Custo da guerra no Iraque poderia atender 530 milhões de crianças
Quanto custa a guerra no Iraque? Caro, muito caro. E não apenas para a economia americana. É o que afirmam Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, e Linda Bilmes, professora em Harvard em livro lançado nos EUA. Segundo os autores, os custos da guerra já ultrapassam os três trilhões de dólares. Os autores atacam ainda o mito de que a guerra é boa para a economia americana. A informação é do jornal Le Monde, de 28 de fevereiro último.
Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, e Linda Bilmes, professora em Harvard, especialista em questões orçamentárias, estimam que a guerra já custou três trilhões de dólares aos Estados Unidos em um livro intitulado The Three Trillion Dollar War : The True Cost of the Iraq Conflict (Os três trilhões de dólares da guerra: o verdadeiro custo do conflito no Iraque). Uma comissão do Congresso ouvirá Joseph Stiglitz e se espera que ele repita o que escreveu no livro: Bush tem mentido sobre os custos da guerra no Iraque.
O custo das operações já ultrapassou o de doze anos de Guerra do Vietnã, e é o dobro do custo da guerra da Coréia. Os Estados Unidos gastam com a guerra US$ 16 bilhões por mês, o que equivale ao orçamento anual das Nações Unidas. Joseph Stiglitz e Linda Bilmes afirmam que os três trilhões de dólares poderiam financiar a construção de 8 milhões de casa, 15 milhões de professores, atendimento a 530 milhões de crianças, bolsas para 43 milhões de estudantes, oferecer uma cobertura social por cinqüenta anos para os norte-americanos. O Prêmio Nobel observa que os Estados Unidos desembolsa apenas US$ 5 milhões para assistência da Aids na África.
Os autores abordam o mito de que a guerra é sempre boa para a economia. Um dos objetivos da guerra seria o de garantir os suprimentos de petróleo. Em cinco anos, o barril passou de US$ 25 para US$ 100, destaca o Prêmio Nobel da Economia. "As pessoas não esperavam que a economia substituísse a guerra como tema nas eleições", diz Joseph Stiglitz no Guardian. Uma das lições do livro é mostrar que a guerra e a situação econômica dos Estados Unidos não são duas questões distintas, mas estão juntas.
Os custos da guerra ultrapassam a economia americana e atingem o sistema global. Como os Estados Unidos não tem poupança, a administração Bush teve que contrair empréstimos no exterior, como da China, por exemplo, observaram os autores. "O déficit na América é tal que ela não pode salvar os seus próprios bancos". Instituições como o Citigroup e Merrill Lynch, que eram o orgulho de Wall Street foram forçadas a mendigar fundos dos asiáticos e do Oriente Médio para não afundar, correndo o risco de perder a sua independência.
2 comentários:
E tem fascistinha de aluguel que ousa defender esse (des)governo do Bush Jr. O "Império" com suas "guerras preventivas" barbarizam no Oriente, na Ásia e, agora, via Colômbia (Israel da A.Latina) querem implantar a terra arrasada.
Não ao fascismo fundamentalista norte-americano.
armando
É a o início da decadência do Império Americano, como todos os impérios da nossa história, começa apodrecer por dentro.
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