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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Roda Morta


Gilmar Mendes & amigos

Hoje, na TV Cultura, programa Roda Viva, o entrevistado é o ministro Gilmar Mendes. Até aí nada demais. Eu bem que gostaria de ouvir o tucano Mendes falar sobre si e sobre o Brasil. Afinal, Mendes, hoje, é a própria encarnação do pensamento de direita no País. É aguerrido nos seus propósitos, milita com força e determinação, como se diz. Certa feita, chegou até a determinar ordens ao próprio presidente Lula, que o obedeceu pressuroso.

Ocorre que o programa Roda Viva é de cartas marcadas. O time de entrevistadores é formado dos tipos mais carimbados do PIG. Cito dois: Eliane Cantanhede e Reinaldinho “Quico” Azevedo. É pra vocês verem com quem estão tratando.

E a direção do programa é do “escritor” Paulo Markun, aquele carinha que escreveu uma biografia da heroína Anita Garibaldi (que eu li, acreditem!). A folhas tantas, Markun conceitua o movimento carbonário na Itália, século 19, do qual fez parte o mercenário Giuseppe Garibaldi: foi um grupo de rapazes que comiam massa à carbonara. Eu tinha esquecido disso. Fui lembrado pelo blog do Mino, que também faz um juízo pouco edificante do coordenador do Roda Viva.

Enfim, como diz o Mino, o tucano José Serra está mostrando como (não) se faz uma emissora estatal (Fundação Padre Anchieta) em São Paulo.

Imaginem esse mafuá tucano voltando ao poder em 2011. Vou morar em Macau.

13 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Eduardo da Maia disse...

Não percam, a partir de 2.011 o DG direto de Macau.
E o 花蓮民宿黃頁 ai de cima fazendo história.

Anônimo disse...

Basta ver o que está acontecendo no RS. A plumagem tucana é tóxina e prejudicial a vida, humana ou animal. Fica a torcida que o Brasil não siga o triste caminho o RS.

Anônimo disse...

Mas então o debate de ontem, na Band, foi uma prévia do que veremos hoje.

Guilherme disse...

Cristóvão,

Recomendo a leitura do post do Idelber sobre o assunto (http://www.idelberavelar.com/archives/2008/12/gilmar_mendes_entrevistado_na_tv_dantas.php)

Abraço e DÁ-LHE GRÊMIO!!!

Anônimo disse...

ESTOU morando em Macau!

Anônimo disse...

Grande Cristovão, só fazendo uma correção no seu texto, o diretor do programa Roda Viva é Marcelo Bairão e o Markun é simplesmente o Superintendente da Fundação Pe. Anchieta.
Vou assistir para ver se eles respondem as perguntas feitas por e-mail, é uma tonelada.
Um forte abraço
Cido, SP

Anônimo disse...

Cido, o nome do emplumado é Marcelo Beirão.

Anônimo disse...

JJ disse, é Marcelo Bairão, isto mesmo Bairão, também estranhei, acabei de checar no site:
http://www3.tvcultura.com.br/ombudsman/,

mas não importa o programa contina sendo "Roda Morta"
Abs JJ

Cido

Anônimo disse...

Como os tucanos são 100% Thanotos e o governador de São Paulo instituiu a prática sanguessuga já no Ministério da Saúde, por onde passam, eles acabam com a vida. Um exemplo é o programa que era Roda Viva.
Ainda bem que o brasileiro está mais para Eros, enquanto os gaúchos continuam na patinação.

Ainda bem que temos uma condidata a altura de dar continuidade o projeto do Presidente Lula.
Clarice

Anônimo disse...

Massa à carbonara.... kkkkkkkkkkkkkkkk......massa à carbonara...o pior tem gente que acreditaaaaaaaaaaaaa, inclusive se uma vez não tivesse me calado sobre o absurdo, penso que teria levado umas pauladas, nada como o tempo rssssssssssssss.....

Anônimo disse...

Rivera fica mais perto Feil. Pensa nisso. Abç.

Anônimo disse...

15/12/08 22:58

Gilmar Mendes no Roda Viva


Liguei agora a televisão na TV Cultura, no Roda Vida. É o que se esperava.

O blogueiro de Veja diz que o caso Andréa Michel (a repórter que escreveu sobre a Operação Satiagraha) não tinha pé nem cabeça. Se tivesse que alertar Daniel Dantas, muito mais lógico fazê-lo privadamente. Vale-se, na televisão, da lógica linear que o caracteriza.

Não vou entrar em teorias conspiratórias sobre a reportagem nem defendo a prisão da jornalista. Mas a reportagem serviu de álibi para que Dantas acionasse tribunais para romper o sigilo das investigações. Em São Paulo, todos os juízes de primeira instância foram questionados sobre a existência ou não do inquérito. Esse movimento só foi possível porque a notícia foi publicada. Portanto, a bola que o blogueiro levanta é falsa.

Depois, vem a história da tentativa de prisão de Andréa. Ora, é de conhecimento geral que o pedido foi negado pelo juiz De Sanctis. Assim como negou o pedido de busca e apreensão formulado pelo Ministério Público.

Mas Gilmar Mendes diz que soube – mas não tem certeza – de que De Sanctis só negou o pedido porque foi uma comitiva de policiais especiais para solicitar que não acatasse o pedido.

Gilmar não afirma, diz que é possível que.... Não tem vergonha de continuar recorrendo ao jogo de suposições e de insinuações.

O caso do grampo

Gilmar é questionado sobre o caso do grampo. Quando o tema esquenta, Márcio Chaer muda totalmente o assunto para o caso do ativismo do Judiciário.

Gilmar e os advogados

Pergunta objetiva de Eliana Cantanhede, mostrando que Gilmar se colocou contra a Polícia Federal, os juízes de primeira instância, procuradores, associações. Ficou só ele ao lado dos advogados. Seria sinal de que todo o sistema é comprometido e só ele certo?

Resposta de Gilmar: o papel do magistrado é ficar contra o que todos querem.

Eliana insiste: o senhor fica contra todos mas ao lado de advogados que ganham milhões para livrar seus clientes.

A resposta é que o STF libertou pessoas presas por furtar chinelos. Usou o princípio da irrelevância para comparar os dois casos.

Eliana insiste que ele quer fazer justiça mas está condenando toda justiça brasileira.

As perguntas

Lilian termina o programa se desculpando pelo fato de não terem sido feitas perguntas de telespectadores, mas garantindo que elas serão encaminhadas ao Ministro. Pergunto: para que?

Por willy

Nassif,

Olhe isso aqui: clique aqui.

Por Xikito Affonso Ferreira

Vergonhosa, infame a associação feita por Reynaldo Azevedo entre os habeas-corpus dados por Gilmar Mendes a DD e a supressão do direito de HC estabelecida pelo AI-5.

Nos casos de 2008 tem até vídeo do oferecimento de propina à PF.

A ditadura suspendeu o direito de HC até de gente que apenas discordava em pensamento.



enviada por Luis Nassif

16/12/08 11:56

Roda Viva e o caso Diamantino



Por Leandro Fortes

O filtro de perguntas montado pela direção do programa Roda Viva durante a entrevista do ministro Gilmar Mendes separou, entre aquelas enviadas por telespectadores, uma que, supostamente, se referia à reportagem "Nos rincões dos Mendes", publicada na edição número 522 de CartaCapital, de minha autoria.

Na época, estive em Diamantino (MT), terra de Gilmar Mendes, que há oito anos era dirigida pelo prefeito Chico Mendes, irmão do presidente do STF. A matéria resume a história de dominação coronelista da família Mendes no município, as muitas falcatruas protagonizadas pelo prefeito e a ampla atuação política de Gilmar Mendes em prol do clã do qual, ferozmente, faz parte.

A certa altura da reportagem, eu escrevi o seguinte: "O futuro prefeito, Erisval Capistrano, estranha que nenhum processo contra Chico Mendes tenha saído da estaca zero e atribui o fato à influência do presidente do STF".

Mais adiante: "Segundo Capistrano, foram impetradas, ao menos, 30 ações contra o irmão do ministro, mas quase nada consegue chegar às instâncias iniciais sem ser, irremediavelmente, arquivado". Pois bem, e qual foi a pergunta selecionada pelo Roda Viva? Algo assim: "O sr. tem alguma idéia do porquê das mais de 30 ações impetradas contra o seu irmão ao longo dos anos jamais terem chegado sequer à primeira instância?". Ora, eu jamais escrevi isso. Mas Gilmar Mendes aproveitou para relacionar a formulação equivocada (deliberada?) da pergunta para insinuar que ela estava sintonizada com o "nível" da revista (a Carta) que publicou a informação. E foi em frente.

Ninguém mais tocou no assunto. Nem nas demais denúncias levantadas pela revista sobre o escolinha de direito de Mendes em Brasília, montada a preço de banana e com contratos sem licitação. Nem das relações de Mendes com o coronel Sérgio Cirillo, ligado a Hugo Chicaroni, condenado por subornar um delegado federal em nome de Daniel Dantas. É a falta que faz uma bancada bem informada de jornalistas de verdade, dispostos a fazer jornalismo de verdade. Não fosse a atuação de Eliane Cantanhêde, aquilo teria sido o funeral simbólico do programa.





enviada por Luis Nassif

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