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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 26 de março de 2008


É a economia de guerra, estúpido!

Os delírios guerreiros e imperialistas dos atuais ocupantes da Casa Branca estão levando não só os Estados Unidos, mas o mundo financeiro global à bancarrota. Alan Greenspan chegou a afirmar semana passada que estamos vivendo a pior crise capitalista, desde o final da Segunda Guerra. Só que poucos admitem – como o professor Joseph Stiglitz – que a crise tenha raízes fundas na aventura iraquiana de Bush, onde já foram consumidos insanamente cerca de três trilhões de dólares.

Leia o que diz hoje Martin Wolf, do Financial Times, considerado um dos livros sagrados dos financistas globais.


Recordem a sexta-feira, 14 de março de 2008: foi o dia em que o sonho de um capitalismo de livre mercado e alcance mundial morreu. Por três décadas avançamos na direção de sistemas financeiros propelidos pelo mercado. Com sua decisão de resgatar o Bear Stearns, o Federal Reserve (Fed), instituição responsável pela política monetária dos Estados Unidos e principal defensor do capitalismo de livre mercado, decretou o fim de uma era.


O banco central americano mostrou em forma de ação sua concordância com o sentimento expresso por Joseph Ackermann, presidente-executivo do Deutsche Bank, ao declarar: "Não acredito mais que o mercado possa se curar sem interferência". A desregulamentação encontrou seu limite.

Portanto, está atualíssima a imagem da fotografia acima, é só retirar Vietnam e colocar Iraq na faixa carregada pelas bravas pacifistas. Muito embora, a crise financeira global, hoje, tenha contornos muito mais ameaçadores (porque estruturais) do que os de 68.


2 comentários:

Anônimo disse...

Que a previsão se confirme. Talvez, a crise do capitalismo seja a parteira de uma era mais justa.

armando

Carlos Eduardo da Maia disse...

O que o FED fez em relação ao Bear Sterm foi exatamente o que fez o governo FHC (tido como neoliberal) no famoso PROER. Nenhum mercado deve ser completamente livre. Se uma ou outra empresa ou financeira vai à bancarrota cabe ao poder público, ao Estado, ao governo responsável, intervir em nome do interesse público.

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