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terça-feira, 7 de julho de 2009

Você sabe a origem da carne que come?


No Brasil, ninguém pode saber a origem da carne

De acordo com uma investigação feita pelo jornal Folha de S. Paulo, as carnes vendidas em grandes redes de supermercados como Wal-Mart [no RS adota o nome fantasia Nacional e BIG], Carrefour e Pão de Açúcar não possuem, em seu rótulo, a origem do produto. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e os supermercados, os consumidores não têm como saber de forma exata a procedência das carnes que compram. A informação é do portal Amazônia.org.

Em entrevista ao jornal, Daniela de Fiori, vice-presidente de sustentabilidade do Wal-Mart Brasil, explica que a única forma, hoje, de os consumidores terem garantia de não compactuar com o desflorestamento da Amazônia é frequentar mercados em que confiam. No entanto a reportagem da Folha encontrou carne de frigorífico do Pará no Wal-Mart do Morumbi (zona oeste da capital paulista). As peças foram embaladas em maio (antes das denúncias). Também havia carne de frigoríficos de outros Estados da Amazônia Legal.

Além do embargo ao Pará, a representante do Wal-Mart diz que as três redes exigem, agora, que os frigoríficos contratem auditorias. "Dada à gravidade das denúncias, entendemos que não há outro caminho, mesmo que isso custe para o setor. As outras medidas [como a suspensão da compra de carne do Pará] são paliativas."

O Carrefour, por meio de assessoria de imprensa, disse que 40% da carne comercializada por ela têm um selo de origem na embalagem. Essas carnes, diz a empresa, são totalmente garantidas, inclusive do ponto de vista ambiental.

Em outros produtos, como os embalados a vácuo, existem normalmente apenas o nome da cidade onde o frigorífico fornecedor opera. Ou seja, mesmo conhecendo muito a geografia brasileira, é complicado saber se determinada cidade está localizada na Amazônia ou não.

"Nós não suspendemos a compra pelo CNPJ dos fornecedores. O controle é feito pelo número do Serviço de Inspeção Federal (SIF), ele que é importante [para rastrear o animal desde o local onde nasceu]", diz Nelson Raymundi, gerente de comercialização de carnes do Grupo Pão de Açúcar. Ele afirma que a maior parte da carne da rede vem do Mato Grosso (que faz parte da Amazônia Legal), Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o Pão de Açúcar, sua etiqueta Taeq, que representa 3% das carnes vendidas, é a única que tem 100% de controle.

19 comentários:

Maurício Santos disse...

O melhor mesmo é não comer. Meat is murder.

Laura Peixoto disse...

Por isso q ñ como carne.
Embora as costelinhas me tentem...

André F. disse...

Mas também não dá pra se fiar em assessoria de imprensa de empresa...A carne nunca é bem garantida.Embutido então alcança o risco total,pois o recheio,que já é sabidamente de restos brabos tem os tempêros prá mascarar ainda mais o conteudo...E o nosso paladar já não percebe mais as adulterações no sabor...Essas galinhas chegam a feder a hormonio e quimica .Com o dominio dessas grandes redes acabaram com a oferta de carne vinda de sítios próximos,mais saudável e fresca.O sangue também fede a "remédio"e destila esse cheiro durante o preparo...

André F. disse...

...E, Segundo ZÁNDOR MARÁI,A CARNE entra e não sai"!!...

Anônimo disse...

Não seria Sándor Marái??????????

Anônimo disse...

Compre carne de produtores pequenos.
Na feira de sábado aqui perto de casa tem um casal que vende sua produção de queijo, salames e carnes.

sil

Carlos Eduardo da Maia disse...

O certo é Sándor Márai, esse burguês húngaro, recém descoberto no Brasil, vítima do socialismo real, é mesmo fantástico. Ele chega perto do monumental Dostoievski. O texto dele é vibrante, claro, direto no ponto. Recomendo três livros dele: De verdade, As Brasas e Confissões de um burguês.

Se existe algo que melhorou no Brasil nas últimas décadas é a qualidade da carne. Lembro que fazer churrasco na praia na década de 80 era muito complicado, a carne era dura e ruim. Hoje se consegue em qualquer mercado de esquina uma boa carne, macia, tenra, deliciosa. Mas pode dar zebra.

sergio disse...

carne macia, tenra, deliciosa... mas de gado criado em áreas de grilagem, pastagens que ocupam lugar da floresta milenar.

a carne que comemos tem gosto de destruição e vigarice do agronegócio

Rafael Conter disse...

Não saber a origem foi justamente o que me fez parar de comer carne.

Agora que vi que não sinto falta, não teria vontade de comer nem se soubesse.

Anônimo disse...

Primeiro sintoma da boiolice é virar vegetariano.

André F. disse...

...É consumir DOS pequenos produtores!!Inclusive o MST tem produto por ai...

Francisco Goulart disse...

Caro Anônimo das 12:42,
Sou instrutor de artes marciais e recomendo que meus alunos não comam carne vermelha ou evitem ao máximo. Caso queiras provar nossa boiolice envie uma mensagem para que eu possa encontrá-lo.
Forte Abraço
Francisco

André F. disse...

Tem que comprar carne de conhecido!!Os produtos coloniais do MST são uma opção...

Anônimo disse...

Tá marcado chiquinho boiola.
Diz quantos vão para eu contar as balas.
Quem gosta de fazer força é guindaste.
Não comer carne e se encher de anabolizantes broxantes é pior ainda. É boiolice ao quadrado.

Anônimo disse...

Carne no MST??? Só se for carne de burro.
hahahahahahahahahahahaha.

Anônimo disse...

A caça de veados é crime. Portanto, não marquem esse encontro.
Deixem as bichinhas vegetarianas em paz!

David de Vasconcelos disse...

Sejam vegetarianos!


eh bom ver preconceitos aflorando...

Anônimo disse...

Assem um frango ou qualquer tipo de carne e no outro dia esquentem para comer no microondas e sintan o cheiro e o sabor para ver que delicia de M.... estamos ingerindo, se continuar assim prefiro comer capim, bah mas o que tô falando já estamos há muito tempo pastando que nem burros se formos acreditar nestas empresas "idoneas"

Laura Peixoto disse...

Um dia, um "dáda" da Africa do Sul ficou de pé na minha frente e disse: se desenrolar o teu intestino,ele medirá 3 X a tua altura. A carne fica se decompondo durante dias ali dentro dentro...
Fiquei tão impressionada q parei de comer. Mas, respeito qm gosta. Chato os comentários preconceituosos de alguns leitores, mas o anonimato sempre revela as tendências.

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