidárias" e que por isso talvez encerre sua carreira pública.
Ciro tem uma trajetória política que inicia - não esqueçamos - no setor jovem da Arena, simulacro de partido auxiliar da ditadura civil-militar de 1964. Nasceu e cresceu no seio de uma oligarquia tradicional do Ceará, da cidade de Sobral. No final da década de 70, o jovem Ciro disputou e perdeu a presidência da União Nacional de Estudantes (UNE), numa tentativa mais articulada da direita de pôr termo à hegemonia da esquerda no movimento estudantil brasileiro. Já foi filiado e militante dos seguintes partidos: Arena, PDS (sucedâneo pós-ditadura da Arena), PMDB, PSDB (foi governador do Ceará pelo tucanato), PPS (a famigerada sigla do renegado Roberto Freire e do ex-governador Antonio Britto). Atualmente, Ciro Gomes está filiado ao mesmo partido do grande "líder" popular guasca, o deputado federal Beto Albuquerque, o PSB.
Definitivamente, Ciro Gomes é um homem de fases chapinhando na maionese abatumada de seus desejos.
6 comentários:
Não tenho convicção dos movimentos de Ciro Gomes.
PARA ONDE IRÃO OS ELEITORES DE CIRO GOMES? O PAPEL DE MARINA SILVA E OS MOVIMENTOS DE DILMA E SERRA.
http://miguelgrazziotinonline.blogspot.com/#ixzz0m2sULjxJ
o Brasil perde o debate.
Feil, o PSB é antes de tudo o único partido com mesmo nome e configuração partidária antes e depois da Ditadura.
E mais: é o partido do mais heráldico dos socialistas latino-americanos; único talvez comparável a François Miterrand: Miguel Arraes.
Não ter Ciro como linha auxiliar da esquerda na disputa presidencial esse ano é um erro crasso de Lula, só explicável por seu narcisismo, digamos, cardosiano.
Com Ciro na disputa, eu votaria em Dilma no segundo turno. Sem ele, não vejo porque não votar em Serra. E eu estou bem longe de ser de direita. (é que, felizmente, o país é menos preto-no-branco do que os gaúchos conseguem ler. Mineiros e Bahianos nisso leem melhor. E não me refiro apenas a políticas e ideologias. O Brasil é barroco).
Cruzes!
Quanto mais vivo...mais fico surpresa.
Quer dizer que Ciro é "socialista" desde criancinha?
Tá bom...
O Ciro queria fazer dobradinha com Aécio. Ciro é "cria" de tucano-jatinho.
Eleitores de Ciro são eleitores de Serra?
Para! para! eu quero descer!
De onde afirmam que o PSB é socialista?
PRAGMÁTICOS!
Aqui no RS é a prova concreta.
Não é de hoje...
E mais...
A Marina é outra "aparecendo".
Logo,logo... ganhará uma ONG internacional.
Pois é Lucas, difícil é procurar um motivo para um "ser" de esquerda votar no Zé Murcho. Quanto a Ciro, um político criado na Arena (PDS e PP), governador de estado pelo PSDB, candidato a presidente pelo PPS do Antonio Britto e atualmente levantando a bandeira do PSB? Olha sou gaúcho e tenho uma leitura da política que talvez não seja tão aguçada quanto a sua, mas haja mira pra ver no tucano uma alternativa ao PSB.
Saudações tricolores e vermelhas (com uma estrela no centro).
Caio
Caro,
Nosso entendimento hoje é que o PSB deve ter candidato próprio, Ciro Gomes, a fim de se fortalecer como legenda nacional. Ter vida, crescer mais, enraizar-se na sociedade e apresentar-se como alternativa nesse momento político são metas de um partido que "pensa grande". Discordamos do apoio ao PT já no primeiro turno!
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