Juventude brasileira tem um futuro de incertezas
Ah, a juventude que essa brisa canta... – passou-se o tempo da ingenuidade poética e do lirismo irresponsável. Hoje, só o hip-hop para dar conta da dura radiografia da juventude feita pelo IPEA. O funil se afunila ainda mais.
Dados empíricos selecionados a partir de estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Economica Aplicada, do Ministerio do Planejamento) divulgados em artigo do seu diretor-presidente, o economista Márcio Pochmann publicado no jornal Valor (15/05/2008):
- Há 51 milhões de jovens no Brasil, entre 15 e 29 anos.
- 66% deles estão fora das salas de aula, não estão estudando.
- Apenas 13% dos jovens estão cursando curso superior.
- Apenas 48% dos que tem idade entre 17 e 18 anos estão cursando o ensino médio.
- A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens, é ter que trabalhar para ajudar a familia e, a gravidez/maternidade precoce, entre as jovens.
- 46% deles estão desempregados.
- 50% dos 54% que estão empregados, trabalham sem carteira assinada, ou seja, do total de jovens, apenas 27% têm emprego com carteira assinada.
- 31% de todos eles são considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo.
- 70% dos jovens considerados pobres, são negros.
Leia aqui a íntegra do estudo do IPEA sobre a juventude brasileira.
Um comentário:
E a grande maioria desses jovens são filhos de família de baixa renda, filhos de mães adolescentes e que possuem (diversos) outros irmãos. Como disse o cineasta José Padilha no último Fronteiras do Pensamento, existe algo no Brasil que transforma miséria em violência: a ação e a omissão do Estado.
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