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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Governadora se diz escravizada


Pura realidade ou mera fantasia?

Sabe-se por experiência empírica que a governadora Yeda Rorato Crusius (PSDB) não é dada a explicar nada. Ora por simplória, ora por malícia a governadora não dá conseqüência ao que faz ou que diz. Comprou uma casa de valor expressivo, dias antes de assumir a chefia do Executivo estadual, e – passados dois anos, praticamente – ainda não quis ou não conseguiu convencer ninguém sobre a lisura daquela aquisição imobiliária.

Horácio, o escritor e poeta romano, diria que a governadora está sub judice moral da sociedade sul-rio-grandense, no que se refere ao tema da casa própria.

Esse é apenas um tema que se soma aos tantos que se empilham na pasta de assuntos pendentes do governo tucano no Rio Grande do Sul. Seria cansativo nomear o longo rol neste que se quer ameno blog.

Ontem, entretanto, a governadora, certamente, achando que a lista é pequena, ou que a paciência pública seja infinita, juntou mais uma sentença incompleta ao seu repertório de absurdidades. Na entrevista ao jornal ZH dominical, a governadora afirmou, de passagem, que “foi muito escravizada nestes dois anos”. Mais não disse, porque mais não lhe foi perguntado (os profissionais da RBS são "ótimos").

“Escravizada” é o particípio do verbo escravizar. Verbo conjugado no particípio assume característica de adjetivo, ou seja, empresta qualidade à ação. Logo, a governadora está se autoqualificando como uma escrava, uma mulher em cativeiro, oprimida moral ou espiritual de alguém ou de algo. Mas o verbo escravizar é transitivo, exige complemento para que consiga exprimir a ação de forma completa. Quem escraviza? Quem se submete à condição de escrava? Quem se submete à opressão física ou moral é a governadora, mas quem a está submetendo? Que agente público ou privado exerce dominação física/moral/espiritual sobre a senhora Yeda Rorato Crusius?

A se confirmar a revelação da governadora, temos uma dirigente pública que está sofrendo constrangimento de origem desconhecida, mas que necessita complementar melhor a sua natureza para que, sobre os seus atos, não paire nenhuma ilegitimidade (ou ilegalidade) decorrente da sua condição (manifesta) de escrava.

Se as explicações devidas não surgirem, estaremos livres para concluir que essa história de escrava é apenas uma fantasia marota que escapuliu dos sonhos desejosos da governadora guasca.

16 comentários:

Omar disse...

Enquanto isso:

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2008

IEE aborda História do Liberalismo

O secretário estadual da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS, Fernando Schüler, participa hoje, a partir das 19h, na Sala de Convenções do Iguatemi Corporate, de jantar-debate fechado para associados, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). Schüler irá falar aos membros do Instituto sobre o tema 'A História do Liberalismo'.

Anônimo disse...

Melhor foi saber do conselho de notáveis que auxiliam a governadora a "cravar" o povo gaúcho.


sil

Anônimo disse...

Feil, se algum autor quiser escrever a memória deste governo tucano, o mais desastrado do RS em todos os tempos, é só vir aqui no seu blog e recolher as suas anotações diárias. Está tudo aqui mastigadinho e explicadinho.
Parabéns!

Anônimo disse...

a véia também tem desejos e fantasias com vampiros e chupadores de sangue como ela mesmo disse antes de assumir o governo.

Anônimo disse...

Nao esta no tempo de organizarmos uma visita ao promotor responsavel pelo caso da "casa da coisa ruim"?

E o tribunal de contas? O que diz? Onde anda o processo que investiga o caso de corrupçao mais sério da historia moderna do Rio Grande??

Anônimo disse...

Ela foi escravizada pelo detran, daer, Banrisul, casa mal assombrada(explicada).

Ela devia é estar presa.

Só no PRBS acontece uma loucura como esta.

Chamem o papagaio!

Claudio Dode

Anônimo disse...

Escrava?
De quem?
Nossa?
Vamos "açoitá-la"?
"Quero açoitá-la... Quero ver sua reação sob a chibata. Quero sentir o meu chicote pegando em seu lombo pra valer mesmo..."

Anônimo disse...

Suzie, cuidado que ela 'garra carinho...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Edu, o caso da casa da Yeda está com o Geraldo Da Camino. Ele está analisando os papéis e vai dar em seguida o seu parecer. Se houve crime não foi corrupção, mas sobra de campanha. E o PT velho de guerra sabe muito bem o que é isso.

Anônimo disse...

Edu, sou muito parceiro dessa visitinha ao promotor!

Anônimo disse...

Ei, ei! Se ela foi escravizada eu tenho um crédito de 10 chibatadas naquele lombo de madeira! Quero bater na escrava cara-de-pau!

Anônimo disse...

A Yeda é incrível...consegue me surpreender sempre!! Quando penso que nada há de novo ela vem c/ isso aí!!
Análise do "governo" dela saiu do campo político: ela é maluca ou pilantra mesmo????

Anônimo disse...

Maluca ela não é, pois maluco rasga dinheiro e não se dá aumento de 143%.
A nefasta é pilantra mesmo e num país socialmente desenvolvido (parafraseando o bichinho escroto aquele que a toda hora está atucanando neste blog com seu lero-lero inconseqüente) já estaria atrás das grades, juntamente com sua "tiurma".

Anônimo disse...

O senhor da escrava e a RBS e os grupos econômmicos guascos. Os mesmos que promovem organizações surreais como o Instituto de Estudos Liberais. Só para lembrar em uma das atividades promovidas por esses senhores foi defendida as virtudes do trabalho infantil além de todo o receituário que acabou de levar o mundo a hecatombe econômica atual.

Anônimo disse...

Estou com o Dode. A dita está na mão dos quadrilheiros...

Anônimo disse...

Par quem interessar possa..sobre e campanha é crime....mas o pelego do Maia está sempre pronto a defende seus donos...

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