O executivo que deu garantias à Yeda não garante nem o próprio emprego
É insólita a garantia do executivo da GM brasileira, Luiz Moan, de que a unidade do Rio Grande do Sul estaria a salvo. Como pode garantir isso, se nem o próprio emprego Luiz Moan pode estar seguro que será preservado? De resto, é um executivo de terceiro escalão, sequer tem alçada para afirmar (e sustentar) o que disse.
Nem o emprego do presidente mundial da GM, Fritz Henderson, está garantido.
Moan foi imprudente ao caucionar alguma coisa à governadora Yeda Crusius, e esta, irresponsável, ao divulgar a promessa vã de quem não tem a menor chance de honrar as suas promessas.
A empresa automobilística General Motors Corporation agora é um empreendimento estatal, controlado pelo Estado norte-americano. Será objeto de uma completa reformulação gerencial, administrativa e financeira, com fechamento de 40% das suas unidades fabris, escritórios e negócios correlatos, que estão espalhados por 34 países e empregam cerca de 244 mil pessoas, até o dia de hoje.
Mas a GM não é apenas a mais nova empresa estatal dos Estados Unidos, é – sobretudo – um formidável jardim de dúvidas, como diria Cioran, porque ninguém sabe o que será deste ícone do século 20, e muito menos se suspeita do que será do automóvel mesmo, a vistosa materialização do próprio espírito do capitalismo – o verdadeiro espírito que anda.
É insólita a garantia do executivo da GM brasileira, Luiz Moan, de que a unidade do Rio Grande do Sul estaria a salvo. Como pode garantir isso, se nem o próprio emprego Luiz Moan pode estar seguro que será preservado? De resto, é um executivo de terceiro escalão, sequer tem alçada para afirmar (e sustentar) o que disse.
Nem o emprego do presidente mundial da GM, Fritz Henderson, está garantido.
Moan foi imprudente ao caucionar alguma coisa à governadora Yeda Crusius, e esta, irresponsável, ao divulgar a promessa vã de quem não tem a menor chance de honrar as suas promessas.
A empresa automobilística General Motors Corporation agora é um empreendimento estatal, controlado pelo Estado norte-americano. Será objeto de uma completa reformulação gerencial, administrativa e financeira, com fechamento de 40% das suas unidades fabris, escritórios e negócios correlatos, que estão espalhados por 34 países e empregam cerca de 244 mil pessoas, até o dia de hoje.
Mas a GM não é apenas a mais nova empresa estatal dos Estados Unidos, é – sobretudo – um formidável jardim de dúvidas, como diria Cioran, porque ninguém sabe o que será deste ícone do século 20, e muito menos se suspeita do que será do automóvel mesmo, a vistosa materialização do próprio espírito do capitalismo – o verdadeiro espírito que anda.
P.S.: É hilário o eufemismo do jornal Zero Hora para definir a crise estrutural, talvez terminal, da GM: o editor do diário da RBS classifica o caso de "mau momento".
Os fac-símiles acima são da edição de hoje de ZH.
14 comentários:
Olha só, as incertezas quanto à GM do Brasil são duas:
Por uma lado, TODOS os carros fabricados no Brasil tem a sua propriedade intelectual assegurada para a Opel, empresa que a GM vendeu no final de semana, e agora se chama Magna-Opel. Portanto, a GM não poderia mais fabricar um único carro da linha atual do Brasil. Não sei como eles estão tratando isso, e nem como vão tratar. Essa é uam boa pergunta.
Por outro lado, as plantas no Brasil não foram vendidas ainda por uma razão bem simples - estão como garantia daqueles emprestimos que a gm não quer pagar (forma inclusive arrolados como ativos protegidos no pedido de falência). Ou seja, alguma decisão judicial pode, de uma hora para outra, alienar este petrimonio da gm.
Por isso, é importantissimo que o nosso Banrisul e o BRDE não deem dinheiro para esta empresa falida e de executivos reconhecidamente incompetentes.
Concordo com o Feil quando diz que devemos levar em conta a absoluta incerteza em relação a está empresa que existe ainda em função do governo americano e com Diego Chevarria alertando para a preservação do nosso tosco dinheirinho. Contudo a GM Brasil gera milhares de empregos diretos e indiretos e seria péssimo o fechamento de fábricas no Brasil. Quero ver também se os sindicados metalurgicos norte-americanos não vão chiar(+ de 20.000 familias ficarão sem sustento) e isto certamente terá repercussões. A questão é "demitem na america e a GM cria/mantém empregos em outros países!" Acho que isto vai dar pano prá manga!
Por mais que o DG e outras pessoas torçam, a GM não vai para o espaço; nem nos EUA e nem em Gravataí. A GM não faliu, ela está em recuperação judicial, ela está em concordata. E se esse processo de concordata não der certo, a GM vai ser vendida para outra montadora ou para outro grupo. Dizer que GM é ou vai ser uma nova estatal americana é desconhecer completamente o funcionamento da economia e das empresas norte americanas. É desconhecer também a cultura governamental e empresarial americana. Os EUA não são a França. A GM pode até ter incentivo do governo na concordata, mas nunca se transformará numa estatal. O que pode ocorrer é a GM ser vendida ou ingressar numa nova parceria com alguma companhia estrangeira, como ocorreu com a Dodge. Parece que o Diego Chevarria leu integralmente o contrato que transferiu a Opel européia para outro grupo. Um contrato desse tipo não é uma simples compra e venda, ela é também um contrato de parceria, de participação, etc... Duvido que os executivos da GM tenham passado para a Opel os modelos de carros brasileiros.
Maia, as tuas dúvidas são as minhas certezas.
QUERO SABER DO DINHEIRO DA CRT!!!
Quero saber do $$$$ que nao existia pra educaçao, mas pra GM teve!!!
E agora José???? (ou seria antonio? rigoto? yeda?).
O RIO GRANDE QUER SABER DOS "LIBERAIS":
!!!!QUEM VAI PAGAR O EMPRESTIMO DA GM!!!!
P.S. quem "da" emprego é empresa que gera resultado, empresa falida gera DESEMPREGO.
O Maia ignora que incentivo fiscal dado à GM foi implementado mediante adiantamento cash.
Como nenhum estado da federação pode deixar de cobrar ICMS, existe uma legislação do CONFAZ que impede isso, incentivo fiscal é sempre adiantamento em $$ vivo.
A GM é nossa devedora por obra e graça desse tipo de pamonha, que não é de piracicaba, é pamonha gaúcho.
A fábrica da GM/Opel/PQP Car precisa funcionar até 2018 para pagar a gentileza feita pelo Ka-Brito e mais outro quinquênio para pagar o que o Bocó-boto lhe adiantou para a expansão da linha de montagem.
O Maia vinha subsidiando a GM americana esses anos todos e jamais desconfiou do "como é grande" enfiado no seu bolso.
O Maia é tão sabido!... rs
É só ler os jornais, o governo norte americano comprou 60% da "Nova GM". É ESTATAL.
O Maia está com o Detran na cabeça...
Claudio Dode
Como dizem por aqí na Zoooropa:
"GM - Government Motros".
Adeus ás mentiras dos ladroes, tipo privatizar + globalizar + terceirizar + reengenharia + ...
É tudo roubo, meter a mao no dinheiro do povo.
E fim de papo.
Inté,
Murilo
Maia, meu querido. O post em quase nada se relaciona com o que tu pensa, sinto em te dizer. O post se relaciona com o fato da produção de um bem simbólico. Um jornal compromeetido que acha na entrevista do cara da GM um motivo para trazer Yeda de maneira positiva para os leitores.
E poucas pessoas podem comprovar se este telefonema de fato houve, acho que não, porque em todos os sites grandões e em algumas notícias de televisão mostrava esse cara da GM dando uma coletiva, ou nem era ele e sim um outro. Mas enfim, o bem foi produzido, meio mortinho mas tá lá.
Grupo (+38)
E como é que a GM se garantiu no Rio Grande do Sul até agora? Não foi com o parco dinheirinho do Estado, dos gaúchos?
O mesmo dinheiro que continua a faltar para uma saúde pública de qualidade, para uma educação pública de qualidade, para o saneamento básico "y otras cositas más" de que a gauchada tanto precisa.
Lembremos:
o empréstimo inicial, com recusos oriundos da privatizaçao da CRT, foi de 253 milhoes de dolares, em torno de 500 milhoes de reais.
Chega me dar uma angustia no peito ao pensar tudo o que poderia ser feito pela econmia de TODO o Rio Grande, apenas com essa 1° parcela.
A GM no RS não vai se abalar, a "progenitora" vai garantir.
E o casa para todos?
Claudio Dode
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