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quinta-feira, 4 de outubro de 2007


CPI dos Pedágios descobre "conquistas" da Univias

Depois de acessar a parte dos autos do processo criminal 2001.71.08.003072-2, da Justiça Federal de Novo Hamburgo, cuja existência, inicialmente, havia sido negada pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), a assessoria jurídica da CPI dos Pedágios confirmou aquilo já suspeitava: a fraude com notas fiscais, envolvendo a construtora Sultepa e outras 24 empresas, chega a R$ 33,5 milhões. A revelação foi feita na tarde desta quarta-feira (3/10) pelo presidente da comissão, Gilmar Sossela (PDT). Conforme o deputado, as notas são dos anos de 1997 e 1998 e foram emitidas em favor da Sultepa, que integrava o consórcio Univias.

"Não há a menor dúvida de que este fato é gravíssimo e justifica a prorrogação dos trabalhos desta CPI por mais 60 dias", defendeu o deputado Dionilso Marcon (PT). O petista também reivindicou a quebra dos sigilos fiscal e bancário da Univias, lembrando que esta é a segunda vez que a Assembléia toma conhecimento de fraudes comprovadas envolvendo a Sultepa. "Na primeira vez, disseram que eram só duas notinhas de apenas uma empresa. Agora, descobrimos notas falsas de 24 empresas. A quebra do sigilo, portanto, é obrigatória", observou Marcon.

O parlamentar lembrou que, em agosto, foi procurado pelo empresário Fernando José Rolla, dono da empresa Casa de Campo, que acusou a Sulpeta de clonar uma nota do seu estabelecimento. A empresa, especializada na venda de material de construção, não comercializa madeira, areia, cimento, telhas, brita e granito, como descrevia a nota fiscal. O empresário também negou que tivesse feito qualquer negócio com a Sultepa. "Tudo indica que isso foi feito para aumentar de, forma fraudulenta, os custos das concessionárias e elevar o preço das tarifas. Esta falsificação foi montada para as empresas induzirem a população a acreditar que elas gastam mais do que realmente gastam", opinou Marcon.

A deputada Marisa Formolo (PT) acredita que a divulgação de oito volumes de processo com cópias de notas falsificadas demonstram que a CPI não pode interromper seus trabalhos neste momento. "Os deputados que se recusarem a aprovar esta prorrogação estão negando aos gaúchos o direito de conhecer a verdade", destacou a parlamentar.

O requerimento de dez deputados solicitando a prorrogação dos trabalhos da CPI será votado nesta quinta-feira [hoje], às 11h, em reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça.

Texto da jornalista Luciane Fagundes, exceto o título.


3 comentários:

Anônimo disse...

Cristóvão,

Uma pequena correção: o nome dele é FERNANDO JOSÉ ROLLA (com A no fim).

Ele é pai de um dos meus melhores amigos, o Luciano, executivo da Petrobras Energia. Nos criamos juntos no bairro Auxiliadora.

O Fernando é sobrinho do lendário Foguinho, Osvaldo Rolla, ex-jogador, técnico e comentarista de futebol.

Ele é dono da Casa de Campo, que é uma empresa 100% idônea, na entrada do Guaíba Country Club, em Eldorado do Sul.

Anônimo disse...

Obrigado, Hélio. Já corrigido. O seu Rolla é uma legenda no futebol do Rio Grande do Sul. Foi um grande jogador, um grande técnico. Eu o via sempre na rua da Praia, caminhando, conversando com os amigos e admiradores. Já estava veterano quando o conheci. O Foguinho, acredito, é uma das poucas unanimidades no RS. Acho que não estou errado.

Anônimo disse...

Esta "contribuição" da Sultepa tem tudo haver com o post "Sob o signo da Vigarice". Pois é, parace ser muderno aplicar a velha idéia de "acumulação primitiva" do também velho barbudo que se recusa a envelhecer.

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