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quarta-feira, 3 de junho de 2009

70% apoiam o impeachment da governadora Yeda


Entre os que dizem que há corrupção, 55% acham que Yeda é muito responsável pelos casos, 88% defendem CPI e 70%, o impeachment

Deu na Folha de hoje (um jornal sabidamente serrista):

A 19 meses do final de seu mandato, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não conseguiu desvincular a imagem de seu governo das denúncias de irregularidades que pipocam desde seu primeiro ano de mandato. Pesquisa Datafolha mostra que mais da metade dos gaúchos (57%) acredita na existência de casos de corrupção no governo.

Yeda amarga ainda a pior avaliação de sua administração - 51% acham seu governo péssimo ou ruim. O índice de ótimo e bom ficou em 15%.

A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de maio, revela que, entre aqueles que acreditam haver casos de corrupção no governo, 70% defendem o impeachment de Yeda. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Em maio, a crise no Estado foi aprofundada por novas denúncias de caixa dois durante a campanha eleitoral tucana de 2006. Yeda classificou como "requentadas" as acusações publicadas pela revista "Veja".

"A pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

Em comparação com a última pesquisa Datafolha realizada no Estado, entre 16 e 19 de março, os números apontam que o índice ruim ou péssimo do governo tucano oscilou dois pontos, dentro da margem de erro, de 49% para 51%.

A nota média da administração de Yeda caiu de 4,3 em março para 4 em maio.
Também entre os 57% daqueles que afirmaram acreditar em corrupção no governo, 55% dizem que a tucana tem muita responsabilidade nos casos. Já 88% são favoráveis a abertura de uma CPI para apurar se a governadora está envolvida nos casos de corrupção.

Apesar de ter melhor avaliação entre pessoas com nível superior e com renda maior do que cinco a dez salários mínimos, Yeda não tem aprovação em nenhuma faixa. Ou seja, em todos os cortes pesquisados o índice de ruim e péssimo é maior que o de ótimo e bom.

Segundo Paulino, ela é a única governadora reprovada por mais da metade da população do respectivo Estado entre todos os governadores avaliados pelo Datafolha até hoje, considerando gestões atuais e passadas. Quem mais se aproximou dessa taxa, segundo ele, foi o então governador de Santa Catarina, Paulo Afonso (PMDB), com 48% de ruim e péssimo, em dezembro de 1998.

Os atritos do governo tucano começaram mesmo antes da posse. Entre os principais inimigos de Yeda está o vice-governador, Paulo Feijó (DEM).

..........................

Como se pode notar, o governador Serra continua no firme propósito de derrubar a sua colega e companheira, Yeda Rorato Crusius. São os métodos tucanos (algo florentinos) nas relações internas de camaradagem e companheirismo.

O lento e constante sangramento do governo Yeda não interessa ao projeto eleitoral de Serra. Deixa-o com o flanco sulino em situação frágil, passível das piores acusações: corrupção geral, nulidade administrativa, irresponsabilidade gerencial, desagregação política, e sistemática incapacidade de coesão e diálogo interno, entre outros múltiplos problemas e omissões.

Acima, fac-símile parcial da capa do jornal paulistano Folha de S. Paulo, edição de hoje.

17 comentários:

Anônimo disse...

"A pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo", Imagina se a imprensa daqui fosse honesta, qual seria o percentual dela?

dejavu disse...

Cada vez que aparece algo ruim contra yeda as propagandas estatais, principalmente do banrisul, recrudescem em um nível de desespero! Até quando vai ter dinheiro eu não sei!

Anônimo disse...

Caro Cristóvão,
Eu continuo com a mesma opinião 'impeachment' pra que? Vamos deixar a Yeda sangrando até o fim. Assim este povo 'politizado' aprende a votar.
É claro que sempre pode ficar pior, corremos o risco de ver ela se reeleger, mas isto é do jogo.
Também estaremos dando um tempo para que as investigações em curso se aprofundem podendo a bomba estourar próximo as eleições aí muitas máscaras caíram.
Isto pode parecer uma análise simplista e ingenua, mas é a opinião de alguem que acompanha os fatos políticos e não se pauta pelo que a nossa 'imprensa' publica.
Abraços,
José Luís.

Anônimo disse...

Se yeda não foi até agora expelida e rejeitada pela sociedade, é sinal de que a sociedade não tem pujança, critério e informação suficiente para isso.
Então yeda é detalhe, a cereja do bolo, da merda toda... e o mala é corifeu dessa cereja.

Carlos Eduardo da Maia disse...

O governo Yeda, que tem grandes dificuldades políticas por culpa da própria governadora, não é cenário de "corrupção geral, muito menos de nulidade administrativa e tampouco de irresponsabilidade gerencial. Existe sim desagregação política, e sistemática incapacidade de coesão e diálogo interno, entre outros múltiplos problemas e omissões. Do ponto de vista administrativo o governo Yeda não é ruim. É melhor do que o do Olívio e do Rigotto. Pelo menos tem mais coragem para mudar as sólidas estruturas administrativas e corporativas do Estado do Rs. A propósito foi "lindo de emocionar" ver ontem no programa do Lasier Martins, sentados na mesmo lado e quase abraçados, o Raul Pont e o Nelson Marchezan Júnior e defendendo os mesmos ideais, o teto para os nossos complicados membros do Judiciário, MP e Tribunal de Contas. Existe luz no fim do tunel da conciliação no RS.

jukão disse...

que papo de perôba, meu

olias disse...

Realmente! Acho inclusive que poderemos contar com a Fessergs através do seu combativo presidente Sergio Arnoud para mudanças na "nomenklatura" do estado(leia-se altos salários), pois por enquanto só estamos ouvindo silêncio daquele sindicato. Seria uma boa hora também para o governador da hora mandar um projeto para acabar com o salário vitalício e imoral de ex-governadores (para todos, sem exceção)!

guma disse...

sérgio arnoud? faz me rir, esse jacaré é uma piada pronta

SBENTENAR disse...

- O MALA DO MAIA, ASPONER DESTE GOVERNO, NÃO PERDE POR ESPERAR. QUANDO AS PROVAS VIEREM A PUBLICO VAI TER QUE SE CONVENCER QUE ESTÁVAMOS NUM "CENÁRIO DE CORRUPÇÃO GERAL". é AMPLA GERAL E IRRESTRITA.

Anônimo disse...

A pergunta que nao quer calar:

Quanto ganha esse idiota - pago com o NOSSO dinheiro - para defender esta vadia?

Anônimo disse...

Não é absolutamente irresponsável gerencialmente este governo, foram demitidos mais de vinte secretários, inclusive já antes da posse, por pura e simples por competência administrativa e eficaz modelo gerencial que todos saíram.

E corrupção também não existe neste governo, tudo que existe aí são simples problemas do mercado, nada que administrativamente não se possa explicar....

A Velhinha de Taubaté reencarnou...

Claudio Dode

Anônimo disse...

ASSUNTO PROIBIDO AQUI NA PAULICÉIA

Palavrão e truculência de Serra foi provocada por pergunta sobre cateterismo

Em entrevista coletiva à imprensa, o jornalista Sandro Villar, correspondente do Estadão em Presidente Prudente, foi agredido com truculência pelos seguranças de José Serra (PSDB/SP), na frente do governador, que soltou um palavrão impublicável (não é blog que considera impublicável, é que ninguém contou qual foi o palavrão para publicarmos).

O jornalista explicou o motivo ao blog viomundo, do Azenha. Segundo Villar, não faz muito tempo surgiram informações de que o Serra foi submetido a um cateterismo realizado secretamente na calada da noite.

Villar apenas queria perguntar isso ao governador para ele desmentir ou não. Mas, pela segunda vez, foi agredido pela segurança do governador José Serra.


ESTADÃO: O QUE É RUIM A GENTE ESCONDE!

Estadão, ao editar a notícia, escondeu informações

O Estadão publicou a notícia deturpada, sem contar a história direito. E de forma escondida, como uma nota no fim de outra notícia (leia aqui).

Quem lê a notícia do Estadão pensa que a truculência está relacionada à pergunta "se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência".

Só noticiou sobre a pergunta do cateterismo ao secretário de saúde, omitindo a pergunta à Serra.

Isso mostra a vontade de alguns jornalistas noticiarem, a censura de editores, e o medo de sofrerem retaliação, ao darem notícias que desagradem o governador do estado de São Paulo: José Serra.

Segue o parágrafo publicado no Estadão:

Truculência

A entrevista coletiva foi tumultuada. A segurança reprimiu os jornalistas com certa dose de truculência. O governador fugiu das perguntas políticas. Ao ser perguntado pelo repórter do Estado se faria dobradinha com Aécio Neves na eleição para a presidência, Serra se irritou. "Pensei que você veio para perguntar sobre o hospital", respondeu. Um segurança agarrou o repórter na frente do governador, que condenou a atitude do rapaz e soltou um sonoro palavrão impublicável. Já sobre os rumores de que Serra teria se submetido a um cateterismo, feito secretamente de madrugada no Hospital Sírio-Libanês, o secretário da Saúde, Luis Roberto Barradas, foi lacônico: "Imagina! Nada disso! É desnecessário".

fontes: Blog Amigos do Presidente e Viomundo

Anônimo disse...

Zero Hora não quis publicar o número verdadeiro dos gaúchos que consideram inaceitável o impeachment: 60,1% do total.

Oscar torres disse...

Fantástico...essa pesquisa deve ser falsa! Como ela tem 15% de apoio ainda?? Impossivel!!

Anônimo disse...

Aviso: a pesquisa foi realizada na av. João Pessoa em frente a Escola Estadual Julio de Castilhos...

Anônimo disse...

Eis a farsa, conforme texto reproduzido da própria versão digital do jornal:- Além disso, 57% disseram acreditar em corrupção no governo estadual — desse total, 70% defendem o impeachment de Yeda. Ainda dentro desse grupo, 88% são favoráveis à criação de uma CPI para apurar o envolvimento da governadora. Outros 55% apontam que a tucana tem muita responsabilidade no caso.. A idéia é conduzir o leitor a acreditar que 70% dos gaúchos querem o impeachment de Yeda e 88% apóiam a CPI.

. A conta é falsa.. Ora, até um menino de maternal sabe que 70% de 57% resultam em 39,9%. Isto quer dizer que 39,9% defendem o impeachment. O número é bem diferente.. Zero Hora não quis publicar o número verdadeiro dos gaúchos que consideram inaceitável o impeachment: 60,1% do total.

Anônimo disse...

Feil, você insisti nessa tese ridícula sobre o Serra contra Yeda. Estou ficando com vergonha alheia por ti. O que seria menos pior para a campanha de Serra: ter de defender um governo acusado de corrupção ou ter defender um governo que acabou em impeachment?

O DG não cansa de contrariar a lógica em nome de sua ideologia torta.

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