Bancada ruralista emperra combate ao trabalho escravo
Os parlamentares da chamada bancada ruralista dificultam a votação de matérias relacionadas à reforma agrária, influenciam nas decisões sobre a indústria da biotecnologia e emperram o combate ao trabalho escravo. De acordo com o cientista político Edélcio Vigna, assessor da ONG Inesc, o grupo representa apenas 23% da Câmara dos Deputados. No entanto, a bancada é muito articulada e consegue mobilizar outros deputados em torno de seus interesses. Como exemplo, está a articulação para barrar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que prevê o confisco, sem direito a indenização, de propriedades que utilizam trabalho escravo.
Segundo pesquisa do Inesc, existem hoje 116 deputados na bancada ruralista, um crescimento de 58,9% em relação à legislatura anterior, certamente fomentados pela presença de um ativista do agronegócio como o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que ocupou o importante cargo na Esplanada em todo o primeiro mandato do presidente Lula.
2 comentários:
Pois é. Os canalhas estão levando vantagem. Ou ampliamos a luta de movimentos como o MST, ou a canalhice se instala como política pública.
É uma das disputas políticas mais importantes da história brasileira. Infelizmente, ainda não vi sinal de que a rede de televisão de maior audiência esteja nos apoiando.
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