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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Yeda dá R$ 150 mi de incentivo à multinacional fumageira


E segue o esforço do candidato José Serra em jogar a companheira tucana aos tubarões

Deu na Folha, de hoje (um jornal sabidamente serrista):

O governo do Rio Grande do Sul se comprometeu a devolver em forma de incentivos fiscais os R$ 150 milhões que a Souza Cruz gastou para construir um parque gráfico na Grande Porto Alegre. O empreendimento foi inaugurado no final de abril, mas em 2008 a empresa conseguiu recuperar R$ 59 milhões.

Para reaver os R$ 150 milhões investidos, a Souza Cruz precisa cumprir metas de pagamento de impostos e geração de empregos. Desde 1997, quando começou a participar de um projeto de incentivos fiscais chamado Fundopem (Fundo Operação Empresa), a empresa cumpriu todas as metas estabelecidas pelo governo gaúcho. O acordo entre a empresa e o governo gaúcho para o projeto do parque gráfico foi assinado há quatro anos.

A governadora Yeda Crusius (PSDB) cogitou cortar o incentivo à Souza Cruz, quando fez um projeto de reestruturação fiscal do Estado, que estava sem recursos. O corte, porém, não chegou a ser incluído no projeto enviado à Assembleia Legislativa no ano passado.

A Souza Cruz teve uma receita líquida de R$ 5,3 bilhões em 2008 e seu lucro líquido foi de R$ 1,25 bilhão.
O Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro que dá mais incentivos à indústria do cigarro. Entre 1997 e 2008, o Estado permitiu que a Souza Cruz usufruísse incentivos de R$ 1,4 bilhão -uma média anual de R$ 116,7 milhões. Minas Gerais, onde fica a maior fábrica de cigarros da Souza Cruz e da América Latina, não deu nenhum incentivo à empresa nos últimos quatro anos.

A Souza Cruz paga mais impostos em Minas, onde não recebe incentivos, do que no Rio Grande do Sul.
No ano passado, a fábrica de cigarros pagou R$ 232,43 milhões em ICMS para Minas Gerais, enquanto o governo gaúcho recolheu R$ 182 milhões -44% a menos do que o valor recolhido pela Secretaria da Fazenda mineira.

O economista Clóvis Panzarini, coordenador tributário da Secretaria da Fazenda de São Paulo por oito anos, nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, afirma que o incentivo de R$ 150 milhões para um negócio de 250 empregos não é um bom negócio para as finanças públicas.
"Cada emprego custou R$ 600 mil. Com esse dinheiro, você poderia pagar R$ 1.300 por mês para um professor por 35 anos. E ele daria aula, não fabricaria cigarro", declara.

O também economista Roberto Iglesias, um dos poucos no Brasil que estuda a indústria do cigarro, com trabalhos publicados pelo Banco Mundial, critica a atitude do governo gaúcho. "É vergonhoso dar R$ 150 milhões para uma empreendimento que gera 250 empregos. Qualquer que seja o ponto de vista que se olhe, isso não faz sentido", diz.


O incentivo à indústria do cigarro contraria recomendações da Organização Mundial da Saúde e da Convenção Quadro, o primeiro tratado internacional na área da saúde, de acordo com Tânia Cavalcanti, que coordena a área de controle de tabagismo do Instituto Nacional de Câncer.


No final do ano passado, o governo brasileiro assinou em Durban, na África do Sul, um tratado da OMS em que o país se compromete a "não dar incentivos, privilégios ou benefícios fiscais para a indústria estabelecer ou tocar seus negócios". O acordo é um detalhamento da Convenção-Quadro, acordo assinado por 192 países.


Um estudo do Banco Mundial mostra que a política de incentivos é ilusória. O governo arrecada mais impostos a curto prazo, mas no longo prazo as mais de 50 doenças causadas pelo tabaco custam mais do que o valor arrecadado. Segundo o estudo, para cada dólar arrecadado, o governo gasta US$ 1,5 com o tratamento de doenças.

O incentivo é ilusório do ponto de vista da arrecadação, segundo a pesquisa, porque demora de 25 a 30 anos para as doenças se manifestarem.
"A indústria lucra e deixa o prejuízo do tratamento para a sociedade como um todo. Não tem o menor sentido essa política", diz Tânia Cavalcanti. Para ela, o governo gaúcho "está na contramão das boas práticas" contra o fumo.

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Serra versus Yeda. Eis uma típica briga entre "escuálidos", como se diz na Venezuela chavista. Ou "briga de brancos", como se dizia na senzala do Brasil-Colônia.

Quero assistir de camarote. E "de grátis".

11 comentários:

Paulus disse...

Serra é o rei do golpel sujo, vide o que fez com o Alckimin na eleição municipal de SP, na greve da policia civil do Estado e na atual greve na USP, crusius credo se tivermos que ser governados por esse sujeito. Ninguém merece. Pensando bem, a Yeda merece e muito.

Anônimo disse...

Qual Governo incluiu a Souza Cruz no Fundopen???
Todos os anos se vê choradeira por causa de incentivos a empresa do fumo. Por que não retiram ela do Fundopen?Seria uma dor de cabeça a menos.

el barto disse...

duplinha nauseabunda, o vampiro pornográfico e a destrambelhada barbitúrica. que ambos "levem fumo".

Anônimo disse...

Olha só. Colocaram a tia caminhando sobre a água.
De quebra a outra tia velha.
Só faltou o Santana!

Getúlio.

Nelson Antônio Fazenda disse...

Yeda Crusius está
"engordando porco gordo". Há alguns anos, debatendo com um produtor de carne suína sobre a questão dos subsídios públicos á Ford, à GM e outras grandes empresas, perguntei para ele: Você engorda porco gordo? E eu mesmo respondi: É claro que não, pois não estaria ganhando nada com isso.
Pois, ao se fazer um balanço bem feito, vamos concluir que, para a sociedade como um todo, esses imensos subsídios concedidos a grandes empresas não trazem vantagem. Enquanto "engordamos porco gordo", milhares e milhares de pequenos agricultores e empresários vivem à míngua pagando juros altíssimos e pagando seus impostos em dia.
Ademais, a concessão desses subsídios aos já milionários ou bilionários, funciona como um desincentivo ao pagamento de impostos por aqueles que cumprem regiamente com suas obrigações e recebem muito pouco dos governos como contrapartida.

Germano S. Leite disse...

É fora deste tópico, mas ainda assim cabe por aqui.
Acabo de ver o deputado Beto Albuquerque, na propaganda de TV de seu partido, dizer que “enquanto os mesmos de sempre sempre brigam”, o Estado (RS) perde. “É hora de mudar isso”, de uma “terceira via”.

Engraçado, vi exatamente este mesmo discurso em 2006, oportunamente, quando Yeda fazia campanha contra Rigotto e Olívio.

Cristina Zubaran disse...

Será que a Souza Cruz investe também em planos de saúde para os agricultores?O indice de suicídio entre os jovens agricultores que plantam fumo é altíssimo.As doenças decorrentes dos minifundios fumageiros são alarmantes:falta de ar,cefaléia...Haja agrotóxico para se produzir uma folha de fumo muito boa.
A indústria fumageira mata antes e depois.

Anônimo disse...

Complementando...
E nós(gaúchos)pensamos que ainda lucramos.

plinio disse...

O Conde Zé Serra, no papel principal da comédia:"DRÀCULA E O TUCANATO BANDEIRANTE" Ainda não aprendeu contracenar com seus coadjuvantes:Alquimen(O Bonzinho),e, Yeda(A Gata Borralheira),e seus Párias do Secretariado; enquanto isso os insensatos eleitores continuam acreditando em Papai Noel e votando nestas mesmas idéias à DÉCADAS, para desespero dos verdadeiramente "DEMOCRATAS!!!

Anônimo disse...

Falando em fumo, parece que nós vamos levar o dito cujo novamente (levar fumo). O Governo do Sr. Lulinha paz e amor vai terminar com a redução do IPI dos carros e linha branca agora no final do mês e não se ouve ninguém dizer que em cotrapartida vai reduzir o IPI dos refirgerantes, bebidas alcólicas e do cigarro que foram aumentados para compensar essas reduções.
Para se ver como têm fanáticos nesse mundo, não se vê uma críticas nesses blogs de esquerda sobre esta sacanagem que estão nos fazendo. Ou vão me dizer que a esquerdalha não fuma, não toma uma caçacinha, uma ceva, um refri ou até mesmo uma água mineral? Duvido que curtam somente a canibis que não paga impostos. No DCE da UFRGS, infestado de membros da Seita, se encontrar alguém sem um pito no vão dos dedos, é porque acabou de jogar a bagana no chão.

Berninson

Germano S. Leite disse...

Berninson, tu tá fumando orégano, pelo jeito...

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