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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Nelson Jobim quando aparece, faz-se a luz


A epifania do eu

Ontem à tarde, o ministro da Defesa Nelson Jobim (foto) convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o acidente aéreo do Airbus.

Sua Excelência fez o que sabe fazer, a epifania de si próprio, “o centro sou eu, tudo o mais é periferia”. Lateralmente, então, o ministro arrolou todas as notícias e informações das últimas horas e retransmitiu à imprensa o que a própria imprensa já noticiara horas antes. Requentou o pirão e serviu como um grude inédito. Inacreditável!

Desafio que me apontem canastrão maior na política brasileira, hoje. O sujeito parece ter um pequeno gnomo dentro de si repetindo e repetindo o que seu ego assopra.

E o que o ego de Nelson Jobim assopra? – me perguntarão os mais afoitos.

- Quando Deus disse “faça-se a luz”, apareceu Nelson Jobim!

12 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não gosto do Jobim que, como presidente do STF, transformou aquela Corte num tribunal político. Mas como Ministro da Defesa ele é muito melhor do que o incompetente (mas ético) Waldir Pires. Jobim é rápido, é vapt e vupt. Toma decisões logo, fica em cima, é murrinha, é pentelho, fica cobrando eficiência e comprometimento. É exatamente esse tipo de comportamento que o gestor do serviço público deve ter no Brasil. O problema do Brasil não é ideológico (isso é assunto de século passado), mas de gestão.

el barto disse...

mais um filhote do probo senador.

Anônimo disse...

Aceito o desafio: Gilmar Mendes. Ambos derrubam Narciso e haja espelhos.

armando

Carlos Eduardo da Maia disse...

Não gosto do Jobim, mas como tenho que fazer um comentário contrariando cada post do DG, aqui vai. O Jobim presidente do STF transformou aquela Corte num tribunal político. Como Ministro da Defesa, é um bom eterno candidato a presidente, não importa se é antiético (ao contrário do Waldir Pires, esse bobo ético). O que importa é que Jobim é rápido quando interesse aos que colocaram o jabuti ali. Ele é vapt e vupt, fica em cima do muro sobre qualquer coisa que democratize o Brasil, mas aparece quando lhe interessa. É murrinha, é pentelho, fica cobrando comprometimento político, o retorno daquilo que vendeu. É exatamente esse tipo de comportamento que o gestor do Brasil deve ter. O problema do Brasil não é ideológico (isso é assunto de século passado), mas de gestão, é como uma empresa: se não está dando lucro, fecha, deveriam ter fechado a Petrobras no início, não deveria haver saúde nem educação públicas que não fossem eficientes, não dessem lucro. E como o Ministério da defesa está aí pra dar lucro, já entenderam...

edu disse...

Um conto

Era uma vez, no mundo dos gatos, em que um pais chamado MiUSA mandava e desmandava, tapeava a todos e obrigava o uso do seu “papel de troca” em todos os negócios feitos entre a gataiada.

MiUSA tinha uma empresa de comida para gatos a PapaGMgat, que depois de pegar dinheiro pelo mundo a fora estava falida, isso estava deixando as coisas ruins para os negócios, e a PapaGMgat estava quebrada e precisava anunciar isso.

Muitos problemas no reino de MiUSA.

Um belo dia dois gatos, GaChina e BrasaCat, resolveram mudar as coisas e começaram a negociar entre si com outro papel, o GaCat, obviamente MiUSA não gostou e chamou uma reunião para discutir o assunto.

A reunião foi secretíssima, nem mesmo o presidente de MiUSA estava presente, somente quem mandava estava la, 5 pessoas.

Decidiram que dariam um aviso aos “inovadores”, restava saber a qual dos dois, onde, como e quando.

Qual dos dois foi fácil, BrasaCat era o mais fraco e como era politica de MiUSA, atacar sempre os mais fracos, ficou definido que BrasaCat seria golpeado, GaChina era uma superpotência militar e MiUSA tinha medo de agua fria.

Como, um navio de MiUSA, já extratégicamnete colocado em aguas internacionais, dispararia um míssil teleguiado atingindo um voo comercial de BrasaCat. O avião se espatifaria em meio segundo, impedindo qualquer produção de provas sobre como ocorreu a destruição.

Onde? Em aguas internacionais é claro, que já estavam crivadas de navios de MiUSA, colocados la a alguns meses, as vantagens eram muitas, o navio estaria incógnito, a marinha de BrasaCat não pode questionar um navio militar em aguas internacionais, em alto mar a dificuldade de provar que o avião foi abatido era muito grande.

Quando, foi sugerido por um dos 5 integrantes, que tinha muitos interesses na tal maior companhia de comida para gatos do mundo, ele ponderou que precisava declarar a falência da empresa, mas que a noticia seria terrível para os negócios de MiUSA, decido então que no mesmo dia em que a lição fosse imposta aos “inovadores” anunciariam a falência da empresa, assim muitos nem ficariam sabendo.

Somente quem precisaria saber do “aviso” saberia, toda a mídia do mundo dos gatos estava coordenada para discutir o “mistério do voo desaparecido”.

Assim MiUSA pensava de matar dois coelhos com um míssil só, fechava todos os espaços na midia para a discussão e repercussão da falência da PapaGMgat e dava um sinal de aviso à dupla de gatinhos.

Esse é apenas um conto, somente no reino da fantasia se tira a vida de outros seres, apenas por interesses financeiros.

Anônimo disse...

A Infraero continua sendo um relicário de feudos da direita, como de resto tudo que tem a ver com transporte, sempre de guarda a manter os carteizinhos.
Quem viaja de avião, ao invés de viajar de Zero Hora, continua tendo de pousar em Florianópolis porque Porto Alegre ainda não tem o equipamento que permita o pouso em manhãs de neblina.
Isso para não falar da vergonha do Brasil que é o Tom Jobim.
Ali ocorre uma tragédia: do diretor ao faxineiro, passando pelo passageiro e pelas empresas que funcionam lá dentro, falta capricho e comprometimento com o todo. Cada um só cuida do seu. É o fracasso do tal "gene egoísta".

Anônimo disse...

Feil! Acho que ele apareceu um pouco antes. Depois apaereceu o Maia comentando. Putz.

Oscar torres disse...

Eu pensava nisso mesmo: Jobim aparece do nada, nem lembrava mais dele... nada como uma desgraça p/ se promover!

Anônimo disse...

Fustigar o Jobim não parece fazer muito sentido, pois o mesmo é ministro do melhor governo que o Brasil já viu. Os ataques pessoais parecem superficiais e vazios. O negócio é o ataque político de alto nível.

Garcia disse...

Anônimo, quando você tiver um blog faça isso que está propondo. "Ataque político de alto nível". O governo pode ser e é o melhor, mas o Jobim é um entrismo direitista no governo Lula.

LAURA disse...

...por alguns minutos ainda fiquei assistindo aquele egocentrismo, os holofotes e microfone na ribalta. me presto depois não sei pq sofro de gastrite.

Anônimo disse...

CHUPA-CHUPA NO ESTADÃO:

03/06/2009 - 19:42 - Blog do Nassif

O copy-paste do acidente
Hoje o Estadão trouxe uma matéria impressionante sobre o acidente da Air France (clique aqui), fornecida pelo seu irmão Jornal da Tarde.

Descreve os quatro minutos finais do avião, antes da queda. Atribui as notícias a investigações militares.

A sequência das últimas mensagens, obtidas pelo Jornal da Tarde, começou às 23h, 20 minutos antes do horário previsto para o Airbus ingressar no espaço aéreo do Senegal, na costa oeste da África. Por meio do sistema Acars (sigla em inglês para Sistema de Comunicação e Reporte), a tripulação informou por escrito à companhia aérea que atravessava uma área sobre cumulus nimbus - região de instabilidade formada por nuvens carregadas de eletricidade, no interior das quais ocorrem rajadas de ventos e tempestades com possibilidade de relâmpagos. Até então, não havia nada de anormal com o voo.

Teria sido um furo extraordinário do ESTADÃO, não fosse o fato de que as informações foram tiradas do site The Aviation Herald (clique aqui) e o jornal não tivesse se esquecido de mencionar a fonte.


Por Leandro Fortes
Nassif,

Um dos maiores dramas das faculdades de jornalismo (e das escolas em geral) é a terrível cultura do plágio, difundida abertamente no meio acadêmico, em alguns casos, como um expediente aceitável. Há anos, deixei de fazer trabalhos fora de sala de aula com os meus alunos para, justamente, evitar que os plágios fossem feitos. Mais ainda: me dediquei a fazer alertas periódicos sobre os efeitos maléficos do plágio sobre a formação do jornalista, além, é claro, de enfatizar as questões de mérito legal e ético. É uma luta permanente de todos os professores brasileiros, em todos os níveis de educação. Recentemente, houve um plágio escandaloso na Veja, descoberto e divulgado pela blogosfera. Agora, esse texto do Estadão. Aí, eu me pergunto: como manter em sala de aula um discurso ostensivo contra essa prática se não podemos contar com o exemplo de jornais e revistas de grande circulação, muitos dos quais encarados como referências de carreira e emprego para os alunos de jornalismo? Onde estão as comissões de ética dos sindicatos e da Fenaj? O que ensinam a respeito disso nesses cursinhos de trainee da mídia? É bom lembrar que plágio é CRIME, e que a perpetuação disso nas redações é caso de polícia.

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