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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Banco Mundial cancela financiamento de frigorífico na Amazônia


Espera-se que o BNDES faça o mesmo

O Banco Mundial, através de seu setor de financiamento privado, cancelou o financiamento de 90 milhões de dólares que assinou com o frigorífico Bertin. A informação é da entidade Amigos da Terra, que pressionava o Banco para suspender o contrato. Segundo a organização de defesa ambiental, a Bertin comprava gado ilegal e adquiriu terras em áreas indígenas e para desmatamento na Amazônia. A Amigos da Terra agora espera que o BNDES também suspenda seus contratos com o frigorífico.

Outra boa notícia. As três maiores redes de supermercados do País, Carrefour (de capital francês), Pão de Açúcar (nacional) e Wal-Mart (norte-americano), suspenderam as compras de carnes das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. A decisão foi tomada após divulgação de relatório do Greenpeace.

O estudo motivou ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que recomendou a grandes redes de supermercados para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta. As informações são da Agência Chasque.

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Agora, aguardamos que o banco estatal de fomento – BNDES – também se sensibilize com a destruição ambiental da Amazônia promovida pela pecuária destinada à exportação. Uma entidade internacional como o Banco Mundial e grandes varejistas mundiais como Carrefour e Wal-Mart já fizeram a sua parte, pequena ainda, mas fizeram, dando um exemplo para o mercado consumidor de carne bovina que esquece de perguntar a origem do alimento que consome.

Se mais entidades financiadoras, as cadeias varejistas e o consumidor final exigirem certificação de origem dos alimentos consumidos se formará um círculo virtuoso de desestímulo e sanção aos agressores ambientais da Amazônia. Sem mercado garantido, eles pensarão duas vezes antes de iniciar um negócio insustentável.

2 comentários:

Jean Scharlau disse...

Terra pública (do povo), de grátis, só para quem nela vive e trabalha. E não, jamais, mais de 400 hectares!

Dinheiro público (do povo) para fomento com juros de grátis, somente para quem trabalha certo, de forma legal, moral, ecológica e que ofereça e contrate, proporcionalmente ao que ganha, significativa compensação social.

Zé Bronquinha disse...

O que é estarrecedor é que a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, de Democracia Socialista do PT, reclamou dessa decisão, dizendo que não é só no Pará que existem esses problemas, que, portanto se trata de perseguição, já que a arrecadação do ICMS cairá vertiginosamente.No que virou essa esquerda brasileira. Já sei.Virou gerenciadora do capitalismo devastador!

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